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“Há um dia em que o mar se voltará a encapelar” e, pelo caminho que está a ser seguido em Portugal, nessa altura essa nova crise poderá apanhar o país “com quase as mesmas vulnerabilidades que tínhamos” na última crise. O aviso é de Vítor Bento, economista e gestor, presidente do conselho de administração da SIBS, que, em entrevista ao Observador, chama a atenção para o desequilíbrio que existe no eleitorado entre quem paga impostos e os “mais de 50% cujo rendimento depende do Orçamento do Estado”.

Não escondendo algum desconforto em continuar a falar sobre o tema BES/Novo Banco, instituição de que foi presidente nos cerca de dois meses em que se deu a resolução, Vítor Bento comenta, no entanto, que “já começa a ser tempo de se começar a fazer contas” sobre aquilo que foi investido pelo Estado na resolução e aquilo que poderia ter sido o retorno de um investimento semelhante caso o banco tivesse sido nacionalizado.

Sobre o Luanda Leaks, o economista diz que, embora “em termos de verdadeiras revelações não haja nada de substancialmente novo”, desde os diretamente implicados às pessoas que têm relações indiretas aos próprios supervisores, está toda a gente a tentar proteger-se do custo reputacional que isto traz” — porque a história foi contada “em voz alta e com impacto internacional”. Já sobre o Banco Montepio e a Associação Mutualista Montepio Geral, as autoridades “já tiveram mais do que tempo para pensar em soluções. E para pô-las em prática”.

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