As amortizações de títulos foram superiores às emissões em 1,1 mil milhões de euros em maio, informou esta segunda-feira o Banco de Portugal (BdP), que registou que as empresas não financeiras cotadas em bolsa se desvalorizaram em 4,1 mil milhões de euros.

Em maio, as amortizações de títulos foram superiores às emissões em 1,1 mil milhões de euros. As amortizações de títulos de dívida superaram as emissões em 1,4 mil milhões de euros e, em sentido contrário, as emissões de ações ultrapassaram as amortizações em 0,3 mil milhões de euros“, registou o BdP em comunicado esta segunda-feira divulgado.

De acordo com o BdP, nas administrações públicas as amortizações excederam as emissões em 1,3 mil milhões de euros, com as sociedades financeiras a excederam em cerca de 500 milhões de euros. Por sua vez, as empresas não financeiras apresentaram emissões superiores às amortizações em cerca de 700 milhões de euros.

No final de abril, o valor total de títulos emitidos por entidades residentes era de 463,4 mil milhões de euros, menos 4,3 mil milhões de euros que no mês anterior e 21,8 mil milhões de euros que no período homólogo.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“Para este resultado contribuíram essencialmente as desvalorizações de ações cotadas de empresas não financeiras e de sociedades financeiras, de 4,1 e 0,4 mil milhões de euros, respetivamente”, explica o banco central.

O BdP acrescenta que no final do mês em análise estavam previstas, para os 12 meses seguintes, amortizações de 45,7 mil milhões de euros, o equivalente a 16,5% dos 276,3 mil milhões de euros em títulos vivos à data.

As administrações públicas tinham amortizações calendarizadas para os meses de outubro de 2023 e fevereiro de 2024 de 9,4 e 6,5 mil milhões de euros, respetivamente, enquanto nos outros setores as principais amortizações estavam calendarizadas para junho de 2023 nas empresas não financeiras (5,4 mil milhões de euros) e nas sociedades financeiras (também 4,1 mil milhões de euros).

No caso das empresas não financeiras, as amortizações previstas “correspondiam, em larga medida, a papel comercial, um instrumento de financiamento de curto prazo muito utilizado pelas empresas portuguesas e que é habitualmente objeto de renovação, isto é, de amortização acompanhada de nova emissão, igualmente de curto prazo”.

“É, por isso, previsível que se registe sistematicamente um valor elevado de amortizações calendarizadas para os 30 dias após o fim do mês”, sublinhou.

O BdP atualiza as estatísticas de emissões de títulos em 8 de agosto.