Foi à terceira temporada que “Black Mirror” conquistou o estatuto de “série popular” (e que ganhou dois Emmys, deixando em destaque o episódio “San Junipero”). Manteve uma certa aura de culto, porque o tema é propício, mas alargou o espectro de fãs de forma clara e inevitável. Agora, a Netflix confirmou o regresso para 29 de dezembro, mesmo antes do fim do ano. E este é o primeiro trailer:
https://www.youtube.com/watch?v=i3kwwxQmzfg
Ainda não há muita informação sobre os novos episódios mas continua a reflexão sobre os efeitos que a tecnologia tem sobre a Humanidade, na atualidade e com projeções no futuro. São seis episódios, todos com histórias independentes (como acontecia anteriormente) e com um elenco que inclui nomes como Jesse Plemons, Rosemarie DeWitt, Jimmi Simpson, Cristin Milioti, Aldis Hodge, Maxine Peake, Andrea Riseborough, Letitia Wright e Michaela Coel, entre outros.
“Arkangel”, “Black Museum”, “Crocodile”, “Hang the DJ”, “Metalhead” e “USS Callister” são os títulos dos seis episódios. Este último será mais longo que os restantes cinco (com a duração aproximada de um filme, mais ou menos hora e meia) e “Black Museum terá elementos com alguma ligação aos outros episódios — ou seja, é melhor se for visto em último lugar.
Quanto aos temas, Black Mirror explora mundos futuristas em que todas as relações românticas são definidas por sistemas informáticos (algo mais evoluído que as comuns dating apps, talvez); viagens no espaço; tecnologias que ameaçam a continuidade da espécie humana; aparelhos que permitem o acesso a memórias esquecidas e que podem mudar vidas, do passado para o presente.
Em declarações recentes à revista Variety, os criadores da série, Charlie Brooker e Annabel Jones, afirmaram que os novos episódios iriam abranger mais temas mas continuariam focados nos efeitos que a tecnologia tem e pode ter na vida das pessoas. “Quem vê a série pensa ‘consigo ver-me a usar esta tecnologia’ e ficam a pensar em como aquilo pode ser viciante, há um lado sexy em tudo isto porque parece tudo muito acessível”.
Na verdade, os autores de Black Mirror assumiam então que a quarta temporada teria diferenças ainda maiores entre os episódios. “Este ano quase que exageramos deliberadamente as diferenças. ‘USS Callister’ passa-se no espaço. ‘Arkangel’ é um drama sobre o relacionamento entre uma filha e uma mãe. ‘Crocodile’ é um thriller techno-noir, paranóico. ‘Hang the DJ’ tem algo de rom-com. ‘Metalhead’ é brutal, tem a ver com sobrevivência, mas também com terror. E depois há ‘Black Museum’, que tem muito de Stephen King, de conto de terror para ouvir à volta da fogueira”.