Uma explosão num armazém na ilha de Mahe, arquipélago das Seicheles, na noite de quarta-feira, causou 178 vítimas, de acordo com a Seychelles News Agency (SNA).

A explosão ocorreu às 2h horas locais (22h em Lisboa) no armazém de uma empresa de construção civil, onde estavam quatro contentores com explosivos. A zona industrial de Prudence, no nordeste de Mahe, fica a 7 quilómetros da capital do arquipélago, Victoria.

Ainda não há confirmação sobre o que os deflagrou, mas o Presidente do país, Wavel Ramkalawan, declarou à imprensa local que “não se deixará pedra sobre pedra” até apurar a causa da explosão, avança a SNA.

A explosão coincidiu com cheias e deslizamentos de terra provocados por chuvas intensas que, segundo a BBC, causaram três vítimas mortais e descargas do sistema de saneamento no oceano.

O presidente da República das Seicheles declarou o estado de emergência para esta quinta-feira na ilha afetada. Em comunicado, a presidência explica que, esta quinta-feira, “é aconselhado que todos fiquem em casa”. “Todas as escolas serão encerradas. Só será permitida liberdade de deslocação a trabalhadores dos serviços essenciais e a visitantes [turistas]”, explicou.

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As autoridades justificam a medida com a necessidade de não condicionar as operações dos serviços de emergência e segurança.

A BBC noticia também que o aeroporto internacional da ilha, a 4 quilómetros do epicentro da explosão, terá ficado danificado. No entanto, na conta oficial do país no X , foi divulgado que “o Aeroporto Internacional das Seicheles continua operacional e os serviços de ferry entre ilhas estão a funcionar para visitantes.” O turismo e serviços relacionados constituem a maior atividade económica do país.

O arquipélago é uma antiga colónia britânica composta por 115 ilhas no Oceano Índico, que dista mil quilómetros para norte da ilha de Madagáscar.

O Observador tentou contactar por telefone o Consulado Geral de Portugal em Maputo, que acompanha os assuntos relacionados com as Seicheles — não existe representação diplomática portuguesa permanente no país —, mas não obteve resposta. À hora de publicação desta notícia, não existe confirmação do envolvimento de qualquer cidadão português na situação pela Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas.