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  • António Costa: dia com moção de censura e demissão no Governo acaba no teatro

    Começou o dia com uma manchete do Correio da Manhã que comprometia a novíssima secretária de Estado da Agricultura. À tarde, enfrentou a oposição do debate da moção de censura e defendeu com unhas e dentes Carla Alves. O pior veio a seguir.

    Ainda antes do debate terminar, Marcelo Rebelo de Sousa puxava publicamente o tapete à secretária de Estado. Pouco depois das 19h, António Costa deixava o Parlamento perseguido de perto por uma ministra da Agricultura de rosto fechado. Às 20h, já era público o pedido de demissão de Carla Alves.

    Nada que alterasse os planos de Costa. No final de um dia politicamente complicado, o primeiro-ministro tirou a gravata e, acompanhado pela mulher, Fernanda Tadeu, esteve no Centro Cultural de Belém (CCB) para assistir à peça de teatro “Catarina e a Beleza de Matar Fascistas“.

    Como o Observador teve oportunidade de testemunhar, Costa assistiu de camarote à peça “Catarina e a Beleza de Matar Fascistas”. Ao lado, noutro camarote, outra figura de peso do universo socialista: Augusto Santos Silva.

    Não era o único sinal de aparente descompressão do primeiro-ministro: na conta oficial do Twitter, já Carla Alves tinha caído, e António Costa escrevia que o Governo se mantinha “firme na execução das suas políticas, cumprindo e honrando os compromissos com os portugueses” e determinado “em assegurar o crescimento económico, a proteção no emprego, o aumento dos investimentos e das exportações, bem como as contas certas como garantia da estabilidade do futuro de Portugal”.

  • Crónica de uma demissão antecipada por Marcelo durante a moção de censura

    PM deixou a AR seguida por uma ministra da Agricultura em passo apressado rosto fechado – Marcelo já tinha feito estragos. Às 20h, Carla Alves estava fora e Costa a caminho do teatro. O filme da tarde

    Crónica de uma demissão antecipada por Marcelo durante a moção de censura

  • Dos 0 aos 12 (problemas com governantes e saídas do Governo) em 9 meses

    O Governo tomou posse a 30 de março. Desde então decorreram cerca de nove meses e já saíram do elenco governativo 12 elementos, obrigando às suas substituições.

    Dos 0 aos 12 (problemas com governantes e saídas do Governo) em 9 meses

  • Adalberto Campos Fernandes: Costa tem "condições para corrigir annus horribilis" e Marcelo passou de tolerância "ampla" para "limitada"

    O ex-ministro da Saúde Adalberto Campos Fernandes acredita que o primeiro-ministro tem “todas as condições para corrigir este annus horribilis do partido e do Governo e encarar os próximos meses, que são decisivos”.

    Na CNN Portugal, o ex-governante socialista realçou que “obrigação” de um partido que ganha as eleições com maioria absoluta é “fazer um Governo para o país e não para o partido” e sublinhou que é preciso “recentrar a ação do Governo”, primeiro “nas políticas” e, depois, frisou, para que haja um afastamento “desta sucessão de episódios que não afeta apenas o Governo socialista e [que] afeta a perceção que os cidadãos têm da política em geral”.

    “Isto não pode continuar”, reiterou o ex-ministro. Todavia, esclareceu que, na sua visão, “o que muda muito nas últimas semanas é a mudança de registo da atuação do Presidente da República”.

    “Creio que Presidente da República passou de um quadro de tolerância relativamente ampla para uma tolerância mais limitada e isso serve bem os interesses do Estado, os interesses da República e da democracia”, explicou. E continuou: “Cabe ao Governo e ao Parlamento a ideia de que o Estado tem de ser densificado e a República prestigiada e as instituições não podem estar a viver estes momentos de profundo descrédito e descredibilidade.”

  • Teixeira dos Santos: "Só no PREC vivemos esta instabilidade governativa"

    Fernando Teixeira dos Santos, antigo ministro das Finanças de José Sócrates, considera que o Executivo socialista está a desbaratar a “confiança e credibilidade que o Governo deve merecer dos portugueses”.

    Na CNN Portugal, Teixeira dos Santos não escondeu a surpresa com tudo o que está a acontecer nas últimas semanas e meses. “Seria muito importante que o Governo fosse capaz de dizer que temos desafios pela frente e temos de dar resposta, definindo objetivos. Torna-se mais difícil passar uma mensagem de esperança e otimismo perante estas vicissitudes”, sublinhou.

    Para Teixeira dos Santos, a sucessão de casos que têm abalado o Governo é de uma gravidade quase inédita. “Não tenho memória de um ambiente político como este que temos vivido ultimamente no país. Se calhar, só no tempo do PREC vivemos momentos de instabilidade governativa como estamos a viver”, afirmou.

