O Banco de Portugal garantiu hoje que a situação de solvabilidade do BES é sólida e que tem vindo a determinar medidas para o BES e o Espírito Santo Financial Group adotarem e assim evitarem que a situação no grupo contagie o banco.

“A situação de solvabilidade do BES é sólida, tendo sido significativamente reforçada com o recente aumento de capital. O Banco de Portugal tem vindo a adotar um conjunto de ações de supervisão, traduzidas em determinações específicas dirigidas à ESFG e ao BES, para evitar riscos de contágio ao banco resultantes do ramo não-financeiro do GES”, diz o Banco de Portugal em respostas a pedidos de esclarecimento da comunicação social.

A instituição liderada por Carlos Costa sublinha que só tem responsabilidade de supervisionar a parte financeira do grupo – o EFSG e o BES -, mas que as restantes “não se encontram sujeitas à supervisão do Banco de Portugal, dado que não integram o perímetro prudencial do grupo bancário sujeito à supervisão do Banco de Portugal (ao nível da ESFG) e na medida em que não são consideradas empresas-mãe ou filiais de instituição de crédito, nos termos do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras”.

No entanto, garante o banco central, as operações realizadas entre o banco e as outras entidades do grupo “estão sujeitas ao cumprimento de limites máximos de concentração de riscos”, o que quer dizer que o Banco de Portugal está a acompanhar “o cumprimento desses limites e os impactos das operações na situação patrimonial e prudencial das instituições de crédito ou do grupo bancário”.

Estas operações são ainda avaliadas do ponto de vista de crédito e do risco reputacional que podem ter para o banco e o ESFG, o que permite ao banco central “adotar ações ou determinações específicas para acautelar esses riscos”.

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