A percentagem de mulheres no total dos trabalhadores com funções de gestão em empresas recuou 3,5 pontos percentuais (pp) entre 2016 e 2022, para 37,8%, mas a proporção daquelas que têm funções de topo subiu no mesmo período.

Estes dados constam do inquérito às práticas de gestão em 2022, cujos resultados foram divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), tendo por base 3.254 respostas válidas, e que atualiza os dados divulgados em 2017 com base num inquérito semelhante que teve por referência o ano de 2016.

Em 2022, 37,8% do total de pessoas ao serviço com funções de gestão nas empresas respondentes ao inquérito eram mulheres, o que traduz um decréscimo de 3,5 pp face a 2016.

Por outro lado, refere o INE, as mulheres com cargos de gestão representavam 9,5% do total de pessoas ao serviço do sexo feminino (-6,2 pp face a 2016) e apenas 4,4% do total de pessoas ao serviço nas sociedades respondentes em 2022 (-2,1 pp face a 2016).

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No entanto, e apesar da tendência decrescente, “a proporção de mulheres com funções de gestão de topo no total de pessoas ao serviço com este tipo de funções foi 29,0% (+2,1 pp do que em 2016)”, assinala o instituto estatística nacional.

O inquérito permitiu ainda apurar que mais de metade das empresas (51,3%), com resposta válida tinham 20 ou mais anos de idade, estava integrada em grupos económicos (62,6%) e eram micro, pequenas e médias empresas (65,4%).

Por outro lado, 54% das empresas eram detidas pelos seus fundadores ou familiares destes (um recuo de 2,6 pp face a 2016), a maioria (62,6%) tinham gestores de topo licenciados ou com grau académico superior.

Para mais de 60% das empresas, as características que melhor descrevem um gestor de topo são “Tomar decisões”, “Assumir as responsabilidades” e “Liderar pelo exemplo”, mencionadas por 69,0%, 64,9% e 46,8% das sociedades, respetivamente.