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Rhian Teasdale e Hester Chambers, a dupla britânica que forma as Wet Leg
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Rhian Teasdale e Hester Chambers, a dupla britânica que forma as Wet Leg

Rhian Teasdale e Hester Chambers, a dupla britânica que forma as Wet Leg

A revolução das Wet Leg: tornar o indie-rock grande e divertido outra vez

Afinal é possível: o indie-rock pode ser menos sisudo, melancólico, sofrido. Com o primeiro disco, as Wet Leg divertem-se e, arriscamos, hão-de divertir o mundo. Entrevistámo-las há 5 meses em Lisboa.

Há vários adjetivos que poderiam ajudar a definir o melhor indie-rock — rock independente, que nasce nas margens das grandes editoras — que se tem ouvido nos últimos anos: sorumbático, melancólico, “poético-filosófico”, nervoso, sofrido (e feito por gente com vontade de partilhar as suas dores). Mas há outros que não se aplicam: popular, cantarolável, brincalhão.

Não é que as Wet Leg, duo formado por duas raparigas britânicas chamadas Rhian Teasdale (29 anos) e Hester Chambers (28 anos), não tenham melancolia dentro de si ou que não a explorem nas suas canções — oiça-se por exemplo “I Don’t Wanna Go Out” ou “Loving You”. Mas com o primeiro álbum, homónimo e que será editado esta sexta-feira, 8 de abril, acende-se uma luz de esperança para o indie-rock: afinal também pode ser divertido, cantado por mais do que 200 pessoas de cada vez e ter a ambição de, com singles que se espalham como pólvora, entusiasmar multidões e tornar as guitarras sexy outra vez.

O hype em torno destas duas raparigas (a que, em estúdio e nos palcos, se juntam outros músicos para gravações e concertos) começou a nascer e a espalhar-se depois de junho do ano passado. Nesse mês, mais concretamente no dia 15, uma banda então desconhecida chamada Wet Leg, da editora britânica Domino (gigante discográfica indie, onde estão por exemplo Arctic Monkeys, Cat Power e Franz Ferdinand) lançavam uma canção chamada “Chaise Longue”. Ao primeiro tema, o primeiro hit. À segunda canção, “Wet Dream”, novo sucesso.

A capa de "Wet Leg", o álbum de estreia da dupla britânica

Não foi preciso mais: com apenas duas canções — portanto sem nenhum disco, sequer um mini-álbum (EP) —Rhian Teasdale e Hester Chambers saíram do seu Reino Unido natal e começaram a viajar pelo mundo para tocar as suas canções.

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Em novembro do ano passado, uma digressão internacional levou-as a Portugal para atuar no festival Super Bock em Stock, em Lisboa. Foi aí, há cinco meses, que as encontrámos para uma entrevista, numa altura em que Wet Leg era uma banda de duas canções apenas (reveladas publicamente), mas a quem o mundo augurava um grande futuro.

O mundo e, em particular, Iggy Pop, histórico veterano da música de guitarras que em setembro do ano passado dizia que descobrir música nova era como “andar numa mina à procura de diamantes” e ele, Iggy, tinha acabado de encontrar um: “Quando ouvi a ‘Chaise Longue’ das Wet Leg, fiquei mesmo entusiasmado: é atrevida, tem um groove perverso, mas o segredo está nas vozes — podias pedir a 100 pessoas para a cantarem que nenhuma soaria igual”.

Não era certo que revelassem o mesmo humor e a mesma capacidade de verter com talento para um disco (e não apenas para um par de canções) a vida quotidiana de jovens mulheres de classe média do século XXI, com referências às redes sociais (melhor dizendo: ao Instagram), às dating apps, à vida boémia, à sexualidade abordada sem pudor e à recusa de compactuar com o macho-dominador do mundo. Agora é.

Não se pode dizer que as expectativas tenham sido defraudadas. Hoje têm seis canções já reveladas, sendo que “Chaise Longue” (13 milhões de cliques no Spotify) e “Wet Dream” (8.4 milhões de “plays” na mesma plataforma de streaming) são as mais ouvidas. E ficaram em 2º lugar na lista “BBC Sound” de 2022, a mais recente projeção anual da estação britânica sobre “as estrelas emergentes mais entusiasmantes” da indústria musical (é “um painel imparcial de especialistas da indústria musical de todo o mundo” que escolhe os artistas e bandas com mais probabilidade de se afirmarem).

Mais provas de que o hype foi crescendo? Há dois meses, Dave Grohl, outra figura maior do rock mundial, deixava-lhes rasgados elogios em declarações ao jornal britânico The Guardian (“há noites em que ficamos a ouvir apenas essa canção em repeat”). Neste momento existem já concertos anunciados em vários pontos do mundo, com passagens pelos EUA e Canadá (desde logo, pelo festival Lollapalooza de Chicago), pela Austrália e pela Europa (Portugal não incluído). E já atuaram ao vivo na rádio pública dos EUA, NPR (“Tiny Desk”), e recentemente na televisão — no “The Tonight Show” de Jimmy Fallon e no “The Late Show With James Corden”.

