Existem novas suspeitas na operação O – a respeito das contrapartidas que Luís Cunha Ribeiro, ex-presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), terá recebido de Paulo Lalanda e Castro, ex-líder da Octapharma Portugal. São essas contrapartidas que fundamentam as suspeitas de corrupção que são imputadas a ambos.

Segundo noticiou ao início da noite desta quarta-feira a estação de televisão SIC, Cunha Ribeiro usaria um carro da marca premium Audi que pertenceria à empresa Inteligent Life Solutions (ILS), detida por Paulo Lalanda e Castro.

A ILS, além de já ter sido envolvida no caso dos Vistos Gold a propósito de ter sido alegadamente beneficiada pelo Serviço de Estrangeiros de Fronteiras na emissão de vistos para militares líbios que eram tratados em Portugal de acordo com um contrato estabelecido entre a Líbia e a ILS, terá fornecido igualmente desfibriladores ao INEM durante o mandato de Cunha Ribeiro, noticiou a SIC.

A ILS é uma empresa de Paulo Lalanda e Castro que nada tem a ver com a Octapharma — a farmacêutica suíça, cuja filial portuguesa era liderada por Lalanda e que terá sido alegadamente beneficiada por Luís Cunha Ribeiro num concurso para a venda de produtos farmacêuticos hemoderivados realizado em 2000.

Além do Audi, existirão ainda indícios da cedência de outras contrapartidas como viagens e equipamentos informáticos que terão sido oferecidos por Paulo Lalanda e Castro a Luís Cunha Ribeiro e que são encaradas pelo Ministério Público e pela Polícia Judiciária como contrapartidas pelos alegados benefícios de Cunha Ribeiro à Octapharma e às empresas pessoais de Lalanda e Castro.

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