Se maioria de esquerda insistir numa formulação da nova lei de bases da saúde que feche a porta às parcerias público-privado, o destino dessa proposta será um chumbo em Belém, avança o Expresso esta sexta-feira, citando fonte próxima de Marcelo Rebelo de Sousa. Na ótica do Presidente da República é “um absurdo” legislar no sentido de afastar por completo a possibilidade de o Estado trabalhar em parceria com empresas privadas no sistema nacional de saúde, porque a lei deve permitir que os sucessivos governos tenham margem de manobra sem ter de estar constantemente a alterar a lei.

“A atual lei de bases durou muitos anos porque permitiu que quem quisesse fazer PPP as fizesse e quem não quisesse não fizesse. É muito estranho querer tornar impossível para futuro que um Governo as faça e afunilar numa lei de bases uma proibição que, quanto muito, é da competência do Governo”, indicou a fonte próxima de Marcelo ao Expresso, acrescentando que “outra coisa é arranjar uma redação para a lei que condicione esse tipo de parcerias a determinadas conveniências conjunturais. Isso pode deixar espaço para que cada Governo avalie se deve ou não optar por as fazer”.

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Esta “fonte próxima de Marcelo” deixa claro que em Belém só passará uma formulação que permita que, conforme as sensibilidades, cada Governo possa voltar a fazer acordos de prestação de cuidados de saúde com privados. Isto numa altura em que foi adiado por cinco anos o processo de avaliação que poderia fazer com que a gestão do Hospital de Braga fosse entregue a um novo parceiro privado.

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