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A caminho de Washington, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, respondeu esta quinta-feira às ameaças de Vladimir Putin relativas à permissão para Kiev utilizar mísseis de longo alcance em território russo, responsabilizando-o pelo conflito. Na capital norte-americana, a decisão deve estar prestes a acontecer, relata o New York Times.

A Rússia começou este conflito. A Rússia invadiu ilegalmente a Ucrânia. A Rússia pode acabar este conflito imediatamente”, afirmou Starmer aos jornalistas durante o voo para os Estados Unidos, citado pela BBC. As declarações surgiram em resposta ao Presidente russo, Vladimir Putin, que afirmou horas antes que a permissão ocidental “mudaria a natureza do conflito” e “significaria que os países da NATO estão em guerra com a Rússia”.

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Mais tarde na mesma viagem, Starmer reiterou: “Foi a Rússia que começou isto. Eles causaram o conflito, são eles que estão a agir ilegalmente.” Londres aprovou recentemente a utilização dos mísseis de longo alcance Storm Shadow em território russo, relataram oficiais britânicos ao The Guardian na quarta-feira. Contudo, a decisão não vai ser tornada pública, para não “provocar o Kremlin”. O que é público é o facto de Starmer se dirigir a Washington precisamente para debater o tema com Joe Biden, esta sexta-feira.

Da parte da Casa Branca, a proibição também parece estar a chegar ao fim. O chefe de Estado norte-americano estará prestes a aprovar a utilização destes equipamentos, avançou o New York Times esta quinta-feira. Contudo, a aprovação será apenas relativa à utilização de armas ocidentais que não sejam de fabrico norte-americano, relataram fontes europeias anónimas ao jornal norte-americano.

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Isto quer dizer que o executivo de Biden vai apoiar a decisão de Starmer para aprovar a utilização dos Storm Shadow britânicos, mas vai manter a proibição sobre os ATACMS, de fabrico norte-americano. Biden continua hesitante em estender esta permissão a armas dos Estados Unidos devido ao conselho das agências de informações que avisam que a retaliação russa pode incluir o apoio a ataques iranianos contra tropas norte-americanas no Médio Oriente.

Depois da visita de Antony Blinken e David Lammy a Kiev, em que ouviram o plano de Volodymyr Zelensky para utilizar estas armas, os representantes de negócios estrangeiros norte-americano e britânico vão “prestar contas aos chefes”, como Blinken definiu, no encontro com Joe Biden e Keir Starmer esta sexta-feira.