Desde o início de junho que os extremistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (agora só chamados de Estado Islâmico) ultrapassaram a fronteira do leste da Síria para o norte do Iraque, conquistando passo a passo algumas das maiores cidades iraquianas e lançando o terror com os seus meios de ação de extrema violência e brutalidade. O objetivo, dizem, é recuperar para o Islão todas as terras que em tempos dizem ter sido dominadas por muçulmanos e construir o Califado islâmico de “todos os muçulmanos”.

Foram estes extremistas islamitas que divulgaram na terça-feira à noite um vídeo, cuja veracidade ainda não foi confirmada, que mostra a alegada decapitação do jornalista norte-americano James Foley, desaparecido há quase dois anos da Síria. A mensagem é clara e dirige-se aos EUA e em particular a Barack Obama, que nos últimos dias autorizou uma intervenção no Iraque para travar os extremistas islâmicos: ou param de atacar o que dizem ser o Califado islâmico ou “vai haver derramamento de sangue do povo ocidental”.

Além de James Foley, o vídeo mostra ainda um outro jornalista, identificado como Steven Sotloff, que não é assassinado mas que serve para os jihadistas deixarem a ameaça: “A vida deste cidadão americano depende da tua próxima decisão”, ouve-se, numa mensagem dirigida a Barack Obama.

Além de Foley, os últimos meses têm sido pontualmente marcados pela morte de jornalistas de várias nacionalidades em cenários de conflito – da Síria ao Iraque, passando pela faixa de Gaza. O caso mais recente foi do italiano de 35 anos Simone Camilli, jornalista da Associated Press, que morreu no último dia 13 de agosto, juntamente com um tradutor palestiniano, na sequência da explosão de um míssil israelita em Gaza.

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