O The New York Times não publicou um artigo de opinião que dá conta da “conquista” da Ucrânia pela Rússia. As publicações nas redes sociais tornaram-se virais, mas trata-se de uma montagem. Ao Observador, fonte oficial do jornal norte-americano afirma que o artigo é falso.

“Putin pode ter ‘conquistado’ a Ucrânia, mas todas as mulheres e crianças do país desapareceram. Sem o apoio financeiro da prostituição e da produção pornográfica de menores, o país está condenado. E, por isso, a sua ‘vitória’ não tem significado. E isso é algo bom. Eis o porquê”, diz o título falso.

O suposto artigo é da autoria de Serge Schmemann, escritor franco-americano que integra, de facto, a editoria do The New York Times. A data de publicação indica o dia 27 de dezembro de 2023.

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Mas, como já referido, trata-se de uma montagem. No seu portfólio, Serge Schmemann não tem qualquer artigo com este título. De facto, publicou um texto de opinião no dia 27 de dezembro de 2023, mas o título é: “A Ucrânia não precisa de todo o seu território para derrotar Putin.”

Ao pesquisar pelo alegado título no Google, não surgem quaisquer resultados. O mesmo acontece no próprio site do New York Times.

E, para que não restem dúvidas, ao Observador fonte oficial do jornal norte-americano também esclarece: “Confirmamos que o título foi manipulado”.

Na resposta enviada por e-mail, o The New York Times remete ainda para o verdadeiro artigo de opinião publicado por Serge Schmemann a 27 de dezembro.

Conclusão

Falso. O The New York Times não publicou um artigo sobre a “conquista” da Ucrânia pela Rússia. Em causa, está uma montagem. A informação é confirmada ao Observador por fonte oficial do jornal norte-americano.

Ao pesquisar pelo alegado título, não surgem quaisquer resultados nem no arquivo do New York Times, nem no portfólio do suposto autor.

Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é:

ERRADO

No sistema de classificação do Facebook este conteúdo é:

FALSO: as principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.

NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.

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