887kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Casa da Moeda lança moeda desenhada por inteligência artificial, uma "obra de arte" que "une o biológico e o digital"

Este artigo tem mais de 6 meses

Naquela que é descrita como uma "revolução", a Casa da Moeda lançou uma moeda de coleção cujo reverso foi desenhado por inteligência artificial, desenvolvida por grupo da Universidade de Coimbra.

Moeda desenhada por Inteligência Artificial; Casa da Moeda
i

Inicialmente ainda foram utilizados algoritmos já existentes, mas "os resultados não eram muito interessantes"

Direitos Reservados

Inicialmente ainda foram utilizados algoritmos já existentes, mas "os resultados não eram muito interessantes"

Direitos Reservados

“A revolução da inteligência artificial chegou às moedas físicas”. Foi assim que a Casa da Moeda começou a antecipar, nas redes sociais, o lançamento daquela que descreve como a “primeira moeda metálica do mundo desenhada por inteligência artificial (IA)”. Com o nome “Mundo Digital”, a moeda de coleção, em prata, ficou esta segunda-feira, 11 de dezembro, disponível.

A moeda, com um valor facial de 10 euros e que é possível adquirir por 95 euros (sendo que a emissão está limitada a quatro mil exemplares em prata), foi produzida pela Imprensa Nacional Casa da Moeda (INCM), com o apoio do Centro de Informática e Sistemas da Universidade de Coimbra. No Instagram, a “Mundo Digital” foi descrita como uma “obra de arte que transcende a fronteira entre o natural e o artificial” e um “casamento” que “une o biológico e o digital”, uma vez que conta com “uma face criada pela inteligência artificial para humanos e outra desenhada por humanos para máquinas”.

Em comunicado, a Casa da Moeda indica que esta moeda comemorativa portuguesa não é “produzida por uma IA qualquer e sim por uma IA desenvolvida para o efeito por um grupo de investigadores” do Centro de Informática e Sistemas da Universidade de Coimbra (CISUC), que teve de desenvolver algoritmos “de Criatividade Computacional Evolutiva que permitem criar imagens”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Ao Observador, a Casa da Moeda detalha que o CISUC começou por utilizar algoritmos já existentes, mas percebeu que “os resultados não eram muito interessantes” do “ponto de vista plástico e criativo”. “Os resultados eram bastante óbvios, as imagens geradas eram sistematicamente clichés e imitavam produção artística humana”. A mesma posição foi defendida pelos investigadores num artigo partilhado no site do laboratório de investigação CDV Lab (que faz parte do Centro de Informática e Sistemas da Universidade de Coimbra), onde mostraram exemplos desses resultados que consideram “dececionantes” e opostos aos que tinham idealizado.

Apesar de, por exemplo, a Pressburg Mint de Bratislava já ter “apresentando um bullion em prata desenhado por IA”, a Casa da Moeda defende que a “Mundo Digital” é a primeira do mundo a ter sido desenhada por essa tecnologia porque não foram utilizados algoritmos já existentes. Desta forma, afirma que o CISUC criou “uma IA nova cujo gerador não é guiado por dados, não tem acesso às obras de arte produzidas pelos humanos e como tal não se pode apropriar desses trabalhos”. “Foi criado para inovar e não para imitar, expandindo assim os limites da criatividade e produção artística.”

No total, foram geradas mais de 43 milhões de imagens, número que posteriormente foi reduzido através de um processo de curadoria que permitiu chegar ao resultado final. O reverso da moeda foi desenhado por inteligência artificial e cada setor circular e camada visual representa “uma interpretação matemática da IA sobre a ideia de ‘uma moeda sobre o mundo digital'”.

Moeda desenhada por Inteligência Artificial; Casa da Moeda Moeda desenhada por Inteligência Artificial; Casa da Moeda

Direitos Reservados

Por outro lado, o anverso foi desenhado pelos investigadores de Coimbra e os arcos concêntricos “sugerem uma interligação e um diálogo entre o lado humano e o lado da IA da moeda” e codificam, segundo a Casa da Moedas, “a expressão matemática correspondente à imagem do reverso”. Ou seja, “simboliza a tradução do pensamento humano em código compreensível pela IA, enfatizando a ideia de uma parceria criativa entre as duas entidades”.

Desta forma, embora os dois lados tenham aparências distintas, representam “o mesmo artefacto através da correspondência entre o que a IA ‘pensa’ ser uma representação válida para os humanos (reverso) e o código gerado pelos humanos que permite à IA reproduzir essa representação (anverso)”.

Para a Casa da Moeda, esta moeda é “pioneira”, pode “representar o início de uma nova era na conceção de moedas, incorporando inteligência artificial e criatividade computacional” e o seu futuro será “provavelmente orientado para uma abordagem continuada de inovação na cunhagem”.

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça até artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.