Garante que o Governo tem todas as condições para cumprir a legislatura e que tem mais é de arrepiar caminho. Critica António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa, mas também Luís Montenegro, por viverem numa “bolha política” que nada diz às pessoas, entretidos em “jogos de poder” que perpetuam as falhas crónicas do país. Não rejeita que as eleições europeias têm uma leitura nacional, mas deixam um caderno de encargos ao Governo: “Não está de férias nem desobrigado a responder aos problemas do país”.
Em entrevista ao Observador, no final das jornadas parlamentares do Bloco de Esquerda, Pedro Filipe Soares fala também sobre o futuro de Catarina Martins, reiterando que a coordenadora do partido tem todas as “condições internas e externas para continuar”. Mas deixa duas ideias: a decisão pertence-lhe e o Bloco de Esquerda terá sempre “alternativas”. “O Bloco não se esgota em pessoas, seja dentro ou fora grupo parlamentar”, diz.
O líder parlamentar bloquista critica ainda o Chega, reafirma as acusações de racismo e xenofobia que Catarina Martins fizera ao partido de André Ventura, mas centra-se sobretudo nas críticas a Montenegro e Costa. “O PSD, sempre que tem uma posição dúbia sobre a matéria, está a dar mais para a naturalização do Chega do que para a defesa da democracia. E o PS, sempre que faz uma ação para dar centralidade ao Chega, está a prestar um mau serviço à democracia.”
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