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Kadyrov é um dos principais aliados do Presidente russo

SPUTNIK/AFP via Getty Images

Kadyrov é um dos principais aliados do Presidente russo

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Do coma ao transplante de rim, crescem suspeitas sobre saúde de Kadyrov. O seu desaparecimento seria sempre um problema para Putin

A saúde do líder checheno inspira especulação há meses. Não é certo que haja verdade nos relatos, que Kiev confirma e Kremlin ignora, mas perder Kadyrov traria incerteza à Chechénia sonhada por Putin.

“Como patriota, soldado raso do Presidente da Rússia, Vladimir Putin, jamais me envolverei com assassinos e traidores do meu país.” A frase, proferida há sete anos pelo líder da Chechénia, Ramzan Kadyrov, continua nos dias de hoje muito atual. É com este mantra que o devoto aliado do Chefe de Estado russo mede as suas palavras e ações. Quando a guerra na Ucrânia começou, em fevereiro do ano passado, Kadyrov foi rápido a prometer o seu apoio para a “libertação completa” do país e enviou unidades chechenas, que garante estarem a combater com sucesso. Quando as tropas do grupo Wagner de Yevgeny Prigozhin marcharam sobre Moscovo contra a liderança militar russa, prontamente descreveu a insurreição como uma “traição desprezível” e mobilizou os seus soldados para a zona de tensão para “preservar a unidade da Rússia”. Em tudo, tem mostrado fervor para fazer cumprir a vontade de Vladimir Vladimirovich, mesmo que para isso tenha de dar a sua própria vida, como já garantiu.

É sobre o “soldado raso” de Putin, que há mais de uma década governa a Chechénia com uma mão de ferro que não deixa qualquer espaço para opositores, que se somam agora relatos sobre uma saúde muito fragilizada. As informações já foram carimbadas como verdadeiras pelo Serviço de Segurança da Ucrânia, ainda que das autoridades chechenas chegue apenas o silêncio e as russas procurem desviar o assunto.

Certo é que a preocupação prolongada com a saúde do líder checheno tem transparecido no espaço de informação russo, algo que, segundo uma avaliação do Instituto para o Estudo da Guerra (ISW, na sigla em inglês), que há mais de um ano acompanha a evolução do conflito da Ucrânia, é prova da dependência que o Presidente russo tem em relação a Kadyrov para a continuidade da estabilidade na Chechénia. O think tank norte-americano diz mesmo que a continuação dos relatos sobre a saúde debilitada de Kadyrov podem tornar-se uma fonte de problemas para o próprio e também para os oficiais russos. “Poderão ficar preocupados [com a possibilidade de] que os rumores contínuos sobre a sua saúde afetem a longo prazo a estabilidade do seu controlo da Chechénia e, por extensão, o de Putin”, refere.

Não é, no entanto, a primeira vez que se especula sobre o estado de saúde do líder checheno. O próprio já veio negar estar debilitado, com um vídeo publicado no Telegram, ainda que sem data ou local assinaláveis. Mas que impacto poderia significar a perda de Ramzan Kadyrov para o regime de Putin? Iria trazer-lhe vantagens ou acrescentar mais problemas numa altura em que lida com os insucessos militares na Ucrânia?

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Os relatos sobre a saúde debilitada do “soldado raso” de Putin, por entre passeios ao ar livre

Não só está doente, como também a situação é grave. A garantia é de Andriy Yusov, porta-voz do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU). “Há informações de que o criminoso de guerra Kadyrov está em estado grave. As suas doenças existentes pioraram e causaram uma condição muito difícil”, afirmou em declarações ao jornal ucraniano Obozrevatel na sexta-feira, sem contudo entrar em detalhes sobre o que provocou o deteriorar da situação. “Está doente há muito tempo. São problemas de saúde sistémicos, mas tem estado em estado grave nos últimos dias“, acrescentou, explicando que a informação sobre Kadyrov tinha sido confirmada por múltiplas fontes, tanto médicas como do setor político.

Por essa altura, o Obozrevatel avançava, citando fontes de informação na Chechénia, que Kadyrov, de 46 anos, estava em coma há vários dias. Teria sido transferido para a capital russa para receber tratamento, mas, sem que nada pudesse ser feito, regressara ao país natal e esperava ser transferido para o exterior para receber novos tratamentos, provavelmente nos Emirados Árabes Unidos. Já está segunda-feira o jornal noticiou que Kadyrov tinha sido submetido a um transplante de rins, que teria corrido mal, e estava em “estado crítico”. Vários canais de Telegram russos referem mesmo que nos últimos dias foram avistados carros com matricula da Chechénia a entrar no Central Clinical Hospital, em Moscovo, onde Kadyrov estaria a receber tratamento.

