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João Pedro Louro: "Convido Sebastião Bugalho a filiar-se na JSD"

João Pedro Louro, que saiu da lista das legislativas em protesto com decisão de Montenegro, promete que não será "caixa de ressonância" na JSD . Desafia Bugalho a filiar-se na juventude partidária.

João Pedro Louro é, para já, o único candidato e o principal favorito a liderar a JSD. O atual secretário-geral da estrutura juvenil do PSD saiu da lista de deputados das últimas legislativas após Luís Montenegro o ter relegado para quinto lugar na lista por Setúbal, mas confessa que já o perdoou. Em entrevista ao programa Vichyssoise, da Rádio Observador, desafia Sebastião Bugalho a filiar-se na JSD e diz ser “prematuro” pensar no futuro político do cabeça de lista às Europeias.

Questionado sobre se já tinha experimentado drogas leves, o secretário-geral da JSD atirou: “Prefiro não responder a essa questão”. E diz que é a favor da despenalização, mas o tema não é prioritário. João Pedro Louro diz ainda que é contra a eutanásia e defende um referendo ao assunto.

[Ouça aqui o programa Vichyssoise desta semana na íntegra:]

O perdedor seguro, o vencedor paciente e o europeu

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“Houve uma discordância, mas perdoei rapidamente Luís Montenegro”

É candidato único, até ver à liderança da JSD e, mesmo com vários deputados da “jota” (Eva Brás Pinho, Martim Syder) no Parlamento, e acabou por sair das listas, na altura, onde era o número cinco, por Setúbal. Já perdoou o Luís Montenegro por não o ter colocado em lugar elegível?
Perdoei rapidamente, até porque é evidente que houve uma discordância, isso deve ser naturalizado, devemos olhar para isso com naturalidade, porque só um partido não democrático é que não tem. Houve, às vezes, algumas discordâncias, e de facto eu tinha uma visão, uma estratégia, que passava por inverter a sub-representação estrutural que existe da juventude portuguesa em todos os centros de decisão, e esse era o meu grande objetivo, aumentar essa representação. De facto, a direção nacional do partido tinha uma sensibilidade diferente, uma visão diferente, que eu respondo…

[Já saiu o quinto episódio de “Matar o Papa”, o novo podcast Plus do Observador que recua a 1982 para contar a história da tentativa de assassinato de João Paulo II em Fátima por um padre conservador espanhol. Ouça aqui o primeiro episódio, aqui o segundo episódio, aqui o terceiro episódio e aqui o quarto episódio]

Creio que não foi o único que ficou desapontado, houve mais, pelo menos mais outra pessoa.
Na elaboração de listas há sempre pessoas que ficam desapontadas, faz parte, e lá está, isso é normal, agora a direção nacional do partido tem toda a legitimidade nas suas escolhas, escolhas que eu respeito, e o facto de ter discordado dessa visão não beliscou em nada o meu compromisso, empenho, dedicação na campanha da Aliança Democrática nas eleições legislativas. Eu fui, com gosto, diretor de campanha da juventude da Aliança Democrática.

Mas isso não enfraquece? O líder da JS está no Parlamento, não enfraquece não estar no Parlamento?
Creio que não, porque o papel da JSD não se esgota no Parlamento. Aliás, eu creio até que há males que vêm para o bem, e o facto de estar fora do Parlamento permite-me estar no terreno, estar em todo o território, estar com os nossos militantes, com os jovens portugueses. E é isso que eu quero para a JSD. Quero uma JSD que está ao lado e junto das associações de estudantes, junto das associações juvenis, junto dos grupos de jovens.

Não acha que se precipitou ao sair? Elegeram quatro. Por exemplo, se Bruno Vitorino for para o governo, já daria para entrar. Não acha que se precipitou ao ter saído? Se calhar Luís Montenegro tinha razão na altura e o teu lugar não era assim tão mau.
Não me arrependo nada da decisão que tomei. Justamente porque eu tinha esta visão. A minha visão não foi a mesma da direção nacional, eu respeito isso, mas entendi que devia não integrar as listas da Aliança Democrática. Como disse, acho que isso é uma oportunidade única para a JSD.