    Para o ex-ministro, importa fazer duas coisas: “Dispor de sistemas de avaliação das pessoas que são chamadas ao exercício de cargos políticos” e cultivar uma cultura de auto-escrutínio. “Como é que alguém que é convidado não tem consciência da situação em que está e não chama atenção a quem o convida?”, rematou.

  • "Está tudo esclarecido." Ministra da Agricultura recusa dizer se demissão aconteceu após palavras de Marcelo

    À saída do Ministério da Agricultura, esta noite, Maria do Céu Antunes recusou-se a comentar a demissão da secretária de Estado e garantiu apenas que “está tudo esclarecido”.

    Em declarações à SIC, a ministra da Agricultura confirmou que Carla Alves “apresentou a sua demissão ao final da tarde”, mas não esclareceu se foi antes ou depois da declaração do Presidente da República.

    “Não tenho mais nada a acrescentar, o que tinha a dizer disse em sede própria”, disse. Questionada ainda sobre se, no momento da nomeação, tinha conhecimento da situação em que Carla Alves se encontrava, Maria do Céu Antunes apenas afirmou que “está tudo esclarecido”.

  • 8 perguntas e respostas sobre o caso que levou à queda de mais um secretário de Estado do Governo Costa

    Mais de 228 mil euros de rendimentos não declarados pelo ex-autarca de Vinhais passaram pelas contas de Carla Alves. O que contraria informação dada por António Costa no Parlamento.

    8 perguntas e respostas sobre o caso que levou à queda de mais um secretário de Estado do Governo Costa

  • Ventura deixa aviso a Marcelo: "Equilíbrio e regular funcionamento das instituições estão definitivamente colocados em causa"

    André Ventura também usou o Twitter para reagir à demissão da secretária de Estado da Agricultura e voltou a apelar a Marcelo Rebelo de Sousa: “O Senhor Presidente da República tem de interiorizar que o equilíbrio e o regular funcionamento das instituições estão definitivamente colocados em causa. É tempo de mudar de Governo.”

  • CAP. Demissão de Carla Alves evidencia "incapacidade política" de ministra

    A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) defendeu hoje que a demissão da secretária de Estado da Agricultura evidencia a “incapacidade política” da ministra da Agricultura e questiona se Maria do Céu Antunes tinha conhecimento do caso.

    “Este é mais um episódio que evidencia a absoluta incapacidade política da ministra da Agricultura, [Maria do Céu Antunes], e que revela uma gritante ausência de capacidade de gestão para desempenhar adequadamente as suas funções”, afirmou o secretário-geral da CAP, Luís Mira, em resposta à Lusa.

  • "Governo mantém-se firme na execução de políticas." António Costa faz publicação no Twitter e ignora demissão de Carla Alves

    António Costa publicou no Twitter, horas depois da demissão de Carla Alves, e ignorou por completo a saída de mais um governante para reforçar que o Governo “mantém-se firme na execução das suas políticas, cumprindo e honrando os compromissos com os portugueses”.

    “Continuamos focados na identificação e na resposta aos problemas causados pela crise inflacionista”, escreveu na rede social, juntamente com várias fotos do debate da moção de censura discutida esta tarde no Parlamento.

  • Marcelo em silêncio após demissão de Carla Alves

    À saída da entrega do Prémio Universidade de Lisboa 2020, na Aula Magna, Marcelo Rebelo de Sousa recusou prestar declarações aos jornalistas. Cerca de duas horas depois das declarações que acabaram por tirar o tapete à agora ex-secretária de Estado Carla Alves, o Presidente preferiu manter-se em silêncio. Aos jornalistas, respondeu apenas com um aceno já dentro do carro.

  • "Incompetência. É a única palavra para descrever esta crise"

    Miguel Pinheiro, diretor executivo do Observador, pergunta “em que planeta vive António Costa?” que esteve no parlamento “a defender o indefensável” e aponta incompetência nas nomeações do governo.

    “Incompetência. É a única palavra para descrever esta crise”

  • Chega aprovou propostas PS, Costa desvalorizou polémica e economia mais próxima dos países ricos? Fact Check ao debate da moção de censura

    Foi o Chega o partido que mais votou ao lado do PS no OE2023? Costa desvalorizou polémica da TAP? Será que Portugal está mais próximo dos países mais desenvolvidos da UE, como afirmou António Costa?

