O Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, admitiu esta sexta-feira que Portugal pode vir a integrar a lista de países isentos de visto de entrada no território.
Estamos a elaborar lista de países que vão ter isenção de vistos e espero que Portugal esteja aí“, afirmou Nyusi, em conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro português, depois de os dois terem participado na abertura do fórum de negócios de investimentos entre os dois países e visitado a FACIM (Feira Internacional de Maputo).
Filipe Nyusi indicou também que “é uma questão de informalizar e ver quais são os países que fazem parte da lista automaticamente aceite”.
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E apontou que os vistos são uma das questões que constam “nas 20 medias do pacote de facilitação à economia”, referindo que quem “tiver investimentos de 50 milhões” tem direito a um cartão de residência válido por cinco anos.
Se demorar Portugal, nós vamos unilateralmente abrir as portas”, referiu. Nyusi justificou que Portugal não comporta risco nem “transporta crime para Moçambique”.
O chefe de Estado afirmou que “os moçambicanos sentem mais dificuldades para ir a Portugal do que o inverso”.
O Governo português aprovou na quinta-feira a regulamentação para a entrada em vigor do acordo de mobilidade na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que facilitará a entrada em Portugal de cidadãos destes países.
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Esta sexta-feira, o primeiro-ministro disse esperar que este decreto-lei seja promulgado e possa entrar em vigor rapidamente, passando a ser “liminarmente aceites” os pedidos de visto de cidadãos de países membros da CPLP, desde que não tenham nenhuma ordem de interdição ou expulsão no espaço Schengen.
Para 99,9% de todos os naturais da CPLP, a concessão de visto passará a ser automática”, indicou.
António Costa defendeu que “a excelência de relacionamento político na CPLP tem de ser tradução no dia a dia dos cidadãos”.
No entanto, quanto a uma eventual isenção, o chefe de Governo ressalvou que a “política de vistos é comunitária e definida pela União Europeia” e apontou que o que pode ser feito é precisamente a agilização dos processos.