Uma nova sondagem para os Jornal de Negócios e o Correio da Manhã mostra que o Partido Socialista ultrapassou a Aliança Democrática e que, se as eleições legislativas se realizassem agora, os socialistas seriam os prováveis vencedores. Ainda assim, a distância que separa os socialistas da coligação atualmente no Governo é curta e mantém-se o cenário de empate técnico.

O mais recente barómetro da Intercampus aponta para uma inversão face à sondagem anterior, em que a AD surgia à frente do PS por 2,5 pontos percentuais. Desta vez o partido liderado por Pedro Nuno Santos lidera, reunindo 28,4% das intenções de votos, mais 4,5 pontos percentuais do que em julho. Já a coligação de Luís Montenegro alcança 26,6% das intenções de voto, quando nos resultados anteriores chegava aos 26,4%.

A sondagem, realizada entre os dias 29 de agosto e 4 de setembro, nota que a diferença entre as duas forças políticas é curta e inferior à margem de erro (de 4%). Mantém-se, assim, o empate técnico entre PS e AD.

A sondagem também mostra uma diminuição do apoio ao Chega e à Iniciativa Liberal. O partido de André Ventura mantém-se a terceira força partidária, com 13,3% das intenções de voto, uma descida de um ponto percentual face à sondagem anterior. Já os liberais baixam 1,6 pontos percentuais, com 7,4%.

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À esquerda vários partidos também desceram face aos resultados da sondagem de julho. O Bloco de Esquerda mantém-se na quinta posição, com uma ligeira descida de 5,8% para 5,7%. Já o Livre e o PAN reúnem 2,7% e de 1,2% das intenções de voto, um recuo de 2,2 e 2,1 pontos percentuais. No sentido inverso, a CDU sobe um ponto percentual e atinge os 3,2%.

O barómetro da Intercampus também olhou para a avaliação dos inquiridos sobre os líderes partidários. O primeiro-ministro Luís Montenegro e o socialista Pedro Nuno Santo são os únicos líderes com avaliação positiva e chegam, respetivamente, aos 3,3 e 3,1, numa escala que vai de 1 a 5. Se o líder da AD é o que tem a melhor imagem, o secretário-geral do PS é a figura que mais vê aumentar a popularidade. Os líderes da CDU, Paulo Raimundo, e do Chega, André Ventura, têm a pior avaliação (2,3). O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, voltou a ter nota positiva — em julho, o chefe de Estado recebia uma nota de 2,8.

A nível do novo Governo, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, continua a ser a figura menos popular. Segundo a sondagem, 17,5% dos inquiridos consideram-na a pior ministra, um aumento face aos 12,2% do estudo anterior. Segue-se o ministro da Habitação e das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, que é visto como o pior ministro por 5,1% dos inquiridos. À frente da pasta dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel é apontado por uma maior proporção de inquiridos como o melhor ministro (11,9%).