A Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos (APECATE) promove hoje a iniciativa “Cá vai Lisboa”, com passeios gratuitos de ‘tuk-tuk’, para alertar a população para a “problemática” regulamentação municipal deste tipo de veículos.

O objetivo da iniciativa, que pretende ser “um protesto positivo”, é “chamar a atenção da população para a problemática” do Regulamento Municipal de Circulação de Veículos Afetos à Atividade de Animação Turística, já criticado pela associação.

O coordenador do Departamento de Animação Turística com Veículos Motorizados da APECATE, João Tarrana, apontou à Lusa que os protestos “costumam parar o trânsito e provocar constrangimentos, mas neste caso os operadores pretendem oferecer algo à população, para que seja uma iniciativa vista de forma positiva”.

Entre as 10:00 e as 17:00 vão existir três pontos de partida para um ‘tour’ de meia hora, com partida da zona do Planetário, em Belém, na rua Garret, no Chiado, e na Praça dos Restauradores, perto do elevador da Glória, sendo que os 83 ‘tuk’ que aderiram vão estar identificados com um autocolante cor de laranja no vidro.

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Em meados de janeiro, arrancou o período de consulta pública ao Regulamento Municipal respeitante à Circulação de Veículos Afetos à Atividade de Animação Turística, que termina na quarta-feira.

João Tarrana afirma que o “regulamento é preocupante, não pelo que diz, mas pelo que não diz”, considerando que faltam algumas especificações no documento.

Entre outras medidas, o regulamento estipula a obrigatoriedade de estas viaturas, entre as quais se encontram os ‘tuk-tuk’, serem elétricas, o que deverá acontecer a partir de meados do ano, segundo a estimativa da Câmara Municipal.

“Achamos é que tem de ser feito com equilíbrio e bom senso e ouvindo os interessados, que são as empresas operadoras”, explicou, acrescentando que os operadores concordam, por exemplo, que o número de veículos elétricos a circular na cidade passe de 50 para 100 por cento.

Segundo o responsável, há diversas questões que são abordadas no regulamento, mas que não estão especificadas, dando como exemplo os horários, que não estão estipulados, e as restrições de circulação que se remetem a um mapa. Critica ainda o facto de o documento falar em circuitos quando a atividade em questão é “fazer programas” com a autonomia que os turistas exigem.