Siga aqui o liveblog sobre atualidade política em Portugal

O presidente da câmara de Lisboa, Carlos Moedas, garantiu esta terça-feira que a Aliança Democrática não vai governar com o Chega — mesmo depois de o líder do PPM, Gonçalo da Câmara Pereira, ter admitido a possibilidade de a AD dar um “passo atrás” nesse compromisso.

“Houve uma vitória clara. A AD ganhou, Luís Montenegro vai ser primeiro-ministro. É um homem que está preparado para o cargo, será chamado pelo Presidente da República”, disse Moedas.

“Penso que o líder da AD foi claro. Assim como eu como presidente da câmara fui claro. Eu não governo com o Chega, a AD não vai governar com o Chega. Tem uma maioria, ganhou as eleições, vai ser o primeiro-ministro. Aqueles que têm responsabilidade no Parlamento farão aquilo que têm a fazer”, acrescentou.

Rui Tavares pressiona AD e IL a clarificarem, “de uma vez por todas, se contam com Chega política ou aritmeticamente”

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Questionado pelos jornalistas em Lisboa durante a inauguração do funicular entre a Mouraria e a Graça, Moedas procurou várias vezes centrar as atenções na obra inaugurada e optou por não responder se ele próprio é uma possibilidade para liderar o PSD no futuro.

[Já saiu o terceiro episódio de “Operação Papagaio” , o novo podcast plus do Observador com o plano mais louco para derrubar Salazar e que esteve escondido nos arquivos da PIDE 64 anos. Pode ouvir o primeiro episódio aqui e o segundo episódio aqui]

Moedas também preferiu centrar as atenções na Aliança Democrática e não nos outros partidos.

“Querem ou não querem um Governo que mude de ciclo? Querem ou não querem um Governo que mude este ciclo, durante 30 anos o PS governou o país?”, perguntou, dirigindo-se aos outros partidos.

“A questão aqui não é estar a falar dos outros. É estar a falar do projeto de Governo da AD, de Luís Montenegro. É ele que vai ser o primeiro-ministro. A questão de quem o vai apoiar é uma responsabilidade dessas pessoas. Responsabilidade do Partido Socialista, responsabilidade do Chega e dos outros partidos”, disse.

“E os portugueses estarão aí para ver, ouvir, aquilo que os partidos vão fazer. Os portugueses não querem estar de eleição em eleição”, acrescentou.

Classificando as eleições como um “momento único”, Moedas disse que o dia 10 de março representa um “momento de mudança de ciclo para o país”.