A economia portuguesa cresceu 6,7% em 2022, confirmou esta terça-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE), em linha com o que tinha sido calculado em finais de janeiro. Já o crescimento no quarto trimestre, em comparação com o terceiro, foi mais positivo do que previsto pelo INE em janeiro: 0,3%, mais uma décima do que tinha sido estimado.

Os dados estão nas Contas Nacionais Trimestrais, divulgadas esta terça-feira pelo INE. Além do crescimento do conjunto do ano, que foi de 6,7%, o INE revela que em termos homólogos a economia cresceu 3,2% no quarto trimestre. “O contributo da procura interna para a variação homóloga do PIB diminuiu no 4.º trimestre, passando de 3,2 pontos percentuais (p.p.) no 3.º trimestre, para 1,9 pontos percentuais, verificando-se um crescimento menos acentuado do consumo privado e uma diminuição do investimento“. As exportações também contribuíram menos, neste quarto trimestre (na comparação homóloga).

Comparando com o terceiro trimestre de 2022, o Produto Interno Bruto (PIB) aumentou 0,3% em volume, taxa idêntica à observada no trimestre anterior mas melhor do que os 0,2% que tinham sido estimados a 31 de janeiro. “O contributo da procura interna para a variação em cadeia do PIB no 4º trimestre (0,2 pontos percentuais) foi inferior ao registado no trimestre precedente (0,7 p.p.), enquanto o contributo da procura externa passou a positivo (0,1 p.p.), após ter sido negativo no terceiro trimestre (-0,4 p.p.)”, nota o INE.

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Quando se olha para o conjunto do ano 2022, o INE confirmou que se registou um crescimento de 6,7%, o mais elevado desde 1987, “após o aumento de 5,5% em 2021 que se seguiu à diminuição histórica de 8,3% em 2020, na sequência dos efeitos adversos da pandemia na atividade económica”.

“A procura interna apresentou um contributo positivo expressivo para a variação do PIB, embora inferior ao observado no ano anterior, verificando-se uma aceleração do consumo privado e uma desaceleração do Investimento. O contributo da procura externa líquida passou a positivo em 2022, tendo-se registado uma aceleração das exportações de bens e de serviços mais intensa que a das importações de bens e serviços”, afirma o INE.

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