Histórico de atualizações
  • Juros vão continuar a subir e, "infelizmente", BCE não pode "atenuar" o impacto sobre as famílias portuguesas

    Presidente do BCE deixou palavra para as famílias portuguesas, que estão entre as que mais sofrem com o aumento das prestações. Juros vão continuar a subir e BCE não tem como “atenuar” o impacto.

    Juros vão continuar a subir e, “infelizmente”, BCE não pode “atenuar” o impacto sobre as famílias portuguesas

  • "O ciclo de subida das prestações para as famílias que têm crédito à habitação vai ter continuidade"

    O economista Nuno Rico explica que o aumento das taxas de juro anunciado pelo BCE “vai prejudicar ainda mais as famílias”, sobretudo num país “onde a maioria dos contratos dependem da taxa Euribor”.

    “O ciclo de subida das prestações para as famílias que têm crédito à habitação vai ter continuidade”

  • Juros. "É quase certo que o BCE não fique por aqui"

    “Em Junho haverá certamente um novo aumento”. O jornalista Edgar Caetano explica que “há ainda um grande ímpeto dentro do BCE para que os juros subam”: “a inflação continua muito elevada”.

    Juros. “É quase certo que o BCE não fique por aqui”

  • Lagarde refere Portugal entre os países onde se sofre mais com aumento das prestações. "Infelizmente, não é um impacto que possamos atenuar"

    Christine Lagarde refere Portugal como um dos países da zona euro onde as famílias mais sofrem com o aumento das prestações, colocando o país num grupo que inclui também a Finlândia, Espanha e alguns países bálticos. Isto porque nestes países, incluindo Portugal, há uma maior percentagem de famílias com créditos hipotecários indexados às taxas Euribor.

    E o que pode fazer o BCE quando a isso? “Claro que temos noção desta questão”, diz Lagarde, mas “infelizmente, este impacto não é algo que possamos atenuar porque a nossa missão é obter estabilidade dos preços, baixar a inflação e a ferramenta primordial que usamos para cumprir esta missão é a taxa de juro”.

    “Alguns países estão a tomar medidas e alguns bancos também estão a recorrer a instrumentos como moratórias e carências”, refere a presidente do BCE, salientando que a melhor coisa que se pode fazer, a este respeito, é controlar a inflação de modo a que no futuro se possa baixar as taxas de juro para níveis inferiores aos atuais.

  • Preços das matérias-primas alimentares baixaram. "Esperamos que isso chegue ao consumidor"

    Na resposta a uma questão sobre a inflação dos preços dos alimentos – que Lagarde reconhece que penalizam mais os cidadãos com menos posses –, a presidente do BCE sublinha que os preços das matérias-primas alimentares baixaram nos mercados financeiros. “Esperamos que isso chegue ao consumidor“, diz Lagarde.

    Temos visto os preços a caírem mas temos de continuar muito atentos, porque há múltiplos fatores que influenciam os preços dos alimentos, dos alimentos processados, os lucros das empresas pareceram contribuir mais para a inflação no passado, agora também as negociações salariais…”

    Christine Lagarde sublinha a necessidade de haver “um bom contrato social”, para garantir que “estes motores de inflação não se ativam um ao outro”. Isto é, uma situação em que os trabalhadores exigem salários mais elevados e as empresas não abdicam dos lucros: “isso pode levar-nos para uma situação mais difícil que nos obrigaria” a mais medidas de aperto monetário.

  • BCE vai acelerar redução do balanço (comprando menos dívida)

    O BCE vai acelerar a redução do balanço, comprando menos dívida pública ao abrigo dos dois programas que tem em curso (o programa regular e o programa de compras lançado no início da pandemia).

    O que está em causa são os reinvestimentos, por parte do BCE, dos montantes que o BCE recebe pelo reembolso de dívida que foi comprada no passado pelos bancos centrais nacionais que formam o Eurossistema.

    Estes reinvestimentos, ao abrigo do primeiro programa (APP) irão diminuir em média 15 mil milhões de euros por mês até ao final de junho de 2023 e serão interrompidos em julho de 2023.

    Por outro lado, o BCE prevê que os reinvestimentos ao abrigo do outro programa de compras, o PEPP, continuem até, pelo menos, até ao final de 2024.

