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    Talibãs avisam que haverá “consequências” se prazo para saída das tropas for alargado

  • Afeganistão. Resistência prepara-se para "luta a longo prazo" contra talibãs

    Os talibãs, no poder no Afeganistão, anunciaram uma grande ofensiva contra a única região que ainda não controlam, o vale Panshir, no nordeste de Cabul, um reduto contrário aos talibãs.

    Talibãs atacam vale de Panshir. Resistência preparada para “conflito a longo prazo” mas disponível para acordo

  • Confiar nos talibãs? "Eu não confio em ninguém", diz Biden. "Vamos ver se o que eles dizem é verdade"

    Joe Biden é questionado por um jornalista sobre se o facto de os EUA estarem a coordenar com os talibãs as operações de evacuação em Cabul significa que o Ocidente pode confiar no movimento fundamentalista.

    “Eu não confio em ninguém, incluindo em você. Gosto muito de si, mas, sabe, não há muita gente em que em confie”, devolve Biden ao jornalista.

    “Os talibãs têm de fazer uma escolha fundamental. Vão tentar ser capazes de unir e garantir o bem-estar do povo do Afeganistão, algo que nenhum grupo faz há centenas de anos? Se o fizer, vai precisar de ajuda adicional na economia, no comércio, numa série de coisas. Os talibãs disseram-no. Vamos ver se são sérios ou não. Estão a tentar obter legitimidade para perceber se vão ou não ser reconhecidos por outros países”, diz Biden.

    “Disseram a outros países, incluindo a nós, que não querem que retiremos completamente a nossa presença diplomática”, continua o Presidente dos EUA.

    “Tudo isto é, para já, apenas conversa. Até ver, os talibãs não atacaram as forças dos EUA. Até agora, eles cumpriram aquilo que prometeram no que toca a permitir aos americanos que seguissem em segurança.”

    “Vamos ver se o que eles dizem é verdade. Mas o ponto central é este: no fim de contas, se não saíssemos agora do Afeganistão, quando saíamos? Dentro de 10 anos, de cinco anos, de um ano? Não quero mandar os vossos filhos para o Afeganistão. Não vejo em que é que isso é do nosso interesse”, acrescenta Joe Biden.

    “Imaginem que estão em Pequim ou em Moscovo. Estão contentes com o facto de nós termos saído? Eles adoram que nós estejamos ocupados com o que se passa lá”, diz ainda Biden. “A história vai registar que esta foi a opção lógica, racional e certa.”

  • "Eu tinha uma decisão básica para fazer", justifica Joe Biden. "Decidi acabar a guerra"

    “Eu tinha uma decisão básica para fazer. Ou retirava os EUA de uma guerra com 20 anos, que, dependendo da análise que usarmos, nos custou 150 a 300 milhões de dólares por dia durante 20 anos”, diz Biden, quando questionado sobre as críticas de que tem sido alvo acerca da retirada militar do Afeganistão.

    Joe Biden tira do bolso um cartão, que diz ter sempre consigo, de onde lê as estatísticas da guerra: 2.448 americanos mortos e 20.722 feridos.

    “Decidi acabar a guerra”, diz Biden, lembrando que a única razão pela qual os EUA invadiram o Afeganistão foi o facto de o regime dos talibãs ter recusado extraditar Osama bin Laden. “Se tivesse acontecido noutro país do Médio Oriente, para onde ele podia ter ido facilmente, não tínhamos entrado no Afeganistão”, diz Biden.

    “Qual é o momento certo para sair? Quais são os nossos interesses nacionais?”, questiona Biden, respondendo que o terrorismo se disseminou por todo o mundo e que os EUA têm de ter capacidade para chegar a qualquer lugar sem terem presença militar permanente nesses países.

  • Perímetro seguro do aeroporto de Cabul foi alargado com cooperação dos talibãs

    Joe Biden é cauteloso quanto aos detalhes da operação de evacuação em curso no aeroporto de Cabul, por motivos de segurança, mas explica que as forças ocidentais — incluindo dos EUA e dos países da NATO — alargaram o perímetro de segurança em torno do aeroporto para aumentar a zona segura dentro da qual os passageiros autorizados são encaminhados para os voos militares

    “Os talibãs foram cooperantes com alguma extensão do perímetro”, diz Biden, explicando que os EUA têm mantido contacto direto com os talibãs.

  • Joe Biden admite alargar o prazo para evacuar Cabul além de 31 de agosto

    O Presidente dos EUA é questionado sobre se pondera alargar o prazo para a evacuação de Cabul — atualmente apontado para 31 de agosto — e confirma que há um debate em curso entre a Casa Branca e as chefias militares norte-americanas sobre esse tópico.

    “A nossa esperança é não termos de alargar” o prazo, assume Biden. “Mas vai haver um debate sobre o ponto do processo em que estamos.”

  • Biden diz que terroristas poderão tentar "explorar" caos em Cabul, mas EUA estão atentos

    Joe Biden apela a todos os norte-americanos que acolham os afegãos que vão precisar de refúgio nos EUA e elogia organizações privadas e sociais que já se manifestaram disponíveis para colaborar no processo — nomeadamente associações de veteranos de guerra que estão a organizar-se para ajudar os seus antigos aliados afegãos, como tradutores e intérpretes.