[“Chaise Longue” ao vivo no programa de Jimmy Fallon:]

As primeiras críticas ao álbum de estreia também já vão chegando e, globalmente, só reforçam o coro: a revista britânica New Musical Express dá cinco estrelas (em cinco) ao disco e diz que é “um clássico instantâneo que justifica o hype”, a publicação musical Stereogum diz que “as Wet Leg mostram-se à altura do hype no álbum de estreia” e na revista Rolling Stone escreve-se mesmo que são “a banda com mais buzz [sobre a qual há mais burburinho] do ano”.

Não era garantido que Wet Leg, o álbum, não fosse um falhanço rotundo, um passo em falso na difícil tarefa de revolucionar o indie-rock e torná-lo sexy, divertido e leve qb outra vez — sem que se perdesse o bom gosto, sem que tudo isto deixasse de soar a algo minimamente original.

Em novembro, quando as encontrámos nos camarins que usaram antes do primeiro concerto em Portugal, não era garantido que as Wet Leg viessem a confirmar que poderiam ser uma espécie de equivalente musical ao que “I May Destroy You” foi para as séries.

Isto é: não era certo que revelassem o mesmo humor e a mesma capacidade de verter com talento para um disco (e não apenas para um par de canções) a vida quotidiana de jovens mulheres de classe média do século XXI, com referências às redes sociais (melhor dizendo: ao Instagram), às dating apps, à vida boémia, à sexualidade abordada sem pudor e à recusa de compactuar com o macho-dominador do mundo. Mas eis que as Wet Leg aí estão, para revolucionar o mundo com as suas canções brincalhonas, mordazes, inteligentes, sexys, tornando novamente as guitarras, as baterias e aqui e ali os baixos e sintetizadores instrumentos de diversão.

[“Too Late Now”:]

“Estávamos muito habituadas a dar concertos para 6 pessoas”

A 20 de novembro de 2021, sentadas numa sala interna do Coliseu dos Recreios, em Lisboa — o maior palco do Super Bock em Stock mas não aquele em que as Wet Leg atuariam —, Rhian Teasdale e Hester Chambers esperavam-nos quando faltava ainda quase uma mão cheia de horas para o primeiro concerto em Portugal, que aconteceria na Estação Ferroviária do Rossio. Foi aí, falando sempre baixinho e revelando alguma timidez (sobretudo Hester Chambers), que nos contaram um pouco da sua história.

As duas conheceram-se quando tinham 17 anos e viviam e estudavam na Ilha de Wight, localizada na costa sul de Inglaterra, algo deslocada do resto do país (o barco é o meio de transporte mais usado para lá chegar) e com cerca de 140 mil habitantes — para se ter uma ideia, num país com cinco vezes mais habitantes do que Portugal, a Ilha de Wight tem cerca de menos 90 mil habitantes do que o Porto, quase quatro vezes menos habitantes do que Lisboa e Manchester e quase 70 vezes menos habitantes do que Londres.

Rhian e Hester não cresceram propriamente num polo cultural e musical — não houve muitos músicos e bandas de renome a sair da Ilha de Wight para o estrelato, o que talvez ajude a perceber o porquê de as duas dizerem repetidamente, e também ao Observador, que o impacto que esperavam ter na indústria musical não passava de algum sucesso local e, quanto muito, de poderem dar concertos noutras cidades de Inglaterra.

“A ligação deveu-se ao nosso manager: de certa forma, ele falou bem de nós [à Domino], conseguiu com que tivéssemos uma reunião com eles e [a voz ganha um tom de surpresa] não os assustámos!”. A editora, como acrescentou recentemente o The New York Times, terá ouvido apenas quatro canções da banda num “link” privado na plataforma SoundCloud antes de decidir que queria ter as Wet Leg no seu catálogo.

Há já uma década, quando se encontraram, Rhian Teasdale e Hester Chambers estavam a frequentar um curso de música na Ilha de Wight — “mas ambas desistimos do curso bastante cedo”, contava-nos em novembro Hester Chambers.

As duas foram crescendo, disseram-nos, aproximando-se gradualmente da música rock — quando se conheceram e nos anos posteriores à pós-adolescência, era a música mais folk, de singer-songwriters (escritores de canções e intérpretes a solo), que mais gostavam de ouvir. O interesse pela música foi crescendo por influência familiar, em ambos os casos: Hester (que começou a tocar piano relativamente cedo) mais por via materna, Rhian mais devido ao gosto musical de uma irmã mais velha (tinha três irmãos).

