Nas redes sociais, tem circulado um vídeo que mostra uma notícia do portal G1, da Globo, em que se lê que um padre foi agredido por apoiantes de Jair Bolsonaro no estado do Rio Grande do Sul. De acordo com o artigo, o pároco estaria a pregar “ensinamentos bíblicos” quando um grupo, que passou por ele, acusou o padre de “pregar contra o Presidente Bolsonaro”. “Vieram aos gritos me chamando de ‘comunista safado’, ‘respeita o Presidente’ e começaram a agredir.”
No entanto, após uma pesquisa no site do G1, verifica-se que essa notícia não existe. Numa nota enviada ao portal Lupa, o portal de notícias brasileiro também confirmou que o “conteúdo da notícia não foi publicado”. Além disso, existe uma dissociação com o guia de estilo do G1, que não escreve nem ‘bolsonaristas’, nem ‘bíblicos’, com caixa alta.
A imagem de um padre agredido que se vê na fotografia que acompanha o artigo também não corresponde a um homem de nacionalidade brasileira. Trata-se, na verdade, de um pároco norte-americano de nome Thomas Haake, que foi agredido (e depois assaltado) em 2020, no estado de Washington, D.C.
Aliás, esta fotografia do padre já esteve envolvida em outras polémicas. Nas redes sociais, chegou a ser noticiado que Thomas Haake tinha sido agredido por membros do movimento BlackLivesMatter. Uma versão que, segundo a Agence France-Presse, não também corresponde à verdade.
Conclusão
Não é verdade que um padre tenha sido agredido por apoiantes do ainda Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, no estado do Rio Grande do Sul. A notícia não foi publicada no portal G1, nem sequer a fotografia do pároco corresponde a um homem de nacionalidade brasileira.
Segundo a classificação do Observador, este conteúdo é:
ERRADO
No sistema de classificação do Facebook este conteúdo é:
FALSO: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.
NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.