    O Presidente dos EUA admite que é provável que haja terroristas a “explorar” o caos que se vive no aeroporto de Cabul para se infiltrarem em voos ou para atacar afegãos e norte-americanos.

    “Estamos vigilantes”, diz Biden, sublinhando que os EUA estão a eliminar as ameaças de atentados terroristas no aeroporto — incluindo com origem no Estado Islâmico, grupo fundamentalista inimigo dos talibãs.

  • Joe Biden procura descansar americanos: "Nenhum avião vindo de Cabul voará diretamente para os EUA"

    Joe Biden, num discurso essencialmente focado em responder a dúvidas e anseios dos norte-americanos clarifica: “Nenhum avião vindo de Cabul voará diretamente para os EUA. Vão aterrar em bases norte-americanas e em escalas noutros pontos do mundo.”

    “Nesses lugares, estamos a levar a cabo um escrutínio meticuloso a todos os que não são cidadãos norte-americanos ou residentes nos EUA. Qualquer pessoa que aterre nos EUA terá sido escrutinado”, acrescenta.

    “Depois de avaliados e quando tiverem luz verde, vamos dar as boas-vindas a estes afegãos, que nos ajudaram nos esforços de guerra nos últimos 20 anos, à sua nova casa nos EUA. Porque é isso que nós somos”, diz Biden.

  • Afegãos voam de Cabul para pontos de processamento de documentação na Europa e na Ásia antes de seguirem para o destino final

    Joe Biden explica que a quantidade de pessoas que têm sido retiradas de Cabul em tão pouco tempo reflete não apenas um bom trabalho das forças armadas no terreno, mas também um enorme esforço diplomático.

    O Presidente dos EUA explica que foi montada uma operação global com pontos de chegada em vários países, onde são processados os documentos das pessoas que saem de Cabul.

    “Não estão a voar diretamente para o seu país, vão para estas estações de processamento”, explica Biden, acrescentando que o esforço envolve mais de duas dezenas de países em quatro continentes. “Catar, Alemanha, Kuwait, Espanha e outros lugares”, exemplifica.

    É nesses lugares que os afegãos que saem de Cabul podem tratar da sua documentação ao mesmo tempo que as forças norte-americanas realizam controlos de segurança a todos eles antes de seguirem para o destino.

  • Biden: "Não há maneira de retirar tantas pessoas sem dor, sem perdas e sem as imagens devastadoras que têm visto na televisão"

    “Esta manhã, já tínhamos retirado perto de 28 mil pessoas desde 14 de agosto”, continua Biden, acrescentando que o número total é de “cerca de 33 mil pessoas desde julho”.

    “Em 24 horas, neste fim de semana, 23 voos militares saíram de Cabul com 3.900 passageiros. Em menos de 36 horas, tirámos 11 mil pessoas de Cabul.”

    “A retirada de pessoas de Cabul vai ser dolorosa, independentemente de quando começássemos. Seria verdade se tivéssemos começado há um mês, ou daqui a um mês. Não há maneira de retirar tantas pessoas sem dor, sem perdas e sem as imagens devastadoras que têm visto na televisão”, diz Biden.

  • Joe Biden sobre evacuação em Cabul: "Em pouco mais de 30 horas este fim de semana, retirámos cerca de 11 mil pessoas"

    Depois de falar sobre a estratégia do governo norte-americano para lidar com o impacto da tempestade tropical Henri, que afeta o território dos EUA, Joe Biden está a dar conta dos progressos feitos na evacuação em Cabul

    “Continuamos a fazer progressos desde sexta-feira. Estamos a movimentar milhares de pessoas por dia”, diz Biden, sublinhando que estão a ser usados voos militares e civis. “Em pouco mais de 30 horas este fim de semana, retirámos cerca de 11 mil pessoas.”

    “A nossa prioridade é retirar cidadãos americanos. Temos planos para os contactar e para os transportar em segurança para o aeroporto”, diz o Presidente, sem detalhar os planos “por razões de segurança”.

    “Qualquer americano que queira vir para casa, vai ser trazido para casa. Também estamos a retirar os cidadãos dos nossos aliados da NATO e dos nossos parceiros, incluindo os seus diplomatas, funcionários de embaixadas, que permanecem no Afeganistão”, diz Biden.

    “À medida que o fazemos, também estamos a trabalhar no sentido de retirar os nossos parceiros afegãos, que estiveram lado a lado connosco, e outros afegãos vulneráveis, como mulheres líderes e jornalistas, para fora do país”, acrescenta.

  • Joe Biden já fala. Veja aqui

    O Presidente dos EUA começou agora a discursar. Pode seguir aqui:

  • Emboscada mata pelo menos 300 combatentes talibãs no norte do Afeganistão, diz resistência anti-talibã

    Pelo menos 300 combatentes talibãs terão sido mortos este domingo numa emboscada montada pela resistência afegã, de acordo com informações divulgadas por uma jornalista da BBC que cita fontes da própria resistência anti-talibã.