Num “sítio muito bonito”, mas também um meio “muito calmo”, onde “não havia muita música e concertos” a acontecer regularmente — ao contrário de “churrascos”, “fogueiras na praia” e “noites de campismo” — foi numa ida no verão ao Festival da Ilha de Wight que Rhian Teasdale começou a ter vontade de fazer bandas e começar a tocar.

Ao Observador, Rhian contava que se recordava de ir com 14 anos ao festival que começou no final dos anos 60, chegou a receber nessa época bandas e artistas como Bob Dylan, The Who, Joe Cocker e Jefferson Airplane (tendo no público espectadores como John Lennon, George Harrison, Ringo Starr e Keith Richards), esteve 31 anos sem se realizar e levou até à Ilha de Wight nos anos de adolescência de Rhian Teasdale grupos como The Rolling Stones, Foo Fighters, Muse, Primal Scream, Kasabian e Placebo. “Lembro-me de ter 14 anos e ir ao festival no verão. Foi aí que senti pela primeira vez: seria bastante fixe estar numa banda, era capaz de gostar disso”.

Em 12 temas, as Wet Leg atiram os foguetes, apanham as canas e divertem-se à brava com velhas relíquias caídas em desuso chamadas "instrumentos" e "guitarras elétricas"

A experiência não foi muito diferente para Hester, mas as duas foram seguindo caminhos diferentes na música nos anos seguintes: Rhian Teasdale tentou fazer música a solo entre 2016 e 2018 (mais ou menos entre os 23 e os 25 anos), assinando canções com o nome Rhain, enquanto Hester Chambers formou uma banda a que chamou Hester and Red Squirrel. “Passámos algum tempo a ir a festivais, com os nossos projetos anteriores, e a ficar entusiasmadas com a ideia de ter bandas. Mas estávamos muito habituadas a dar concertos para, sei lá, umas 6 pessoas, para os nossos amigos [risos]. Portanto nunca esperámos tudo isto”, explicava-nos Teasdale em novembro.

As duas juntaram-se mais a sério pela primeira vez num palco, durante uma dessas atuações para poucos espectadores de Rhian Teasdale a solo. O primeiro single já em duo e enquanto Wet Leg, “Chaise Longue”, foi escrito numa altura em que Rhian, que entretanto já vivera em Londres, mudou-se temporariamente para a casa da amiga na Ilha de Wight: “Fomos compondo essa canção em minha casa, numa altura em que a Rihan ficou a dormir lá algumas noites”, contava Hester, sendo logo complementada por Rhian Teasdale: “Era suposto ter ficado lá só algumas noites, era… mas acabei por ficar uns seis meses!”.

Quando o tema foi revelado, em 2021, Rhian Teasdale e Hester Chambers já tinham editora e eram uma das grandes apostas da Domino. Tudo aconteceu, contava-nos também Hester, graças a um manager que passou a representar a banda em maio de 2020: “A ligação deveu-se ao nosso manager: de certa forma, ele falou bem de nós [à Domino], conseguiu com que tivéssemos uma reunião com eles e [a voz ganha um tom de surpresa] não os assustámos!”. A editora, como acrescentou recentemente o The New York Times, terá ouvido apenas quatro canções da banda num “link” privado na plataforma SoundCloud antes de decidir que queria ter as Wet Leg no seu catálogo: o que aconteceu no final de 2020, alguns meses antes de “Chaise Longue” sair.

As canções são simples, mas não são básicas, nem melodica nem liricamente. São catchy, mas inteligentes, a fugir ao simplismo — e têm nuances suficientes para não seguirem fórmulas do pop-rock mainstream e de estádio. São também bem cantadas e misturam doçura e acidez, vulnerabilidade e descargas rock em doses certeiras.

Em novembro do ano passado, Hester e Rihan mostravam-se já surpreendidas com o sucesso que estavam a ter e diziam ao Observador: “Fazíamos canções tontas. Não pensávamos demasiado sobre elas, o objetivo era fazer algo simplesmente que nos divertisse, sem o levarmos excessivamente a sério”. Na primeira atuação enquanto Wet Leg depois do single inaugural sair, contava Hester, “as pessoas estavam a cantar — não estávamos à espera que isso fosse acontecer. E à primeira atuação fora da Ilha de Wight achámos que ninguém iria aparecer”.

De repente, ainda sem um álbum editado e com um par de canções lançadas publicamente, os concertos começaram a multiplicar-se. Em novembro Hester e Rihan ainda escondiam o jogo, não dando como garantido que em 2022 editassem o primeiro álbum — só queriam falar do single seguinte, que estava quase sair.

