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Cada vez mais potências estrangeiras pretendem influenciar a eleição presidencial nos EUA, avisou na quarta-feira a chefe das informações norte-americanas, assegurando, contudo, que o país nunca esteve tão preparado para as contrariar.

“Um número crescente de atores estrangeiros, entre os quais organizações não-estatais, procuram influenciar a eleição”, declarou a diretora das Informações, Avril Haines, durante uma audição no Senado sobre este assunto.

Daquelas potências, as mais importantes são “a Rússia, a China e o Irão”, nomeou a DNI (Director of National Intelligence), especificando que a Federação Russa “continua a constituir a ameaça estrangeira mais ativa”.

Mas, especificou, estas atores estatais recorrem cada vez mais a empresas privadas para conduzirem campanhas de influência, o que dificulta a identificação de quem faz a encomenda do serviço.

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A eleição presidencial de novembro nos EUA vai ocorrer em contexto de forte polarização e sob ameaça de campanhas de desinformação reforçadas pelo recurso a montagens aperfeiçoadas, graças à inteligência artificial (IA).

Os avanços na IA permitem agora a produção de conteúdos com caráter político de maneira mais eficaz e a uma escala maior, adaptados a diferentes públicos e em várias línguas, detalhou Avril Haines.

Mark Warner, o presidente da comissão de Informações do Senado, disse que tinha “medo de que a incapacidade de Congresso em cear proteções nos últimos anos não representasse um grande problema”.

Os inimigos dos EUA, como o presidente russo, Vladimir Putin, disse, “estão mais encorajados do que nunca” a realizar campanhas de ingerência, disse.

“No caso da Rússia, Putin compreendeu claramente que influenciar a opinião pública e as eleições nos EUA é um meio barato de minar o apoio americano e ocidental à Ucrânia”, avançou.