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A Rússia propôs a realização de uma reunião especial no Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre os ataques aos gasodutos Nord Stream, anunciou esta quarta-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov.

Dirigimo-nos à ONU e levantámos este assunto. Estamos a preparar uma reunião especial do Conselho de Segurança e vamos exigir que seja iniciada uma investigação”, afirmou o chefe da diplomacia russa durante uma intervenção no parlamento.

Lavrov explicou que a Rússia não concorda com as declarações da porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, que disse que a organização não tem mandato para investigar os incidentes no Nord Stream.

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Com todo o respeito, não concordamos com essa posição”, sublinhou Lavrov, acrescentando que o Ocidente “mente e esconde a verdade” sobre o que aconteceu com os gasodutos que transportavam combustível russo para a Europa.

Na semana passada, a câmara baixa do parlamento alemão (Bundestag) debateu o ataque aos gasodutos Nord Stream após alegações feitas pelo jornalista de investigação norte-americano Seymour Hersch de que Washington está por trás da explosão daquela infraestrutura.

A discussão no Bundestag aconteceu por iniciativa do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD), que acusou a coligação governamental, liderada por Olaf Scholz, de ter dado “uma contribuição nula” para o esclarecimento do ataque, em setembro passado.

No final de setembro foram registadas fugas nos gasodutos nas imediações da ilha dinamarquesa de Bornholm, tendo as investigações feitas pelos países ribeirinhos confirmado que as fugas aconteceram na sequência de explosões provocadas deliberadamente.

Hersch publicou na semana passada um artigo no qual uma fonte anónima afirmava que a sabotagem foi realizada por agentes norte-americanos com a cumplicidade do Governo norueguês, informação desmentida tanto por Washington como por Oslo.

A Rússia já tinha acusado os países “anglo-saxónicos” de responsabilidade na sabotagem do Nord Stream, com o Presidente russo, Vladimir Putin, a classificar as explosões como “ataque terrorista internacional“.