O Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) alterou as regras relacionadas com a Covid-19 para doar sangue. Os vacinados com a dose de reforço da Pfizer e da Moderna já não têm de esperar sete dias para poder doar sangue, desde que não tenham tido qualquer reação adversa à vacina.

Na atualização do Plano de Contingência contra a Covid-19 do IPST publicada esta terça-feira, pode ler-se agora que os que tiverem recebido uma dose de uma vacina mRNA (Pfizer e Moderna) contra a Covid-19 “podem ser aceites como dadores de sangue caso se sintam bem e estejam assintomáticos”.

Isto significa que alguém que tenha sido vacinado com uma dose de uma destas vacinas pode ir dar sangue logo no dia seguinte, se não tiver qualquer sintoma. Se surgir alguma reação adversa, deve então esperar “sete dias após a resolução dos sintomas” para poder voltar a fazer uma doação.

Quanto às pessoas que foram infetadas com Covid-19, mantêm-se as regras que estavam em vigor até agora: esperar 14 dias “após a resolução dos sintomas” ou “recuperação clínica total” e, depois, podem voltar a doar sangue.

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O IPST esclarece ainda que a investigação à ligação entre a Covid-19 e a transfusão de sangue mostra, até agora que “a transmissão pelo sangue de Covid-19 é improvável” e que não há qualquer caso confirmado de um infetado através de sangue até ao momento em todo o mundo.

Instituto reforça apelo aos dadores de sangue para manter reservas

A alteração de regras acontece num momento em que as dádivas de sangue estão em baixa devido ao facto de mais de um milhão de portugueses estarem em isolamento. Neste momento, Portugal está no nível amarelo, o que significa que há reservas para cinco a sete dias em todos os grupos sanguíneos. Os tipos sanguíneos que fazem mais falta neste momento são “O positivo”, “O negativo”, “B negativo”, “A positivo” e o “A negativo”.

Qualquer pessoa saudável pode doar sangue, desde que tenha entre 18 a 65 anos e peso igual ou superior a 50 kg.