Insistíamos questionando-as sobre se sentiam a pressão das expectativas sobre esse disco futuro e respondiam-nos que tentavam “não pensar muito nisso porque não podemos controlar a forma como as pessoas vão reagir às nossas canções”, garantiam estar mais preocupadas em ficar satisfeitas com o que faziam, reconheciam “a pressão” mas diziam que era “um ótimo problema” e “uma sorte” saber que existiam pessoas com vontade de as ouvir.

As duas estavam também a adaptar-se à vida em digressão, como confessava Rhian Teasdale: “É difícil comer vegetais na estrada — e metade da banda [nos concertos têm mais músicos a tocar com elas] é vegetariana. É sempre um desafio. Gosto de comer bem. E fui falando com outros amigos que fazem música e conversámos sobre o que devemos levar na mala de viagem, também. Tudo coisas muito básicas. Em geral estamos a gostar muito”. Depois deste primeiro álbum agora editado, é provável que comecem a precisar de malas maiores.

Um álbum que é mais do que “Wet Dream” e “Chaise Longue”

As canções são simples, mas não são básicas, nem melodica nem liricamente. São catchy, mas inteligentes, a fugir ao simplismo — e têm nuances suficientes para não seguirem fórmulas do pop-rock mainstream e de estádio. São também bem cantadas e misturam doçura e acidez, vulnerabilidade e descargas rock em doses certeiras.

Já se conhecia “Chaise Longue”, tema em que alguma tensão e algum nervo contrastam com o humor da letra — a canção vai avançando com trocadilhos cómicos (“I went to school and I got a degree / all my friends call it the big D”), a eletricidade rock acelera no refrão para voltar à tensão e à dicção quase falada da letra. Versa sobre gente que está de roupa interior sentada, e que deveria “estar em posição horizontal agora”, e fãs abordados diretamente, sem pudores:

A tua mãe está preocupada?
Gostarias que arranjássemos alguém para preocupar a tua mãe?
(…)
Hey, tu na fila da frente, vens para o backstage depois do concerto?
É que tenho uma chaise longue no meu camarim
e um pack de cervejas quentes que podíamos consumir 

[o vídeo de “Chaise Longue”:]

Já se conhecia também “Wet Dream”, uma canção animada em que a expressão “touching yourself” (uma forma polida de dizer masturbação) é repetida várias vezes, em que as Wet Leg usam a fórmula de acelerar e subir a eletricidade no refrão e que satiriza um sonho molhado alheio que teve uma protagonista que não o queria ser:

“Estive no teu sonho molhado
a conduzir no meu carro
vi-te na berma da estrada
não há ninguém por perto
(…)
O que te faz pensar que és suficientemente bom
Para pensar em mim quando estás a acariciar-te?”

[o vídeo de “Wet Dream”:]

Há ainda assim mais canções merecedoras de atenção, com letras mordazes e com o indie-rock tornado instrumento de diversão e festa, género que abraça tão facilmente a doçura e a subtileza quanto a desbunda elétrica. É o caso da música de arranque, “Being In Love”, reflexão curiosa sobre estar-se apaixonado onde a dada altura se canta: “I tried to medicate / but I just medicate / pour me another drink”.

Na catchy “Angelica”, a terceira faixa, fala-se de uma rapariga (precisamente com esse nome) que está numa festa e há riffs de guitarra a fazerem da própria canção uma “party”. Há a língua de fora colocada para os pretendiosos: “Não te quero seguir no gram [Instagram] / Não sei porque ainda não me fui embora / não quero nada disto / não sei sequer o que estou aqui a fazer / foi-me dito que havia cerveja grátis”. E a dada altura as Wet Leg cantam dois versos que quase as resumem. É todo um tratado sobre a capacidade de mudar rapidamente de assuntos sérios para reflexões ligeiras e quotidianas:

Sometimes life gets hard to deal
I like you, you’ve got sex appeal

[o vídeo de “Angelica”:]

O resto do disco segue quase sempre num tom semelhante: as Wet Leg vertem para as suas canções enérgicas, que dão vontade de dançar sem deixarem de ser elétricas e reminiscentes do indie-rock e college-rock dos 90s, humor mordaz e emancipação feminina, críticas a e piadas sobre ex-namorados e tiradas sobre as mãezinhas desses rapazes.

Tudo isto é feito com um bom gosto de quem ouviu o melhor do velho rock alternativo, está atento à tensão rock de algumas boas bandas britânicas da atualidade — como os Dry Cleaning — mas explora esse universo com menos rigidez, o transporta para canções mais festivas, menos intelectualizadas, mais diretas e cantáveis. Em 12 temas, as Wet Leg atiram os foguetes, apanham as canas e divertem-se à brava com velhas relíquias caídas em desuso chamadas “instrumentos” e “guitarras elétricas”. É bem provável que divirtam o mundo no caminho.

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