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Mais de 70% dos bombeiros de Mira indisponível para serviços. Direção apresentou demissão

Comando dos bombeiros voluntários de Mira assume que existe "um conflito entre a maioria do corpo ativo e a direção" daquela associação humanitária, que se arrasta há meses e que se agudizou.

O comando da corporação adiantou que as duas partes entraram "num braço de ferro que em nada dignifica a associação, mas que, por força das atuais circunstâncias, era inevitável"
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O comando da corporação adiantou que as duas partes entraram "num braço de ferro que em nada dignifica a associação, mas que, por força das atuais circunstâncias, era inevitável"

LUÍS FORRA

O comando da corporação adiantou que as duas partes entraram "num braço de ferro que em nada dignifica a associação, mas que, por força das atuais circunstâncias, era inevitável"

LUÍS FORRA

Mais de 70% do corpo ativo dos bombeiros voluntários de Mira manifestou-se esta terça-feira indisponível para efetuar escalas de incêndios e assistência às praias, tendo a presidente da direção informado da sua demissão.

Em nota publicada ao início da manhã desta terça-feira na página desta corporação do litoral norte do distrito de Coimbra na rede social Facebook, o comando dos bombeiros voluntários (BV) de Mira assume que existe, atualmente, “um conflito entre a maioria do corpo ativo e a direção” daquela associação humanitária, que se arrasta há meses e que se agudizou recentemente.

O comando da corporação adiantou que as duas partes entraram “num braço de ferro que em nada dignifica a associação, mas que, por força das atuais circunstâncias, era inevitável”.

No texto é ainda referido que questões internas — não reveladas — estão na base da atual situação e que o comando dos bombeiros voluntários de Mira, “consciente de todas estas divergências e tomadas de atitude, sempre pautou a sua conduta, de forma responsável, pelo equilíbrio e apelo ao bom senso, por forma a que cada parte pudesse cumprir a sua missão”.

No entanto, através do comunicado declara que o próprio comando dos bombeiros “também deixou de conseguir dialogar na plenitude e numa lógica institucional com a direção da associação, o que não é de todo saudável nem compatível com as necessidades diárias de um quartel de bombeiros”.

Na mesma nota, o comando dos BV de Mira informou que face ao conflito com a direção, 43 dos 59 bombeiros (cerca de 72%) do corpo ativo da corporação “mostraram-se indisponíveis” para integrar escalas do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios, do Serviço de Praia protocolado com o município, bem como prevenções e representações, “garantindo apenas os serviços a que estão obrigados, seja no regime voluntário ou profissional”.

A agência Lusa tentou ouvir, sem sucesso, João Maduro, comandante dos bombeiros voluntários de Mira.

Horas mais tarde, cerca das 15h00 desta terça-feira, foi a vez da presidente da direção, Alda Leça, divulgar na mesma página um comunicado, através do qual que anunciava a demissão do corpo diretivo da associação humanitária “com efeitos imediatos”.

Na nota, esta terça-feira divulgada, mas que tem data de quinta-feira, dia 8, a direção dos Bombeiros Voluntários de Mira afirma ter concluído, “após uma análise muito ponderada”, que as atuais condições não permitem dar continuidade ao compromisso de gestão da associação.

“Criou-se uma situação que nada tem abonado em favor de todos os intervenientes, seja direção, seja corpo ativo, comprometendo a capacidade de realizar as funções com a excelência que se considera necessária e com a qual nos comprometemos inicialmente”, sublinhou.

Embora sem especificar os motivos do conflito, Alda Leça revelou que a direção agora demissionária estava consciente de que a associação dos bombeiros voluntários de Mira “era uma casa ‘complicada’ de gerir, quer a nível financeiro, mas sobretudo a nível de relações interpessoais”.

Entre outros pontos, a presidente diz que os órgãos diretivos foram confrontados “com algumas situações difíceis de ultrapassar, próprias da gestão de uma casa sem apoios de retaguarda, sem regras, onde os funcionários é que as ditam e não têm qualquer abertura para a mudança”.

“Reconhecemos que é uma casa com muitas particularidades, muitas vezes atípicas, onde os funcionários não são funcionários, mas sim superiores, e a direção não consegue ser direção. Conhecemos elementos que não sabem respeitar o colega do lado, quanto mais alguém que o queira gerir (…). Qualquer elemento fora daquela corporação não tem nem nunca terá condições para assumir a sua gestão”, frisou, na nota, Alda Leça.

Câmara de Mira assume preocupação com situação nos bombeiros locais

O conflito entre o corpo ativo e a direção dos Bombeiros Voluntários de Mira, que levou à recusa de prestação de alguns serviços por parte dos operacionais e à demissão dos órgãos diretivos, preocupa o presidente da Câmara.

Em declarações à agência Lusa, na qualidade de responsável máximo da Proteção Civil de Mira, Artur Fresco manifestou-se muito preocupado com o conflito na corporação de bombeiros, em época de incêndios florestais e numa altura em que a população do concelho quase quadruplica de visitantes, com o turismo e as férias de emigrantes.

“Estamos muito preocupados, porque é uma época crítica de incêndios, o verão é sempre um problema. Por acaso, aqui, ainda não tem acontecido nada (…), mas também poderá vir a ocorrer no nosso território”, disse o autarca.

Outra preocupação resulta do serviço de assistência às praias, protocolado entre a associação humanitária de bombeiros voluntários e o município de Mira, numa altura de época balnear em que a população concelhia “triplica ou quadruplica”.

“Preocupa-me também os cuidados pré-hospitalares, os transportes agendados de doentes. Há aqui uma série de serviços que têm de ser normalmente acautelados”, alertou Artur Fresco.

Perante o conflito, e notando que a situação na associação humanitária é uma questão interna da respetiva direção e comando, sendo alheia à Câmara Municipal, Artur Fresco disse acreditar que perante a anunciada demissão dos órgãos diretivos “volte tudo à normalidade já a partir de quarta-feira” nos bombeiros de Mira.

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