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O Governo Regional está a reunir-se nesta quarta-feira à tarde, de “forma informal”, com representantes dos partidos com assento na Assembleia Legislativa para discutir a votação do programa do executivo, disseram à Lusa fontes parlamentares.

Segundo as mesmas fontes, as reuniões foram sugeridas de “forma informal” pelo PSD, estando presentes o chefe de gabinete do presidente do Governo Regional, Rui Abreu, o secretário regional da Educação, Jorge Carvalho, que também tem o pelouro dos Assuntos Parlamentares, e o líder parlamentar social-democrata, Jaime Filipe Ramos.

O JPP recusou o encontro, justificando que “não responde a convites feitos pela comunicação social”.

O Programa do Governo da Madeira começou a ser debatido na terça-feira na Assembleia Legislativa Regional sob a ameaça de chumbo, depois de PS, Chega e JPP terem anunciado o voto contra ao documento do executivo liderado por Miguel Albuquerque.

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A votação do Programa do Governo está agendada para quinta-feira.

Programa do Governo da Madeira começa hoje a ser discutido e será votado quinta-feira

Na quarta-feira de manhã, à margem de uma visita a uma empresa na Calheta, o presidente do Governo da Madeira, o social-democrata Miguel Albuquerque, disse esperar que as forças políticas coloquem os “interesses da região” acima dos interesses partidários e que o Programa do executivo seja aprovado na quinta-feira.

Nas eleições regionais antecipadas de 26 de maio, o PSD elegeu 19 deputados, ficando a cinco mandatos de conseguir a maioria absoluta. O PS elegeu 11 parlamentares, o JPP nove, o Chega quatro e o CDS-PP dois, enquanto a IL e o PAN elegeram um deputado cada.

Já depois do sufrágio, o PSD firmou um acordo parlamentar com os democratas-cristãos, ficando ainda assim aquém da maioria absoluta — os dois partidos somam 21 assentos e são precisos 24.

As eleições de maio realizaram-se oito meses após as legislativas madeirenses de 24 de setembro de 2023, depois de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando Miguel Albuquerque foi constituído arguido num processo sobre alegada corrupção.