Donald Trump já aterrou em Paris para o encontro com o seu homólogo francês, Emmanuel Macron. É a segunda vez numa semana que o presidente dos Estados Unidos da América viaja até à Europa.

A visita acontece a meio de uma crise que gira em volta da reunião entre o filho mais velho de Trump, Donald Trump Jr, e um advogada russa durante a campanha presidencial de 2016. Ela ter-lhe-á oferecido informações prejudiciais sobre Hillary Clinton. A visita à Europa pode permitir, assim, um pequena pausa ao presidente dos EUA, que aterrou na manhã desta quinta-feira no Aeroporto de Orly, emParis.

Trump deve reunir-se na residência do embaixador norte-americano antes de ser recebido na cerimónia formal de boas-vindas pelo presidente francês. Mais tarde, irá visitar o túmulo de Napoleão antes de se sentar com Macron para conversas que serão dominadas pelo tema da segurança. À conferência de imprensa conjunta, ao final da tarde, seguir-se-á um jantar na Torre Eiffel.

Trump é um dos convidados de honra das festas do 14 de julho, dia da Tomada da Bastilha, o dia nacional de França. Há um ano, foi nestes dia que se deu o atentado de Nice que fez 84 vítimas mortais e centenas de feridos.

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Numa entrevista ao ao jornal Ouest France, Emmanuel Macron afirmou que ponto de essencial de convergência entre França e EUA é “a luta contra o terrorismo e a protecção dos interesses vitais, que são no Próximo e Médio Oriente e em África, onde a cooperação com os Estados Unidos é exemplar”. O Presidente francês justificou o convite feito ao homólogo norte-americano para estar presente no Dia da Bastilha com a vontade de “celebrar uma relação incontornável no domínio da segurança”.

E segurança é o que não falta: mais de 11 mil polícias e 2.500 bombeiros estão mobilizados pela autarquia da capital francesa, num plano que inclui vigilância aérea e fluvial. É que além de Trump, Macron terá também ao seu lado a chanceler alemã Angela Merkel.

Macron lembrou ainda que os Estados Unidos são “os primeiros parceiros em termos de informação, cooperação militar, e luta conjunta contra o terrorismo”, sublinhando que Washington é “também um parceiro histórico”.

Foi por isso que convidei Donald Trump para o 14 de julho, para celebrar a entrada na guerra ao nosso lado das tropas americanas há 100 anos, prestar-lhes homenagem e celebrar uma relação que é incontornável no domínio da segurança”, afirmou. “Precisamos dos Estados Unidos da América”, reconheceu o chefe de Estado francês.

Na sexta-feira, dia da festa nacional francesa, as tropas dos EUA abrem a parada do tradicional desfile militar nos Campos Elísios.