Uma publicação do passado dia 4 de março, no Facebook, alega que, segundo um determinado site de notícias, vários oficiais das forças de defesa de Israel [que tem a sigla IDF] apresentaram a sua demissão. “Exército israelita em crise depois de vários oficiais se terem demitido após o falhanço na guerra na Faixa de Gaza, incluindo o almirante Daniel Hagari, porta voz do IDF”. Trata-se, no entanto, de uma publicação falsa.
Em primeiro lugar, é preciso dizer que não é possível encontrar nenhuma notícia que confirme que Daniel Hagari e outros militares tenham abandonado o Exército de Israel nos últimos tempos. É certo que é possível encontrar o tal artigo citado, escrito pelo Chanel 14 a 3 de março de 2024, mas essa demissão anunciada por aquele órgão de comunicação social não foi confirmada por outro jornal, canal de televisão ou rádio internacional. Consultando a conta oficial de Daniel Hagari na rede social X, também não é possível encontrar qualquer tweet onde se encontre a alegada demissão — sendo que a produção de conteúdos se mantém até ao momento.
Depois, esta e outras publicações semelhantes já foram anteriormente desmentidas. Por exemplo, a agência Reuters desmentiu que Daniel Agari se tenha demitido. Já a Al Jazeera, que tinha inicialmente noticiado esta alegada informação, retratou-se na rede social X. Esse tweet está disponível aqui.
Conclusão
Não é verdade que o porta-voz do exército israelita, Daniel Hagari, se tenha demitido. A publicação de Facebook em questão já foi anteriormente desmentida. Consultando as redes oficiais de Daniel Hagari, não é possível encontrar um tweet onde se refira que o militar vai deixar as suas funções durante o conflito com o Hamas na Faixa de Gaza. Outros órgãos de comunicação social como a Al Jazeera, que começaram por noticiar esta suposta demissão, retrataram-se dessa mesma informação a seguir.
Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é:
ERRADO
No sistema de classificação do Facebook este conteúdo é:
FALSO: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.
NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.