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O secretário-geral do PCP manifestou esta segunda-feira expectativas positivas quanto ao encontro entre os presidentes chinês e russo, salientando que “se há alguém que tem procurado soluções para a paz” na Ucrânia tem sido o regime de Pequim.

Questionado sobre estes encontros, à margem de uma conferência de imprensa do PCP sobre habitação, Paulo Raimundo considerou que “tudo o que seja abrir caminhos para a paz é positivo“.

Se há coisa que acho que podemos afirmar com toda a certeza é que se há alguém que tem procurado soluções para a paz e investir em caminhos para a paz, até com propostas concretas, tem sido o governo chinês, em particular o presidente chinês”, afirmou.

O líder do PCP disse que, apesar de ser incerto o que vai acontecer nesse encontro, “seria positivo que esses planos no caminho da paz” estejam presentes, salientando que os povos já não precisam “de mais guerra, mais gasolina”.

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O presidente chinês, Xi Jinping, já desembarcou na Rússia, onde vai reunir esta segunda-feira e na terça-feira com o homólogo russo, Vladimir Putin, numa visita de Estado que visa reforçar a parceria entre os dois países, e nos quais os dois chefes de Estado discutir o plano proposto por Pequim para resolver o conflito na Ucrânia.

Num plano para a paz, proposto no final de fevereiro, Pequim destacou a importância de “respeitar a soberania de todos os países”, numa referência à Ucrânia, mas apelou também para o fim da “mentalidade da Guerra Fria”, numa crítica implícita ao alargamento da NATO. A China pediu ainda o fim das sanções ocidentais impostas à Rússia.

A reunião desta semana ocorre também após o Tribunal Penal Internacional, com sede em Haia, ter acusado Putin de ser pessoalmente responsável pelo rapto de milhares de crianças da Ucrânia. Os governos que reconhecem a jurisdição do tribunal vão ser assim obrigados a deter Putin se ele visitar o seu país.

O governo chinês não deu detalhes sobre os objetivos da visita. Antes da invasão à Ucrânia, em fevereiro de 2022, Xi e Putin tinham declarado uma “amizade sem limites”, contudo a China tem tentado manter uma posição neutra no conflito.