  • Alguns governadores defenderam aumento ainda maior (de 50 pontos). Nenhum quis taxas inalteradas

    Alguns governadores defenderam um aumento ainda maior nas taxas de juro (de 50 pontos), confirma Christine Lagarde, garantindo que “nenhum dos responsáveis considerou que nenhum aumento seria o mais adequado”.

    No final do debate, o consenso acabou por formar-se em torno do aumento de 25 pontos-base, indicou a presidente do BCE.

  • "Não estamos a pausar [na subida dos juros], isso é muito claro"

    “Todos os governadores estão empenhados no combate à inflação e todos concordamos que as perspetivas de inflação estão demasiado elevadas há demasiado tempo”, diz Christine Lagarde.

    A presidente do BCE garantiu que a autoridade monetária da zona euro “não está a fazer uma pausa” na subida dos juros, como estará a Reserva Federal dos EUA a fazer. “Isso é muito claro”, diz Lagarde, que o BCE “ainda tem um caminho a percorrer” na subida dos juros.

    A declaração, que Lagarde entoou duas vezes para dar mais ênfase, está a fazer o euro ganhar terreno face ao dólar nos mercados cambiais.

  • Lagarde: "Empresas têm aumentado margens de lucro" à conta da inflação

    Em “vários setores”, as “empresas têm aumentado margens de lucro” à conta da incerteza em torno da inflação e alguns desequilíbrios entre oferta e procura, diz Christine Lagarde.

    A presidente do BCE também refere que algumas “recentes negociações salariais” também estão a gerar alguma pressão inflacionista na zona euro, numa fase em que dificuldades nas cadeias de abastecimentos ainda não estão solucionadas e isso também pressiona os preços em alta.

  • Crise energética: "Governos devem retirar apoios rapidamente e de forma concertada", pede Lagarde

    “À medida que a crise energética desvanece, os governos devem retirar, rapidamente e de forma concertada, os apoios relacionados com essa crise”, afirma Lagarde.

    Se não o fizerem, diz a presidente do BCE, isso poderá contribuir para impulsionar as pressões inflacionistas, o que “obrigaria” a autoridade monetária a apertar ainda mais as taxas de juro e as outras ferramentas.

  • Christine Lagarde começa a conferência de imprensa em Frankfurt, como é habitual, a ler o comunicado oficial que já é conhecido desde as 13h15 (hora de Lisboa).

    As “perspetivas de inflação continuam a ser demasiado elevadas, por demasiado tempo”, sublinha Christine Lagarde.

  • BCE sinaliza que juros vão continuar a subir (e manter-se elevados "o tempo que for necessário")

    O comunicado do BCE deixa nas entrelinhas a ideia de que esta subida de 25 pontos-base nas taxas de juro não terá sido a última – o que contrasta com a indicação dada ontem pela Reserva Federal dos EUA.

    “As decisões futuras do Conselho do BCE irão garantir que as taxas de juro serão colocadas em níveis suficientemente restritivos para que se consiga um regresso oportuno da inflação à meta de 2%”, pode ler-se no comunicado onde se acrescenta que as taxas de juro serão mantidas nesses níveis “pelo tempo que for necessário“.

  • "Perspetivas de inflação continuam a ser demasiado elevadas, por demasiado tempo"

    As “perspetivas de inflação continuam a ser demasiado elevadas, por demasiado tempo”, diz o Banco Central Europeu (BCE) no comunicado que explica a decisão de aumentar os juros em 25 pontos.

    O BCE reconhece que “a leitura global da inflação baixou nos últimos meses, mas as pressões inflacionistas subjacentes continuam a ser fortes”, numa referência aos números da chamada inflação core, que excluem os preços da energia e dos produtos alimentares não-processados.

    Segundo os dados divulgados na última terça-feira pelo Eurostat, a inflação core na zona euro aumentou a um ritmo de 5,6% – ainda assim um ritmo menor de subida dos preços do que os 5,7% calculados para o mês anterior.

  • BCE volta a aumentar juros, mas a metade do ritmo anterior: 25 pontos

    O banco central confirmou um novo aumento das taxas de juro na zona euro, de 25 pontos-base (uma desaceleração face aos 50 das últimas três reuniões).

    A taxa de juro dos depósitos, a mais relevante para a política monetária nesta fase, sobe assim para 3,25% – e esta não deverá ter sido a última subida.

  • Juros. "É provável uma subida de 25 pontos base"

    A expectativa dos analistas é que haja um aumento de 25 pontos-base, embora haja no Conselho do BCE quem defenda um aumento de 50 pontos e quem advogue que os juros não deveriam subir, de todo.