Que tipo de líder é que pretende ser. Se é um yes-man da juventude partidária ou se irá fazer, por exemplo, como Pedro Passos Coelho, no tempo de Cavaco Silva, ou mesmo, no caso do Partido Socialista, Sérgio Sousa Pinto. Vai ser mais uma extensão de Luís Montenegro ou vai ser alguém que discorda dele ativamente?
A JSD, historicamente, nunca foi, não é e não será também comigo uma caixa de ressonância do partido. Nós somos, de facto, a voz da juventude junto do partido e nunca o seu contrário. E eu simplesmente honrarei o papel histórico que a JSD tem na sociedade e quero mesmo ser a voz dos jovens junto do partido. Sobretudo junto do governo, porque acredito também que o facto de o PSD ser governo é uma oportunidade única. Uma oportunidade única para a juventude portuguesa ser uma prioridade neste país, porque, de facto, ser jovem em Portugal hoje continua a ser uma realidade dramática. Três em cada quatro jovens recebem menos de 950 euros, um em cada três emigra. Estamos a falar de uma geração eternamente adiada e uma das gerações que mais tarde sai de casa dos pais. E, por isso, é para dar voz a esta geração. Esperança e mostrar uma luz ao fundo do túnel a um jovem em Portugal que eu me candidato à JSD e que serei presidente da JSD.

"A JSD, historicamente, nunca foi, não é e não será também comigo uma caixa de ressonância do partido."

Deixe-me falar aqui de um jovem que já saiu da casa dos pais. Sebastião Bugalho perdeu estas eleições europeias. Isto prova que faz sentido ter candidatos mais experientes neste tipo de eleições e não aqueles que ainda têm idade para estar na JSD?
Não creio que a derrota que a Aliança Democrática teve nas eleições europeias se deva à idade do Sebastião. Eu creio que a idade não é sinónimo nem de falta de qualidade, nem de qualidade. O Sebastião Bugalho fez uma grande campanha às eleições europeias. E a verdade é que, apesar de ter sido uma derrota, que é inegável, a verdade é que foi a Aliança Democrática que cresceu em número de votos. E apesar dessa derrota, desse objetivo que era era ganhar as eleições e não ter sido alcançado, a verdade é que a Aliança Democrática, que cresceu em número de votos, conseguiu manter a representação no Parlamento Europeu. E isso foi um dado positivo porque foi a primeira vez que dois partidos à direita do PSD elegeram quatro deputados para o Parlamento Europeu. E apesar desta eleição de quatro deputados, a verdade é que a Aliança Democrática manteve a sua representação e a JSD também manteve a sua representação parlamentar no Parlamento Europeu com a Lídia Pereira. Agora, se eu tivesse de apontar um defeito ao Sebastião Bugalho seria talvez não ser militante da JSD mas eu creio que ele ainda vai a tempo de resolver isso.

“Convido o Sebastião Bugalho a filiar-se na JSD”

Vai convidar? Já pensou em convidá-lo?
Aproveito este palco do Observador para convidar o Sebastião Bugalho a filiar-se na JSD porque será muito bem-vindo.

Quando um partido quer candidatar um jovem para cabeça de lista e esse jovem não está na juventude partidária é porque existe uma falta de quadros na JSD?
Não creio. E a história prova que a JSD tem historicamente excelentes quadros. O atual presidente, o Alexandre Poço, Margarida Balseiro Lopes, que também foi presidente da JSD.

Mas ainda assim quando é preciso um jovem líder do partido escolheu fora da JSD…
São escolhas do líder do partido que eu respeito. Agora, eu conheço muito bem os quadros da JSD, os militantes e dirigentes da JSD e sei que há muita qualidade.