Ramzan Kadyrov

Ramzan Kadyrov, que está à frente da Chechénia desde 2007, assume-se como o "soldado raso" de Putin

Getty Images

Os relatos sobre a saúde debilitada de Kadyrov não são novos — também os há sobre o próprio Presidente russo. O líder checheno já tinha aparecido em vídeo, em março deste ano, a rir-se sobre a especulação que se tem gerado, brincando com a situação: “Para os que se consolam com a esperança de que sou um doente terminal, lamento despontar-vos.” A especulação regressou em força neste mês de setembro, com Alexei Venediktov, antigo editor-chefe da estação de rádio Echo of Moscow, que está na lista russa de “agentes estrangeiros”, a escrever no Telegram que Kadyrov tem falência renal e que precisa de fazer frequentemente hemodiálise, precisamente no Central Clinical Hospital. Já o opositor do regime Abubakar Yangulbaev afirmou que Kadyrov teria morrido, sem contudo divulgar provas, como avançou o Meduza, um jornal em língua russa registado na Letónia e bloqueado e ilegalizado pelo Kremlin na Rússia.

Questionado sobre o assunto, o Kremlin disse esta segunda-feira que não tem notícias sobre o estado de saúde do líder checheno. “Não temos nenhuma informação sobre isto. De qualquer das formas, a administração presidencial dificilmente pode passar certificados de saúde, por isso não temos nada para vos dizer”, respondeu o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, quando questionado pelos jornalistas. De modo semelhante, da Chechénia não chegam novidades. Segundo a agência de notícias Reuters, os porta-vozes de Kadyrov ignoraram repetidamente o contacto sobre este assunto.

O próprio Kadyrov terá vindo, no entanto, pôr fim à especulação. A resposta chegou com dois vídeos publicados este domingo na conta de Telegram. “Aconselho vivamente a todos os que não conseguem distinguir a verdade das mentiras na internet que deem um passeio ao ar livre e coloquem os seus pensamentos em ordem. A chuva é maravilhosamente revigorante”, podia ler-se na legenda que acompanha as imagens.

Não é certo quando e onde os vídeos foram gravados. No primeiro, é possível ver Kadyrov, vestindo um impermeável, a passear à chuva num parque, sorridente. De relance, é possível ver-se um edifício que tem sido identificado como possivelmente a sua residência na cidade de Grozny. O segundo vídeo mostra apenas a chuva a cair no parque, enquanto Kadyrov faz uma alusão aos recentes comentários sobre o seu estado de saúde e recomenda, em checheno e russo, a prática de desporto.

Os repetidos relatos sobre a saúde de Kadyrov parecem estar a incomodar o Estado russo e os legisladores têm pedido novas medidas para lidar com este tipo de situação. À agência estatal russa Ria, Sultan Khamzaev, membro da Duma, sublinhou a importância de reforçar a responsabilização sobre a especulação em torno da vida e saúde de figuras públicas. “Não é uma boa moda. O TsIPSO [serviços de informações] e outros serviços ucranianos estão a espalhar várias falsidades e na Rússia discute-se isto sem remorsos. Os bloggers têm de parar de se meter na vida privada e espaço pessoal das figuras públicas, especialmente em assuntos como a saúde e a morte”, avisou.

O regime de Putin só tem a perder com a perda de Kadyrov

Tudo isto tem feito de Kadyrov manchete ao longo da última semana, destaca Maia Otarashvili, diretora do programa Euroásia do Foreign Policy Research Institute e especialista em assuntos da região do Cáucaso. “Não é claro o que aflige Kadyrov. Tem apenas 46 anos e publica regularmente vídeos nos canais das redes sociais, em que se gaba do seu bem-estar e preparação física. Mas as ávidas tentativas de Moscovo para refutar os relatos sobre ele dizem muito sobre a necessidade de Putin manter a estabilidade em torno do papel de Kadyrov”, considera a investigadora.

Não é certo que haja alguma verdade nas informações que têm sido divulgadas sobre o estado de saúde de Kadyrov. Os próprios serviços de segurança ucranianos “podem estar a jogar o seu próprio jogo de desinformação”, alerta ainda Arkady Moshes, diretor do programa de investigação sobre a Rússia, vizinhança Oriental da UE e Eurásia, no Finnish Institute of International Affairs (Fiia). Certo é, defende o investigador, que não se pode negar a importância do papel que o líder da Chechénia tem assumido nos últimos anos. “Diria até que é um papel de certo modo independente do sistema de Putin”, acrescenta em declarações ao Observador.

