O “primeiro instinto”, o “impulso natural” e “imediato”, seria mesmo condecorar Jorge Jesus pelo seu sucesso como treinador no Brasil, confessou Marcelo Rebelo de Sousa na manhã desta segunda-feira quando questionado pelos jornalistas. O Presidente da República admite distinguir o técnico do Flamengo que no fim de semana venceu a Taça dos Libertadores e o campeonato brasileiro, mas primeiro ainda vai consultar o Conselho das Ordens e evitar “injustiças”:
“Quero ter a certeza que não há injustiças, e que outros portugueses que tenham vencido competições continentais como esta, mas que não esta, tenham sido condecorados”, acrescentou, relembrando “a generosidade” que tem mostrado, desde que tomou posse, a figuras do desporto.

Uma coisa é certa: Marcelo já deu os parabéns a Jorge Jesus: “Enviei diretamente um abraço amigo” e ele mostrou-se feliz pela lembrança dizendo que “tinha Portugal sempre no pensamento”. O Presidente destacou que Jesus “leva Portugal mais além”, recordando que o treinador levou consigo a bandeira de Portugal durante grande parte dos festejos. “Aí está a gratidão a Portugal. Estava a representar um clube brasileiro, com jogadores de várias nacionalidades, numa competição latino-americana [e] o dizer ‘eu sou Português’, [é dizer] ‘onde eu estou está Portugal'”. E frisou: “Sempre que um português é excelente (…) em todos os domínios da atividade, ficamos orgulhosos em nome de Portugal”.

Jesus chegou, viu e imitou os feitos das equipas de Pelé e Zico. E agora? Recordes, Mundial e sonho europeu

Marcelo aproveitou também a oportunidade para manifestar o seu contentamento com o regresso de José Mourinho ao ativo, alguém que “em momentos cruciais, foi sempre impecável no apoio que me proporcionou”. “O que conta é que é um dos grandes treinadores portugueses e do mundo, e é bom vê-lo aproveitado porque isso projeta o nome de Portugal”, acrescentou.

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