Mas o líder do partido não a reconhece pelos vistos….
Há pouco referiram que temos deputados da JSD e por isso existe…

No caso de João Pedro é o quinto lugar para Setúbal…
Sim. É o quinto lugar para Setúbal. São escolhas que eu respeito. Já disse que naturalmente teria feito outras, mas também é normal porque estou deste lado da JSD. Agora, eu sei que na JSD temos quadros com muito valor, com percurso académico, com percurso profissional, também com percurso político e a minha decisão, por exemplo, de não integrar as listas foi de facto um exercício de liberdade de quem não depende da vida política, de quem nunca dependeu e de quem tem uma carreira e por isso eu acho que o meu exemplo é o exemplo de muitos e muitos militantes da JSD.

"É prematuro estar a antecipar o futuro político do Sebastião Bugalho. Acabou de ser eleito ao Parlamento Europeu e acho que tem de mostrar o seu trabalho no Parlamento Europeu."

Sebastião Bugalho pode vir a ser um líder do PSD um dia?
Não sei. O Sebastião Bugalho mostrou ser um grande quadro, um grande ativo com pensamento político, não só agora nesta campanha mas no trabalho que já vinha a desenvolver há muitos anos e por isso é evidente que a política lhe corre nas veias. Não sei se ele tem essa ambição, agora há uma coisa que eu sei, é que para ambicionar ser líder do partido tem de ser militante do partido e portanto eu já deixei aqui o convite ao Sebastião.

E esse desafio também foi deixado em campanha pelo próprio líder do partido, mas acha que ele pode vir a ser um bom líder do PSD? É uma figura que tem essas características?
Não sei, creio que é prematuro estar a antecipar o futuro político do Sebastião Bugalho. Acabou de ser eleito ao Parlamento Europeu e acho que, como qualquer um que aceita e integra um cargo político, tem de mostrar o seu trabalho no Parlamento Europeu. E por isso desejo-lhe as maiores felicidades no Parlamento Europeu e o futuro, vamos ver.

“O carneirismo é algo que não aprecio nem no PSD nem nos outros partidos”

Quando foi feita a pergunta a Luís Montenegro sobre o apoio a António Costa na noite eleitoral ouviram-se alguns apupos na sala do hotel e segundos depois Montenegro manifestou o apoio a António Costa e a sala aplaudiu com estrondo. Estava lá nessa altura?
Não estava, posso dizer que estava num casamento e por isso não estive presente na noite eleitoral.

Mas não fica chocado com o nível de carneirismo que existe? Ilustrado com esta situação?
Existe por vezes nos partidos políticos alguns maus exemplos e é inegável que isso acontece e o carneirismo a que se refere é algo que eu não aprecio nem no PSD nem em qualquer outro partido e, portanto, não fico chocado porque não é a primeira vez, infelizmente, mas acho que temos todos de fazer um esforço, militantes, dirigentes dos partidos, para credibilizar.

E neste caso concorda com a decisão de apoiar António Costa?
Concordo, aliás, creio que seria caricato Portugal ter a oportunidade de ter o presidente do Conselho Europeu e simplesmente não apoiar porque não é do nosso partido. Quando nós sabemos que o Presidente do Conselho Europeu será sempre um socialista europeu e, portanto, dentro dos socialistas europeus, se tivermos a oportunidade de ter um português, devemos aproveitá-lo e, por isso, concordo em absoluto.

A JSD há relativamente pouco tempo, em 2020, fez uma reflexão sobre a disponibilização das drogas leves, a Presidente era a Margarida Balseiro Lopes hoje ministra da Juventude. Qual é a sua posição sobre esta matéria?
A minha posição é a posição que a JSD referendou, de facto fizemos um referendo interno, aliás eu era vice-presidente na altura da Margarida Balseiro Lopes e a posição da JSD é sim à disponibilização das drogas leves.