A relação entre os dois tem por base um acordo não escrito em que ambos têm muito a ganhar. Kadyrov garante ao Presidente russo a sua total devoção e lealdade, constantemente demonstradas por palavras e promovidas pelo governo russo. Prova disso é a declaração de que “nunca se iria envolver com assassinos e traidores do regime”, publicada num artigo do jornal pró-Kremlin Izvestia em que afirmava que a reação da oposição e dos seus simpatizantes “pode ser considerada psicose em massa” e facilmente tratada pelo seu regime. Em troca, Putin, que já se referiu ao checheno como um “filho”, financia 87% do orçamento checheno com diversos subsídios, que têm permitido o desenvolvimento da capital do país, e o Kremlin faz ainda transferências regulares para o Fundo Akhmad Kadyrov, que é também financiado pelo salário de trabalhadores estatais e privados chechenos. Estes fundos, sublinha Arkady Moshes, são uma importante fonte de estabilidade do regime de Kadyrov. “O líder checheno cumpre a sua parte do acordo e Putin a dele — geralmente tende a fazê-lo quando se trata de pessoas que lhe são úteis. Para o líder russo, Kadyrov é, sim, importante“, sublinha.

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A relação de Putin e Kadyrov é antiga. O líder russo já o descreveu inclusivamente como um "filho"

AFP via Getty Images

O investigador do Fiia traça dois potenciais cenários sobre o que uma perda do líder checheno poderia significar para o Chefe de Estado russo. Por um lado, admite que a perda do checheno durante a permanência de Putin no poder seria um problema, mas nada de incontornável. “O próprio sistema de governação de Kadyrov iria provavelmente, pelo menos num curto período de tempo, ser capaz de proporcionar continuidade. Portanto, se Putin permanecer no poder, o desaparecimento de Kadyrov por razões naturais seria uma desvantagem para o seu sistema, mas não um grande golpe”. Prevê, no entanto, que a situação seria bem diferente num caso em que o líder russo já estivesse fora de cena, lembrando que, ainda que Kadyrov lhe seja leal, isso não significa que irá estender a mesma cortesia ao seu sucessor.

Foi pela mão do próprio Presidente russo que, em 2007, Ramzan Kadyrov se tornou Presidente da república russa da Chechénia, com apenas 30 anos, a idade mínima para ocupar o cargo. Também o pai, Akhmad Kadyrov, com quem combateu nas duas guerras da Chechénia — na primeira, entre 1994 e 1996, ao lado das forças pró-independência e, na segunda, de 1999 a 2000, junto com as forças russas — já o tinha ocupado anos antes.

No poder da Chechénia, governou com mão de ferro, eliminando os opositores e dissidentes que se interpunham no seu caminho. “Ramzan Kadyrov é um homem que surge da guerra da Chechénia, um senhor da guerra que Putin coloca ao lado da Rússia durante a guerra da Chechénia e que na verdade tem um papel de pacificador regional que é muito importante. Acima de tudo, Kadyrov acaba por garantir a Putin que a Chechénia está estabilizada, mesmo que seja através da força e da repressão regional”, refere Diana Soller, especialista em assuntos internacionais.

"Kadyrov tem uma influência sobre os chechenos e a Chechénia que dificilmente outro líder possa vir a ter. Esse é o papel essencial, por um lado na estabilidade interna da Rússia, e por outro lado na mobilização da Chechénia para o esforço de guerra russo."
Diana Soler

O arranque da “operação militar especial” na Ucrânia, termo cunhado pelo Kremlin para se referir à invasão, serviu como uma nova prova do apoio ilimitado do líder checheno. “Haverá uma ofensiva, não só em Mariupol, mas também noutros locais, cidades e vilas. Lugansk e Donetsk — primeiro, vamos fazer a libertação completa… depois, tomaremos Kiev e outras cidades”, disse pouco tempo depois do início do conflito, prometendo mobilizar as suas forças para apoiar o esforço de guerra russo. “Não sabemos até que ponto ajudou a Rússia no seu esforço de guerra, mas sabemos que é uma figura de alguma maneira mobilizadora e incontornável do exército checheno no terreno”, diz ainda a investigadora do Instituto Português de Relações Internacionais.

Para Diana Soller, o desaparecimento de Kadyrov seria sempre um problema para Putin, tendo em conta o seu papel na estabilização do território checheno. “Tem uma influência sobre os chechenos e a Chechénia que dificilmente outro líder possa vir a ter. Esse é o papel essencial, por um lado na estabilidade interna da Rússia, e por outro lado na mobilização da Chechénia para o esforço de guerra russo”, aponta.

