O arranque do Model 3 foi complicado, mas depois de muitos atrasos e inúmeras modificações na linha de montagem, que aparentemente sofria de excesso de automação, a produção parece estar a entrar nos eixos. Numa fase em que a fábrica de Freemont já trabalha a um ritmo de 8.000 Model 3 por semana, próximo pois do máximo previsto de 10.000 veículos em sete dias de trabalho, eis que já há carros para exportar para a Europa e China.

Já aqui lhe mostrámos a chegada das primeiras unidades do Model 3 à Bélgica, para alimentar o mercado europeu, pelo que agora a novidade é a chegada dos primeiros barcos de transporte de viaturas à China, com um destinado a Xangai e outro a Tianjin, próximo de Pequim, onde acostou há dias, uma a duas semanas antes do previsto. O mais recente, o Morning Cindy, da companhia Eukor, desembarcou em Xangai 1.837 modelos da Tesla, sendo que 1.600 eram Model 3.

A China, que já é um importante mercado para a Tesla, promete crescer ainda mais em termos de peso, especialmente pelo anúncio para 2020 do arranque da fábrica (já em construção), de onde vão sair os Model 3 e Model Y, o SUV construído sobre a mesma base. Se a Tesla é a marca da moda nos EUA e na Europa, na China é uma autêntica loucura, onde nem sequer faltou a cobertura televisiva da entrega das primeiras unidades.

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As exportações para Europa e China estão limitadas de momento apenas às versões mais caras do Model 3, respectivamente a Long Range e a Performance, o que deixa o mercado americano mais à vontade para o Mid Range, que inicialmente nem sequer estava previsto. Espera-se agora que a contínua produção das versões mais caras forneça as condições necessárias (e a rentabilidade) para que a Tesla inicie finalmente a fabricação do Model 3 Standard, com bateria de apenas 50 kWh, menos potência, interiores menos sofisticados, mas um preço de 35.000 dólares. Modelo de que a maioria dos 455.000 clientes que encomendaram estava (e continua) à espera, e que promete ser uma dor de cabeça para a concorrência.