O novo Fiat 500 eléctrico era uma das mais aguardadas revelações para a edição deste ano do Salão de Genebra. Contudo, o cancelamento do certame devido ao coronavírus não impedirá a marca transalpina de cumprir a agenda e de dar a conhecer ao mundo o seu novo citadino exclusivamente a bateria. A revelação estará por horas e, ao que avança a sempre bem informada publicação italiana Quattroruote nestas matérias, a Fiat não investiu 700 milhões de euros no desenvolvimento deste projecto sem objectivos muito concretos. Afinal de contas, 500 e Panda são os dois bestsellers do fabricante italiano que, se os quer manter como pedra angulares da sua estratégia de crescimento, tem de superar a concorrência. E tudo indica que assim será com o novo 500 eléctrico.

De acordo com a referida publicação, o novo 500 começa desde logo por marcar pontos ao usufruir de uma plataforma específica. Por fora e por dentro, até pode parecer o 500 de sempre, mas a essência muda por completo. A plataforma é específica para alojar os acumuladores, nem mais nem menos do que um pack de baterias de iões de lítio com 42 kWh de capacidade, destinados a alimentar um motor eléctrico de 87 kW (118 cv), capaz de impulsionar o citadino dos 0-50 km/h em 3,1 segundos e de 0-100 km/h em 9 segundos, estando a velocidade máxima limitada a 150 km/h.

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A tudo isto – e a um estilo que continua a ser icónico, como provam os resultados de vendas ao fim de 11 anos no mercado – o novo 500 acrescenta um dado que tende a ser muito valorizado pelos utilizadores: 320 km de autonomia, de acordo com o método europeu de homologação de consumos e emissões WLTP.  Em termos de comparação, considerando o look rétro e a alegada vocação citadina, o novo Mini Cooper SE anuncia 270 km de autonomia (bateria de 32,6 kWh) e o Honda e não vai além de 222 km, ou 210 com os pneus mais largos (bateria de 35 kWh). A confirmarem-se oficialmente estes dados, a Fiat supera o Mini em 50 km e o Honda praticamente pelo dobro… Outro argumento que vai ao encontro dos “tradicionais”  requisitos dos utilizadores desta classe de veículos prende-se com a possibilidade de o 500 eléctrico aceitar carga rápida em DC até 85 kW, o que lhe permite ganhar 50 km de autonomia em escassos 5 minutos. Passados 35 minutos, o acumulador fica a 80%.

O comprimento e a largura aumentaram 6 cm, atingindo 3,63 m e 1,69 m, respectivamente, enquanto a distância entre eixos foi incrementada em 2 cm, sendo justamente entre os dois eixos que o pack de células foi acomodado, o que baixa o centro de gravidade e, por tabela, resulta num melhor comportamento.

A publicação italiana refere que as encomendas para a edição especial “La Prima” abrem a 4 de Março, o que nos leva a crer que as reservas abrirão logo após a revelação do novo BEV. Esta indicação vai ao encontro daquilo que já aqui tínhamos antecipado, isto é, que o novo 500 eléctrico vai iniciar entregas no Verão. Sábado 4 de Julho, dia em que a Fiat celebra novo aniversário, é apontado como a data de chegada aos concessionários portugueses. Antes disso, saberemos por que razão o novo 500 eléctrico deixa de envergar o emblema da Fiat. Por aquilo que as fotos revelam, parece que este 500 se afirma como marca em nome próprio… Será o início de uma nova era?

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