Já alguma vez consumiu drogas leves?
Prefiro não responder a essa questão, mas devo dizer que apesar da JSD ter essa posição creio que não é prioridade para um jovem em Portugal.

Mas está confortável com essa posição?
Estou confortável com essa posição porque é a posição que foi referendada internamente dentro da JSD, mas acho que a juventude portuguesa tem muitas outras preocupações e essa não é uma questão hoje fraturante para a juventude portuguesa.

Deixe-me só dizer que na altura a coordenadora do gabinete de estudos achou que era relevante e a presidente da JSD também.
Sem dúvida. Mas a data de hoje e também fruto da herança socialista que o PS deixou à minha geração e à nossa geração, a prioridade para um jovem é ter acesso a um salário digno é ter acesso a uma casa para viver e, por isso, creio que há outras prioridades para a juventude portuguesa.

A AD e o cabeça de lista foram muito atacados nas eleições por se manifestarem contra a inclusão do direito ao aborto na Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia. Qual é a sua posição sobre a questão da interrupção voluntária da gravidez?
Sobre essa questão de introduzir direitos na Carta dos Direitos, creio que não faz sentido andarmos a colocar, seja na Constituição ou seja na Carta dos Direitos Humanos, todo e qualquer tipo de direito. Porque se não, a Carta dos Direitos Humanos vai ter uma extensão que eu creio que não é aceitável. Para além disso, eu creio que devemos ter alguma cautela quando colocamos um direito numa carta tão importante como a dos Direitos Humanos que possa conflituar com outro tipo de direitos como a de liberdade, por exemplo, dos médicos de serem objetores de consciência. E por isso no final poderíamos estar a obrigar um médico a realizar uma interrupção voluntária da gravidez. E portanto eu creio que devemos ter aqui alguma cautela. O mais importante é garantir e preservar o direito à autodeterminação das mulheres. Eu creio que isso hoje, com a atual legislação, está salvaguardado.

Na questão da eutanásia, Luís Montenegro defendeu no passado um referendo. A lei acabou por ser aprovada, está ainda em águas de bacalhau. Deve ser novamente votada no Parlamento ou deve mesmo ser referendada a questão da eutanásia?
Eu acho que se essa discussão voltar à agenda política, sou a favor do referendo. Mas devo dizer, e esta é uma opinião muito pessoal, que faz-me alguma confusão andarmos a falar sobre a eutanásia com a ausência total de uma rede de cuidados paliativos hoje existente, que não existe em Portugal. Faz-me muita confusão. Porque no final do dia é aquilo que nós temos de garantir, é que qualquer decisão que um cidadão português decide e toma deve ser feita em liberdade. E eu tenho dúvidas que alguém seja verdadeiramente livre com sofrimento e dor.

“Sou contra a eutanásia”

Mas tem alguma posição, quer quanto à eutanásia, quer quanto à IVG?
Posso dizer que sou contra a eutanásia. Mas mais do que ser contra a eutanásia, faz-me mesmo muita confusão debatermos a eutanásia quando não damos uma resposta de cuidados paliativos, aos portugueses. Faz-me confusão. E por isso acho que andamos a inverter as nossas prioridades. Não faz sentido falarmos da morte quando não conseguimos aliviar o sofrimento e a dor de uma pessoa.

Na interrupção voluntária da gravidez acabou por não responder. Qual é que é a sua posição?
Eu estou confortável com a atual legislação. A Interrupção Voluntária da Gravidez ocorre há cerca de 20 anos e estou muito confortável com a atual legislação. E acho que não devemos procurar reabrir esse debate.

