Domingos Soares de Oliveira, administrador da SAD do Benfica, justificou a época fraca da equipa principal do clube da Luz em comparação com as expectativas existentes, que agora assumiu terem sido “demasiado altas”. Em entrevista à TVI24, admitiu que o “desconhecimento muito grande” que Jorge Jesus tinha do plantel, quando regressou a Lisboa, pesou na falta de resultados desportivos.

Houve um desconhecimento grande do treinador e da equipa técnica relativamente ao plantel que tínhamos e vice-versa. Fizemos muitas mudanças em simultâneo e quer o treinador, quer os jogadores, não sabiam ao que iam”, explicou, ao referir que isso vai resolver-se na época que está prestes a iniciar-se. O administrador da SAD do Benfica está certo de que na próxima temporada haverá “estabilidade”, tendo em conta que não estão previstas “mudanças”.

Se fosse hoje, o Benfica não teria falado da forma que falou nem tinha elevado tanto as expectativas. “Houve um erro nosso de gerar expectativas demasiado altas e, se fosse agora, teríamos de rever o discurso. Não apenas o treinador mas toda a estrutura”, apontou.

Contudo, recordou o passado para atirar a um futuro com esperança: “Com a venda de João Félix criámos riqueza para o clube e a preocupação era o que fazer com ele. Pôr no banco não servia para nada. Como aplicá-lo para ganhar? Faz lembrar 2013, em que perdemos tudo e depois ganhámos tudo. Não é domínio de fé.”

Ainda a pensar na época 2021/2022, Soares de Oliveira assegurou que as contratações “serão poucas e cirúrgicas” e que os gastos “não serão de 100 milhões“, ao deixar apenas a ideia que não há pretensões de vender Seferovic. “Não temos proposta nem equacionamos [vender]. Não anda nenhum caixeiro viajante com uma malinha a percorrer a Europa com um conjunto de jogadores para vender“, realçou.

Soares de Oliveira admitiu ainda que o apuramento para a Liga dos Campeões é um ponto fundamental da época que se aproxima: “Temos agosto e depois o resto do ano.” Assim, caso se chegue a essa altura e não corra como o Benfica prevê, o administrador afirmou que se farão os “reajustes necessários”. “Pode ser necessário reduzir massa salarial. Ou reduzindo salários ou reduzir jogadores sob contrato. Todos têm mercado. Não queremos é vender ao desbarato”, afirmou, frisando que, “aconteça o que acontecer”, o Benfica continuará “com capitais próprios positivos e uma situação patrimonial muito boa”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR