O Presidente francês, Emmanuel Macron, chegou esta segunda-feira aos Estados Unidos para iniciar uma visita de Estado durante a qual manterá dois dias de contactos com o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, e proferirá um discurso no Congresso. Macron é o primeiro Presidente homenageado com uma visita e um jantar de Estado nos 15 meses de Trump na Casa Branca, e espera-se que nos seus encontros falem sobre os planos de Washington quanto ao acordo nuclear com o Irão, a situação na Síria e a relação comercial entre os Estados Unidos e a União Europeia (UE).
“É uma grande honra e uma visita de Estado muito importante, dado o contexto atual”, disse o Presidente francês à imprensa ao aterrar na base aérea de Andrews, nos arredores de Washington. “Teremos a oportunidade de conversar sobre vários temas bilaterais, como a segurança e o comércio, e muitos temas multilaterais que são muito importantes além das nossas fronteiras”, disse Macron em inglês, acrescentando depois em francês que também debateria com Trump “o meio ambiente”.
O chefe de Estado francês viaja acompanhado da mulher, Brigitte, e deverão esta segunda-feira jantar com Trump e a mulher, Melania, na histórica residência do primeiro Presidente dos Estados Unidos, George Washington, conhecida como Mount Vernon e situada na Virgínia, perto de Washington. Na terça-feira, Macron terá uma reunião bilateral e uma conferência de imprensa com Trump, seguida de uma visita ao Departamento de Estado e um jantar de Estado; e na quarta-feira, o Presidente francês proferirá um discurso perante o Congresso norte-americano.
“Será uma visita de Estado muito produtiva e positiva para ambos os países”, disse esta segunda-feira a porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, na conferência de imprensa diária. “Os dois líderes têm um grande respeito mútuo, uma grande amizade”, que lhes permite terem conversações “francas”, acrescentou. Trump é o primeiro Presidente norte-americano em décadas a não convidar alguém para uma visita de Estado no seu primeiro ano no poder, e o facto de ter escolhido Macron demonstra que considera ter uma boa relação com o homólogo francês.