A CDU acusou o PS de ter uma posição diferente, por exemplo, sobre a legalização da prostituição em Bruxelas e em Portugal. E a JSD, o JSD também pegou neste tema em 2015, mas a JSD, por essa altura, também pela mão do Simão Ribeiro. Qual é que é a posição atual da JSD sobre este assunto?
Admito que a questão da legalização da prostituição não é um tema que a JSD tenha vindo a debater nos últimos tempos com a pertinência e com a reflexão que merece.. E eu partilho desta conjuntura que existe na JSD, de que é necessário maturar o tema, refletir o tema e ter real noção do impacto que uma decisão dessa natureza tem, sobretudo na vida das mulheres. Agora, há uma coisa que eu posso garantir: a posição que adotarei sempre é aquela que melhor proteger a vida e a liberdade de uma mulher em Portugal.

O PSD aprovou o IMT Jovem, permite que alguém, que não é a Ana dos Olivais, possa comprar um imóvel, vamos imaginar, por exemplo, no Saldanha, por 630 mil euros e que tenha um desconto, e não será uma isenção total, de 10 mil euros no IMT. Como é que consegue explicar aos jovens, que alguns fazem parte da JSD, da classe média, da classe média baixa, que vai dar um apoio de 10 mil euros a alguém que compra uma casa de 630 mil?
A questão da isenção de impostos na compra da primeira casa, de facto, foi uma bandeira da JSD nos últimos anos, e também é uma prova daquilo que a JSD pode fazer quando tem a oportunidade de estar nos centros de decisão. E é algo de  que tenho muito orgulho, porque, de facto,  existe dificuldades no acesso à compra da primeira casa para um jovem. E por isso é que somos uma das gerações que mais tarde [de casa dos pais].

Um jovem que compra uma casa de 630 mil euros precisa de um apoio do Estado, como o que o PSD agora propõe, de 10 mil euros?
Na ordem desse valor, talvez não. Mas isso não retira a pertinência e a importância de uma medida desta natureza de facilitar o acesso. E foi isso que a JSD propôs. Aliás, a proposta inicial da JSD nem se referia a valores dessa natureza. Referia-se na altura, inicialmente, até 250 mil, depois alargámos até 300 mil, porque, de facto, a realidade imobiliária em Portugal tem vindo a aumentar. A proposta que saiu por parte do Governo é essa. E eu aplaudo, sobretudo, a motivação e o empenho em facilitar o acesso a um jovem de adquirir a sua primeira casa. Isso contribui muito para um jovem se emancipar em Portugal e também ficar em Portugal. Porque esse é, sem dúvida alguma, o maior desafio que temos nos próximos tempos: garantir que um jovem que queira ficar em Portugal pode ficar em Portugal.

“Preferia José Luís Carneiro a Pedro Nuno Santos”

Vamos agora avançar para a fase do Carne ou Peixe. Se fosse líder do partido, quem é que escolheria para a cabeça de lista às europeias? Sebastião Bugalho ou Alexandre Poço?
Seria uma deslealdade não convidar o Alexandre Poço. Portanto, sendo secretário-geral dele há quatro anos, com todo o respeito pelo Sebastião, que já o convidei para fazer parte da JSD, convidaria o Alexandre Poço. 

Quem é que convidaria para dar uma conferência sobre saúde na JSD? Ricardo Batista Leite ou Ana Paula Martins?
Os dois faziam um excelente painel para refletir a saúde em Portugal.

Gostaria de ser mandatário da juventude de que candidato presidencial? Pedro Passos Coelho ou Luís Marques Mendes?
Os dois candidatos são melhores, qualquer um deles, do que Mário Centeno. E aceitaria com gosto ser mandatário de qualquer um. Mas já que querem uma escolha, considerando que eu me filiei na JSD por causa de Pedro Passos Coelho, tendo de escolher um deles, escolhia Pedro Passos Coelho. 

Para terminar, se tivesse de existir um governo de Bloco Central liderado pela PSD, quem é que gostava que fosse vice-presidente? Pedro Nuno Santos ou José Luís Carneiro?
Preferiria José Luís Carneiro. 

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