Várias centenas de estudantes aguardavam esta quarta-feira pela entrada no primeiro dia da Futurália, com o intuito de esclarecer dúvidas sobre o acesso ao Ensino Superior e perceber qual é o rumo que pretendem seguir no futuro.

A maior feira de educação e emprego do país traz de volta ao Parque das Nações, em Lisboa, as centenas de universidades, politécnicos e escolas profissionais que têm como objetivo atrair os estudantes que se preparam para abandonar o ensino secundário e ingressar no ensino superior.

Em declarações à Lusa, Cassy de Melo, estudante do ensino secundário que se prepara para entrar no ensino superior, assumiu que está “muito indecisa” com a escolha da área de estudos e que entrar na Futurália, com tantas escolhas possíveis, a deixou ainda mais confusa.

No entanto, mostrou-se confiante de que a feira “vai ajudar a esclarecer as dúvidas” que tem.

A aluna, que nasceu em Paris, disse ainda que estudar fora do país é uma opção e uma “boa oportunidade para todos” os alunos que o possam fazer.

Por outro lado, Andreia Pilompo, aluna de 11.º ano que só entrará no ensino superior em 2025, disse que já tem “uma ideia” do curso que quer escolher no momento do concurso nacional de acesso, revelando que a área do Marketing é, neste momento, o rumo que deve seguir.

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A possibilidade de estudar fora do país também não está excluída.

Vários alunos do ensino secundário com quem a Lusa falou na Futurália admitiram ter “algumas dúvidas” sobre o futuro, mas manifestaram esperança de tomar uma decisão em breve.

Em declarações à Lusa, o vice-reitor para o Ensino e Desenvolvimento Internacional da Universidade Nova de Lisboa, João Amaro de Matos, explicou que a Futurália “é por definição a feira mais importante” do género em Portugal.

Contou ainda que a universidade está presente desde a primeira edição da feira, que tem contribuído para atrair novos estudantes.

No entanto, o dirigente explicou que “os alunos não decidem ir para a Nova porque a descobriram na Futurália”, mas que estes três dias são importantes porque “permitem complementar a informação” e ajudar na decisão, não só da área, como da carreira que os estudantes pretendem escolher.

Sílvia Vasconcelos, da equipa de divulgação do Instituto Politécnico de Viseu (IPV), sublinhou que o principal objetivo da presença da instituição na feira é “captar alunos e divulgar o nome de Viseu”.

“Como estamos no interior, queremos captar alunos do litoral que desconhecem que há ensino superior público nesta zona, porque somos a única instituição”, reiterou.

Outra instituição presente na Futurália é a Universidade do Porto, com mostras de todas as faculdades, desde Medicina até Desporto.

A responsável pelas relações externas da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP), Fátima Lisboa, explicou que o principal objetivo da presença da universidade na Futurália é “divulgar o ensino e os cursos”, não só licenciaturas, como também mestrados e doutoramentos.

Tendo uma visão mais centrada na FLUP, Fátima Lisboa referiu que, independentemente do nível de adesão que a mostra da instituição tem durante a feira, é função da universidade “transmitir às pessoas aquilo que a faculdade de letras pode fornecer à sociedade”.

Em comunicado publicado no site da Futurália, a gestora do evento, Maria João Arruda, afirmou que o objetivo da feira “é sensibilizar jovens e adultos para a importância da aquisição de competências como um fator crucial para o sucesso profissional, num contexto de rápidas mudanças sociais e económicas, impulsionadas pelas novas tecnologias e inovações constantes”.

A Futurália é a maior feira de educação, formação e empregabilidade do país, que atrai, durante os próximos três dias, milhares de estudantes de todo o país.

A feira decorre na FIL até 23 de março, com um Espaço Emprego que funciona nos dias 22 e 23 de março.