A “purga” russa em que Kadyrov sai ileso

Na Rússia, o histórico de vozes críticas ou que se tornam demasiado poderosas no panorama nacional e que foram eliminadas, muitas vezes em circunstâncias por apurar, é longo. Esse não deverá ser, no entanto, o caso de Kadyrov, consideram os especialistas ouvidos pelo Observador. O círculo próximo de Kadyrov parece até ter sido beneficiado desde a recente insurreição do grupo de mercenários Wagner, na altura liderado pelo empresário Yevgeny Prigozhin, que morreu num acidente de aviação no mês passado, levando ao reforço da ação do Kremlin sobre dissidentes. Alguns dos aliados do checheno colheram os frutos das recentes distribuições de ativos estrangeiros por parte do Kremlin.

“Diria que ninguém está a salvo num regime autocrático que usa os assassinatos como forma de controlar a população e as vozes dissidentes, mas Kadyrov em particular poderá ter um pouco de vantagem, de complacência do regime, porque tem um papel na Rússia moderna”, diz Diana Soller. A investigadora não vê como o Kremlin possa beneficiar do afastamento ou da eliminação de Kadyrov. E lembra que, ainda que não se saiba todos os pormenores sobre o que se passa atrás das cortinas, não se conhecem, de momento, motivos pelos quais Kadyrov se tenha tornado uma fonte de antagonismo perante o Kremlin, como aconteceu com Prigozhin.

Os caminhos do líder dos Wagner e do Presidente da república russa da Chechénia cruzaram-se e há algumas semelhanças nos seus percursos, mas há também muito que os distingue. Nos primeiros meses da invasão russa da Ucrânia enviaram ambos companhias prontas para os combates, com o grupo Wagner a destacar-se particularmente devido aos confrontos para assegurar o controlo da cidade de Bakhmut. Ainda que ambos tenham sido críticos da forma como o Ministério da Defesa russo e os generais de topo estavam a conduzir a guerra, Prigozhin foi muito mais longe nas suas palavras e ações, que culminaram na marcha rumo a Moscovo. Por essa altura, Kadyrov cortava todo o tipo de relações. Perante as notícias da morte de Prigozhin, o líder checheno lembrava o homem que “deu uma grande contribuição para a liderança da nova ordem mundial”, mas que foi incapaz de ver o “quadro completo”.

No meio de uma “purga” russa que não dá tréguas desde a chegada de Putin ao poder, mas sobretudo com o início da guerra na Ucrânia, Diana Soller vê Kadyrov como um dos poucos que evitaram tornar-se incómodos para o regime de Moscovo. Um exemplo de lealdade e um garante da pacificação da Chechénia, através de métodos subversivos que lhe valeram acusações de violações de direitos humanos, parece ser dos poucos que poderá escapar incólume.

"Kadyrov pode ser um problema para algumas personalidades militares (...), mas para Putin é um importante elemento estabilizador no sistema".
Arkady Moshes, investigador do do Finnish Institute of International Affairs

A principal diferença entre Prigozhin e Kadyrov é que o último conhece o seu papel nas fileiras do círculo íntimo de Putin, resume Maia Otarashvili, diretora do programa Euroásia do Foreign Policy Research Institute. “Ao longo dos anos, demonstrou alguma ambição de se tornar um insider do Kremlin, com envolvimento na tomada de decisões sobre outros assuntos além da Chechênia, mas Kadyrov não é popular fora do território checheno e rapidamente ficou claro que não teria hipóteses de ascender entre as fileiras da liderança da Rússia”, refere, explicando que preferiu por isso ajustar o seu papel. É por isso que não antecipa uma mudança na dinâmica da sua relação com o líder russo, afirmando que o cenário mais preocupante para Putin seria não uma eventual rebelião de Kadyrov à semelhança de Prigozhin, cenário que afasta, mas a morte do aliado.

Do mesmo modo, Arkady Moshes, do Finnish Institute of International Affairs, não tem dúvidas de que um afastamento ou eliminação de Kadyrov está longe dos planos do Presidente russo, apontando que isso significaria lidar com incerteza na região do Cáucaso e na Chechénia. Uma conversa sobre sucessores parece-lhe, para já, precoce, ainda que admita que os potenciais cenários estarão já a ser pensados e preparados na Chechénia pelo próprio Kadyrov.

“É sempre difícil substituir a pessoa-chave do sistema personalista”, aponta, recordando que chegaram a existir algumas discussões sobre a sucessão pelo seu primo Adam Delimhanov, detentor do prémio herói da Rússia e membro do parlamento russo. Considera que a substituição, se necessária, poderá ser relativamente pacífica enquanto Putin estiver no poder e se o relacionamento financeiro de longa data se mantiver. Para já, garante, Kadyrov não é um problema para o Presidente russo: “Pode ser um problema para algumas personalidades militares, devido à sua história pessoal e à forma como lutaram há mais de 20 anos na guerra da Chechénia. Mas, para Putin, é um importante elemento estabilizador no sistema.”

Atualizado com declarações de Maia Otarashvili, diretora do programa Euroásia do Foreign Policy Research Institute.

 
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