Kim Jong-un, o líder norte-coreano, deu instruções à indústria militar para aumentarem a capacidade de produção de vários tipos de armamento como forma de potenciar as capacidades de defesa do país, noticiou a agência de notícias estatal KCNA, citada pela Reuters.

A medida é vista tanto como uma resposta aos exercícios militares conjuntos entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul, que o líder norte-coreano considera serem ensaios para uma invasão, como uma forma de se aproximar da China e Rússia, com o potencial de fornecer armamento para a guerra na Ucrânia, destaca o jornal The Telegraph.

Entre quinta-feira e sábado da semana passada, Kim Jong-un visitou várias fábricas e inspecionou o material produzido, incluindo os motores para os mísseis de cruzeiro estratégicos, aeronaves não tripuladas, lançadores de morteiros múltiplos de alto calibre, entre outro armamento.

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Numa demonstração do poder militar, o líder norte-coreano deixou-se fotografar durante as inspeções às fábricas e a testar armas. No 70.º aniversário do fim da guerra na Coreia, a 27 de junho, tinha apresentado os mais recentes mísseis com capacidade nuclear e drones espiões e de ataque. A parada militar contou, então, com a presença de Sergei Shoigu, ministro da Defesa russo.

Durante a visita às fábricas, Kim Jong-un destacou o fabrico de armas mais modernas e o aumento da precisão. Esta modernização e inovação técnica das armas é vista como uma forma de garantir a exportação para a Rússia, defende Cheong Seong-chang, especialista em estratégia política da Coreia do Norte na Instituto Sejong (Coreia do Sul), citado pela Reuters.

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