O Núcleo Colaborativo da Região de Leiria para a Energia Verde foi esta terça-feira formalizado na Marinha Grande, numa iniciativa que visa criar novos processos e produtos que contribuam para difundir fontes de energia renováveis.

O protocolo foi subscrito pela Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL), Politécnico de Leiria, Associação Empresarial da Região de Leiria e cinco empresas.

No documento, lê-se que a Região de Leiria “está comprometida com o objetivo da descarbonização da economia e da transição energética, visando a neutralidade carbónica em 2050, enquanto oportunidade para a região, assente num modelo democrático e justo de coesão territorial que potencie a geração de riqueza e uso eficiente de recursos”.

Nesse sentido, importa implementar o Núcleo Colaborativo da Região de Leiria para a Energia Verde (NCGREEN-ENERGY.PT), como rede de competências de investigação e desenvolvimento e de novas tecnologias, “com o desígnio de criar novos processos e produtos que contribuam para a disseminação de novas fontes de energia renováveis na Região de Leiria”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

De acordo com os documentos divulgados pela CIMRL, pretende-se, a nível regional e alinhada com os objetivos para uma transição justa e inclusiva na Europa, desenvolver uma abordagem estratégica que garanta, por exemplo, uma forte redução das emissões líquidas de gases com efeito de estufa, reconhecendo ser necessário “tomar medidas em todos os setores da economia”.

No âmbito da contribuição local, o objetivo inclui a criação de um “sistema de controle e fiscalização” que ajude à implementação da eficiência energética “nas zonas industriais, públicas e domésticas”, assim como um sistema de informação que “faça a ponte entre consumidores, produtores e gestores”.

No que se refere à contribuição externa, as iniciativas passam por “ajudar os sistemas de ensino locais com contributos de empresas do setor a desenvolver cursos especializados” ou, ao nível da Associação Nacional de Municípios Portugueses, promover uma secção dos “Concelhos Verdes que queiram assumir o desafio de se tornarem autossuficientes”.

De acordo com a CIMRL, “trata-se de um grupo informal (…) com o objetivo de juntar competências nas diferentes áreas de desenvolvimento de novos projetos de energias alternativas”.

Este projeto visa ainda dinamizar e apoiar novos investimentos empresariais em áreas como o biogás, enquanto biocombustível produzido a partir da decomposição de materiais orgânicos (de origem vegetal ou animal), que são decompostos, produzindo uma mistura de gases, cuja maior parte é composta de metano”, adiantou.

A CIMRL referiu que “o metano é um gás combustível que pode ser aproveitado para geração de energia térmica, elétrica e como combustível veicular”, assinalando que este tipo de projetos “têm um elevado contributo para o problema de biorresíduos de origem animal, passivo ambiental que suscita a maior preocupação na bacia hidrográfica do Lis”.

Na assinatura do protocolo, no Centro para o Desenvolvimento Rápido e Sustentado de Produto, unidade de investigação do Politécnico de Leiria, esteve presente o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro.

A CIMRL integra os Municípios de Alvaiázere, Ansião, Batalha, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Leiria, Marinha Grande, Pedrógão Grande, Pombal e Porto de Mós.