A Autoridade Tributária (AT) está a efetuar esta quinta-feira novas buscas, no âmbito do processo Operação Picoas, na casa do cofundador da Altice Armando Pereira, em Guilhofrei, distrito de Braga, referiu à Lusa a defesa do principal arguido no processo Operação Picoas. Também em Braga, em Pedralva, estão a ser feitas buscas na casa de Hernâni Vaz Antunes e, segundo a SIC, foram arrestados 10 carros de alta cilindrada.

“Confirmam-se buscas que visam verificar se existem novos documentos na casa de Armando Pereira e que, no fundo, são a repetição do que ocorreu em julho”, explicou o advogado Pedro Marinho Falcão, que representa com Magalhães e Silva o cofundador da Altice, acrescentando: “Os automóveis já tinham sido apreendidos em julho e o que se pretende agora é apurar se existem documentos obtidos por Armando Pereira desde julho e que interessem para a investigação”.

Operação Picoas. Armando Pereira sai de prisão domiciliária e tem de depositar 10 milhões de euros de caução

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As buscas, que foram avançadas pela SIC, são conduzidas pela AT (com o auxílio da PSP) e começaram por volta das 10:00 na residência de Guilhofrei, onde Armando Pereira ainda se encontra em prisão domiciliária até prestar em depósito bancário a caução de 10 milhões de euros para poder sair em liberdade.

Neste processo está em causa uma “viciação decisória do grupo Altice em sede de contratação, com práticas lesivas das próprias empresas daquele grupo e da concorrência” que apontam para corrupção privada na forma ativa e passiva e para crimes de fraude fiscal e branqueamento.

Os investigadores suspeitam que, a nível fiscal, o Estado terá sido defraudado numa verba superior a 100 milhões de euros.