    Ouça o comentário do jornalista Edgar Caetano, na Rádio Observador.

    Juros. “É muito provável que haja uma subida de 25 pontos base”

  • Até onde estão os bancos centrais dispostos a ir pela inflação em 2%?

    É o “número mágico” que comanda os bancos centrais (e a vida de quem tem crédito). As subidas de taxas de juro têm como objetivo controlar a inflação e trazê-la para níveis próximos de 2%, que é a meta da inflação das principais autoridades monetárias.

    Até onde estão os bancos centrais dispostos a ir para cumprir esse objetivo. E porquê 2% e não 3% ou 4%? Ou 0%? Há economistas que defendem que esta meta, que “se convencionou ser assim”, deve ser revista.

    O “número mágico” que comanda os bancos centrais (e a vida de quem tem crédito). A meta da inflação em 2% ainda faz sentido?

  • Reserva Federal dos EUA tirou alguma pressão, indicando última subida

    Um fator que retira alguma pressão sobre o BCE é que o banco central norte-americano deixou ontem, nas entrelinhas, que a subida dos juros anunciada esta quarta-feira poderá ter sido a última deste ciclo.

    Porém, há que sublinhar que os EUA iniciaram mais cedo o ciclo de subidas (esta foi a 10ª subida, ao passo que na zona euro hoje deverá haver a 7ª) e já têm a taxa de juro acima de 5% – enquanto o BCE deve aumentar os juros para 3,25% no caso dos juros dos depósitos e 3,75% na taxa de juro dos refinanciamentos.

    Ainda assim, o presidente da Reserva Federal dos EUA, Jay Powell, confirmou que é “significativo” que se tenha abandonado a anterior promessa de mais subidas – o que foi lido pelos mercados financeiros como uma “pausa” na subida dos juros (que Powell não confirmou formalmente).

    EUA. Fed sobe juros pela décima vez consecutiva mas sinaliza que este aumento terá sido o último

  • Dados da inflação continuam a não dar tranquilidade

    A taxa de inflação na zona euro voltou a acelerar em abril, de 6,9% para 7%, mas a chamada inflação “subjacente” (core), que exclui os preços da energia e dos alimentos não-processados, abrandou pela primeira vez em 10 meses.

    Esse é o indicador que mais tem preocupado o Banco Central Europeu (BCE), já que é expurgado da volatilidade dos preços dos produtos energéticos e, por isso, permite perceber mais claramente se as pressões inflacionistas se estão a alastrar na economia.

    Segundo os dados divulgados na última terça-feira pelo Eurostat, a inflação core na zona euro aumentou a um ritmo de 5,6% – ainda assim um ritmo menor de subida dos preços do que os 5,7% calculados para o mês anterior.

    Para a Capital Economics, porém, a pequena descida da inflação core não será muito relevante porque se baseou, sobretudo, numa subida menor nos preços dos bens e não nos serviços. “Esta componente [dos bens] já se previa que baixasse dadas as melhorias nas cadeias de abastecimento mundiais”, disse o Capital Economics em nota enviada aos clientes e partilhada com o Observador.

    “A inflação nos serviços, que é mais preocupante, acelerou de 5,1% para 5,2%“, sublinhou a firma de investimentos britânica.

    Zona euro. Inflação excluindo energia abranda pela primeira vez em 10 meses mas mantém-se pressão sobre o BCE para subir os juros

  • Boa tarde,

    Vamos seguir em direto, neste liveblog, a conferência de imprensa de Christine Lagarde após o que deverá ser mais um aumento das taxas de juro na zona euro – o sétimo consecutivo.

    A expectativa da maioria dos analistas é que nesta quinta-feira o BCE irá aumentar os juros em 25 pontos-base. A confirmar-se, será uma subida que representa uma desaceleração face aos 50 pontos (meio ponto percentual) que os juros subiram em cada uma das últimas três reuniões da autoridade monetária.

    Alguns bancos de investimento não descartam a hipótese de a taxa de juro aumentar novamente 50 pontos. Porém, a expectativa mais consensual é que os membros do Conselho do BCE mais avessos à inflação aceitem apenas um aumento de 25 pontos, desde que seja mantida a porta aberta a que haja mais subidas depois desta.

    A decisão será anunciada às 13h15 (hora de Lisboa) e a conferência de imprensa começa às 13h45.

1 de 1