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A Ucrânia afirmou ter intercetado 61 dos 71 mísseis disparados esta sexta-feira pela Rússia contra o seu território, acrescentando que também abateu cinco “drones” (aeronaves não tripuladas) de fabrico iraniano utilizados pelas forças de Moscovo.

“O inimigo (Rússia) disparou 71 mísseis Kh-101, Kh-555 e mísseis de cruzeiro Kalibr (…). As forças de defesa anti-aérea destruíram 61 mísseis”, disse a Força Aérea da Ucrânia em comunicado.

De acordo com fontes militares ucranianas, o ataque russo atingiu várias infraestruturas essenciais ligadas ao setor energético em vários pontos do país.

Nesta sexta-feira de manhã, as autoridades ucranianas indicaram que o ataque tinha atingido, em particular, as regiões de Kharkiv (nordeste) e de Zaporijia (sul).

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Rússia intensifica ataques aéreos no sul e leste da Ucrânia

Também em Kiev foram sentidas várias explosões, de acordo com os jornalistas da agência France-Presse (AFP) na capital ucraniana.

Após ter sido acionado o alarme de bombardeamento, a população civil da capital procurou refúgio nos corredores do metropolitano da cidade.

Até ao momento não há informações sobre eventuais vítimas do ataque “de grande escala” com mísseis da Rússia contra o território ucraniano.

Paralelamente, a Moldávia denunciou a violação do espaço aéreo do país, que faz fronteira com a Ucrânia.

Segundo o Governo de Chisinau, dois mísseis lançados pela Rússia do Mar Negro cruzaram o espaço aéreo da Moldávia antes de entrarem na Ucrânia.

Segundo Kiev, a mesma situação ocorreu na Roménia, mas o Governo de Bucareste não confirma a passagem de mísseis russos sobre o país.

O ataque russo desta sexta-feira ocorre um dia depois do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ter estado em Bruxelas e ter marcado presença no Parlamento Europeu e num Conselho Europeu extraordinário.

Antes da capital belga, onde pediu mais sanções contra a Rússia e mais armamento aos aliados ocidentais, Zelensky esteve no Reino Unido e em Paris.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).