As operações de busca para encontrar pessoas desaparecidas após a derrocada no domingo de parte de um glaciar de Marmolada, nos Alpes italianos, foram retomadas esta terça-feira de manhã com o reforço de drones e helicópteros.

Até ao momento o balanço de vítimas aponta para sete mortos e oito feridos e 12 pessoas estão dadas como desaparecidas pelos seus familiares, embora a sua presença no local não tenha ainda sido confirmada.

Queda de glaciar nos Alpes italianos faz sete mortos

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Entre os feridos, estão dois montanhistas de nacionalidade alemã, um homem de 67 anos e uma mulher de 58 anos, que estão em estado grave.

Na segunda-feira, o presidente da Câmara da cidade de Canazei, Giovanni Bernard, disse que as equipas de resgate usaram aparelhos voadores não tripulados (drones) equipados com câmaras de visão noturna para tentarem localizar as pessoas que ainda se encontram desaparecidas.

Parae esta terça-feira estão planeados apenas o uso de drones e helicópteros que vão sobrevoar a zona devido ao risco de novos colapsos no glaciar.

As hipóteses de encontrar sobreviventes “são quase zero”, segundo o chefe dos serviços de resgate de alta montanha da região, Giorgio Gajer.

A derrocada de parte do glaciar ocorreu após vários dias em que se fizeram sentir altas temperaturas na zona, onde os termómetros atingiram os 10 graus centígrados.

A tragédia nos Alpes italianos obriga a sérias reflexões sobre o aquecimento global e que está a fazer desaparecer os glaciares alpinos. O Marmolada é o maior glaciar desta cordilheira do norte de Itália, perto dos Alpes, localizada em Trentino.

De acordo com o relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) publicado em 1 de março, o derretimento do gelo e da neve estão entre as dez maiores ameaças causadas pelo aquecimento global, perturbando ecossistemas e ameaçando certas infraestruturas.