As empresas pouparam quase 570 milhões de euros e o Estado economizou cerca de 60 mil dias de trabalho com 11 medidas do Simplex introduzidas em 2016, revelou esta quarta-feira a ministra da Presidência e da Modernização Administrativa.

Pedimos à Universidade Nova de Lisboa que avaliasse o impacto de 14 medidas destinadas às empresas. O resultado preliminar, que se refere ainda a 11 empresas, permitiu-nos saber que houve uma poupança de 470 mil horas de trabalho na Administração Pública e uma poupança de 568 milhões de euros para as empresas em custos administrativos”, revelou Maria Manuel Leitão Marques.

A ministra da Presidência e da Modernização Administrativa falava na sessão de abertura do 27.º Digital Business Congress (Congresso de Economia Digital), organizado pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), que decorre entre esta quarta-feira e a próxima em Lisboa.

Na intervenção, a governante defendeu que, num contexto de recursos escassos, é necessário “garantir que os benefícios suplantam os custos” na modernização administrativa e avanços tecnológicos.

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“Não podemos adotar só por terem o brilho da novidade”, considerou.

A presença do Presidente da República estava prevista na sessão de abertura do Congresso, o que não se concretizou devido à presença de Marcelo Rebelo de Sousa na tomada de posse do novo Presidente da República de Angola, João Lourenço.

No entanto, Marcelo Rebelo de Sousa deixou uma reflexão sobre os “tempos desafiantes, em Portugal e no mundo”, que foi lida pelo seu assessor para os assuntos económicos, Luís Ferreira Lopes.

Para Marcelo Rebelo de Sousa, “além do Estado da Nação, por exemplo dos média, que são fundamentais para a democracia, é crucial refletir sobre a inovação aplicada à indústria 4.0, a liderança no feminino, os novos talentos digitais, a regulação setorial, a nova diretiva europeia de proteção de dados, as cidades e as regiões digitais ou a renovação digital nas organizações”.

“Este leque vasto de temas do congresso deste ano é o espelho da mudança que ocorre hoje neste setor”, considerou, dizendo estar confiante de que as empresas portuguesas “conseguirão aproveitar as oportunidades do atual ciclo de crescimento económico porque apesar das incertezas na geopolítica internacional há motivos para uma renovada esperança em Portugal”.