Se, por um lado, o antigo ministro das Infraestruturas, Pedro Marques, “andou a empatar sem tomar uma decisão”, o seu sucessor, Pedro Nuno Santos, deu o impulso. Foi, pelo menos, o que defendeu o presidente do conselho de administração da ANA, José Luís Arnaut, numa entrevista conjunta à Antena 1 e ao Jornal de Negócios, que só será publicada esta segunda-feira.

chairman da ANA e antigo ministro aponta assim Pedro Marques como responsável pelos atrasos no processo. “Nunca consegui que ele assinasse qualquer documento”, disse, admitindo que viu “com alguma apreensão e alguma preocupação a sucessão de Pedro Marques pelo ministro Pedro Nuno Santos”.

Mas, conta, revelou-se uma “grande surpresa deste Governo”. Arnaut considerou que o atual ministro recuperou “três anos perdidos” em apenas “três meses” e agora  acredita que “o Montijo vai mesmo acontecer”.

Acho que quando se é ministro há duas palavras que tem de se saber dizer. Uma é não, a outra é sim. E ele [Pedro Nuno Santos] sabe dizer não quando é não e sabe dizer sim quando é sim. E quando é sim, é sim”, apontou Arnaut.

Arnaut lamentou que os anos perdidos por Pedro Marques tenham tido “custos para o país”. “Estamos a perder cerca de um milhão e meio de passageiros por ano. Se não vêm para Portugal, vão para outro lado. Perderam-se três anos de investimento, mas vamos recuperá-lo. O que está para trás, está para trás”, disse.

Na mesma entrevista e noutra temática, José Luís Arnaut, conhecido militante do PSD, não se comprometeu com apoio nem a Rui Rio, nem a Luís Montenegro.

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