    Chega aprovou propostas PS, Costa desvalorizou polémica e economia mais próxima dos países ricos? Fact Check ao debate da moção de censura

  • Pedro Filipe Soares diz que Carla Alves demitiu-se por concluir "exatamente o contrário" de António Costa

    Pedro Filipe Soares, líder parlamentar do Bloco de Esquerda, reagiu à demissão de Carla Alves, secretária de Estado da Agricultura, dizendo o primeiro-ministro “passou a tarde” no Parlamento a “defender que a secretária de Estado da Agricultura” e que a própria acabou por sair por “concluir exatamente o contrário”. “E bem”, na visão do deputado bloquista.

  • "Portugueses merecem ser chamados a resolver esta crise política." CDS insiste na dissolução do Parlamento e em eleições antecipadas

    “O país está sem homem ao leme e o barco está à deriva.” Nuno Melo, presidente do CDS-PP, reagiu à demissão da secretária de Estado da Agricultura, afirmando que o primeiro-ministro “deixou de ter condições para governar o país” e que “os portugueses merecem ser chamados a resolver esta crise política” — mais uma sugestão para eleições antecipadas.

    Os democratas-cristãos entendem que esta demissão é mais uma prova de que é preciso a “dissolução do Parlamento e a marcação de eleições antecipadas, por colapso total da governação socialista”.

    “Depois da defesa que o primeiro-ministro fez no Parlamento da secretária de Estado da Agricultura agora demissionária, o primeiro-ministro deixou de ter condições para governar o país. A Governação caótica socialista gera uma profunda instabilidade que prejudica o funcionamento regular das instituições democráticas e o desenvolvimento do país”, pode ler-se na nota, onde é sublinhado que o Governo está “esgotado com mais este caso e com mais esta demissão”.

  • Paulo Rios Oliveira, do PSD: "Governo tem vindo de trambolhão em trambolhão"

    O vice-presidente da bancada do PSD, Paulo Rios Oliveira, considera que Medina já não tem condições para continuar como ministro e diz que este Governo tem andado “de trambolhão em trambolhão”.

    Paulo Rios Oliveira, do PSD: “Governo tem vindo de trambolhão em trambolhão”

  • Líder da JSD promete atualizar outdoor com demissões de governantes

    Esta semana, dia 2 de janeiro, a JSD inaugurou um novo cartaz onde se podia ler “em 09 meses, já caíram 11 membros do Governo. Até quando vai durar o pântano?”. Com uma particularidade: os números, à semelhança dos contadores tradicionais, eram atualizáveis.

    Ora, não demorou muito até que Alexandre Poço, líder da JSD, reagisse à demissão de Carla Alves, agora ex-secretária de Estado da Agricultura.

  • Marcelo "abre a porta" à saída do secretário de Estado

    Presidente da República “reconhece o óbvio”: a secretária de Estado não tem condições para continuar no cargo. Costa ainda não aprendeu?E a direita não sabe tirar proveito da crise criada pelo PS?

    Marcelo “abre a porta” à saída do secretário de Estado

  • Nova secretária de Estado da Agricultura demitiu-se 26 horas depois da posse

    A secretária de Estado da Agricultura, Carla Alves, apresentou esta tarde a sua demissão por entender não dispor de condições políticas e pessoais para iniciar funções no cargo. A demissão foi prontamente aceite”, consta numa nota do gabinete da ministra da Agricultura.

  • Cotrim Figueiredo considera que intervenção de Marcelo "retira qualquer hipótese" de Carla Alves continuar no Governo

    Depois de ouvir as declarações de Marcelo Rebelo de Sousa, João Cotrim Figueiredo explicou que a intervenção do Presidente da República “retira qualquer hipótese de a secretária de Estado da Agricultura continuar em funções”.

    O líder demissionário disse ainda que, desta forma, o Presidente da República está “a dar total razões aos motivos pelos quais a IL apresentou moção de censura”. Aliás, Cotrim Figueiredo acredita que “se esta moção de censura fosse discutida amanhã ou depois, com mais casos, votação podia ter sido diferente”.

    “A IL diz que o Governo incompetente sempre foi e desde há uns meses está em total desagregação”, sublinhou, defendendo que o país vive “num estado de total desgoverno” e que “a secretária de Estado não dura 55 horas”.

    E voltou a enviar um recado ao Presidente da República: “É muito mais irresponsável manter um Governo com estas características em funções do que forçar uma alteração e ter outro processo eleitoral.”

    Sobre a proposta de escrutínio apresentada por António Costa, Cotrim Figueiredo considera que “há falta de escrutínio”, mas deixou claro que “solução não é partilhar a responsabilidade do chefe de Governo com o Presidente da República”.

    “Quem escolhe os membros do Governo é o primeiro-ministro e pelo menos desta responsabilidade não se pode escusar e sacudir a água do capote”, argumentou o líder demissionário da IL, pedindo que António Costa “organize a sua casa e faça o escrutínio que tem de fazer”.

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