Elon Musk ameaçou proibir a entrada de dispositivos da Apple nas instalações das suas empresas, como a Tesla, a SpaceX ou a rede social X, depois de a gigante tecnológica ter anunciado uma parceria com a OpenAI para integrar o ChatGPT nos iPhone e computadores Mac. “Se a Apple integrar a OpenAI a nível do OS [sistema operativo], então os seus dispositivos vão ser banidos nas minhas empresas”, afirmou o empresário, que defendeu que a parceria representa uma “violação de segurança inaceitável”.

Em várias publicações que partilhou, esta segunda-feira à noite, no antigo Twitter, Musk disse que as pessoas que visitarem as instalações das suas empresas também vão ter de deixar os seus dispositivos Apple à porta. As ameaças feitas pelo empresário têm por base preocupações de como os dados dos utilizadores ficarão protegidos na colaboração entre as duas empresas.

Para Elon Musk é “absurdo que a Apple não seja inteligente o suficiente para criar a sua própria inteligência artificial”, mas que “seja de alguma forma capaz de garantir que a OpenAI protegerá” a segurança e privacidade dos dados dos utilizadores. “A Apple não tem noção do que realmente acontece quando entrega os teus dados à OpenAI”, alegou.

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A Apple anunciou esta segunda-feira o lançamento de várias funcionalidades de inteligência artificial, como a possibilidade de criar emojis personalizados ou resumir páginas web, e uma parceria com a OpenAI para integrar o ChatGPT na Siri. Durante a conferência anual para programadores, a empresa explicou que os utilizadores dos seus dispositivos terão de dar autorização para que a assistente de voz partilhe as suas questões com o modelo da OpenAI. Além disso, assegurou que as informações não ficarão registadas, nem guardadas.

Apple com inteligência artificial em (praticamente) todo o lado. E com um trunfo contra rivais: o ChatGPT

Em resposta à CNBC, depois dos comentários de Elon Musk, a Apple esclareceu que está a utilizar a sua própria inteligência artificial nas funcionalidades anunciadas e que a integração com a OpenAI é um “recurso opcional” para os utilizadores.

Musk foi um dos cofundadores da OpenAI, mas cortou relações com a empresa e começou a expressar preocupações acerca de possíveis implicações que o rápido desenvolvimento da inteligência artificial pode ter na segurança dos dados das pessoas. Em março, segundo a Reuters, o multimilionário processou a startup norte-americana e o seu CEO, Sam Altman, por considerar que abandonaram o propósito de desenvolver uma tecnologia em prol da humanidade e que agora se focam em gerar lucro.

Uma missão “deitada fora”, o medo da IA da Google e a ambição de “controlo absoluto” da OpenAI. Musk e Altman de costas voltadas