    A emboscada terá ocorrido em Andarab, na província de Baghlan, a cerca de 100 quilómetros a norte de Cabul — a mesma região onde a resistência anti-talibã ontem anunciou ter assumido o controlo de três distritos.

    A resistência anti-talibã é composta pelo que ainda resta das forças armadas afegãs — que, na sua maioria, se renderam ou desertaram quando os talibãs assumiram o controlo de praticamente todo o Afeganistão —, e é liderada por duas figuras centrais: o antigo vice-presidente afegão, Amrullah Saleh, que alega ser o Presidente interino na sequência da fuga do Presidente Ahsraf Ghani; e Ahmad Massoud, líder militar e filho de um dos principais heróis da guerra contra a ocupação soviética.

    O ex-ministro da Defesa do Afeganistão, Bismillah Mohammadi, que apesar da queda do governo continua a reclamar o cargo, é outra das figuras de proa da resistência anti-talibã, e foi ele quem ontem anunciou a tomada de três distritos na província de Baghlan.

    A resistência tem o seu bastião na província de Panshir, que ainda não foi totalmente tomada pelos talibãs.

  • Secretário de Estado dos EUA admite que ainda há membros da Al-Qaeda no Afeganistão

    O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, admitiu este domingo que ainda há membros do grupo terrorista Al-Qaeda no Afeganistão.

    Blinken falava numa entrevista à Fox News, durante a qual foi confrontado com as declarações do Presidente dos EUA, Joe Biden, que na última sexta-feira defendeu a decisão de retirar as tropas norte-americanas do Afeganistão sustentando que os EUA já não tinham interesse no país uma vez que a Al-Qaeda tinha desaparecido.

    A capacidade da Al-Qaeda para fazer aquilo que fez no 11 de Setembro, para nos atacar, para atacar os nossos parceiros e aliados a partir do Afeganistão, está largamente diminuída”, disse Blinken.

    O jornalista da Fox News, Chris Wallace, pressionou o governante com a expressão usada por Biden e perguntou a Blinken se podia afirmar que a Al-Qaeda “desapareceu“.

    Se há membros e remanescentes da Al-Qaeda no Afeganistão? Sim. Mas aquilo a que o Presidente se referia era à sua capacidade para fazer aquilo que fez no 11 de Setembro. E essa capacidade foi diminuída com sucesso”, respondeu Blinken.

  • Líder da oposição afegã diz que é "inevitável" uma guerra civil se os talibãs recusarem dialogar

    Ahmad Massoud, uma das principais figuras da oposição afegã aos talibãs, disse este domingo que é “inevitável” uma guerra civil caso os talibãs recusem dialogar abertamente com outras fações da sociedade afegã.

    Numa entrevista ao canal televisivo Al Arabiya, citada pelo The Guardian, Ahmad Massoud asseverou: “Enfrentámos a União Soviética e seremos capazes de enfrentar os talibãs.”

    Massoud é filho de Ahmad Shah Massoud, que foi um dos principais líderes dos guerrilheiros mujahideen durante a ocupação soviética do Afeganistão, entre 1979 e 1989, e que na década de 1990 defrontou os talibãs quando o movimento fundamentalista aproveitou o clima de guerra civil do pós-ocupação para capturar o controlo do país.

    Ahmad Massoud lidera, atualmente, a Frente de Resistência Nacional do Afeganistão e está entrincheirado na província de Panshir, a única que ainda não está totalmente sob controlo dos talibãs. É ali que estão a juntar-se as principais figuras da resistência afegã, incluindo o ex-vice-presidente Amrullah Saleh, que alega ser o Presidente em exercício do país.

    Panshir, a província que resiste aos talibãs graças a pai e filho

    Este domingo, os talibãs avisaram que estão a enviar “centenas” de combatentes para Panshir a fim de capturarem a região, uma vez que “os oficiais do Estado recusaram entregá-la pacificamente”.

  • Joe Biden fala às 21h sobre crise no Afeganistão

    O Presidente dos EUA, Joe Biden, sob pressão dentro e fora de portas devido ao modo como está a gerir a retirada militar norte-americana do Afeganistão, deverá falar ao mundo este domingo às 16h de Washington (21h em Lisboa) para explicar em que ponto estão as operações de evacuação no país.

    Biden sob fogo por causa do Afeganistão. Trump diz que foi “humilhação”, Bruxelas diz que EUA são “obstáculo” à evacuação

    Sondagens recentes mostram que a popularidade de Joe Biden entre os norte-americanos está a descer, numa altura em que a crise no Afeganistão e uma nova onda pandémica nos EUA marcam a opinião pública americana.

    Popularidade de Biden em queda com nova onda da pandemia nos EUA e crise no Afeganistão

  • Afeganistão. EUA alertam para ameaça terrorista no aeroporto de Cabul

    O assessor para a Segurança Nacional do Presidente dos EUA admitiu que a ameaça de ocorrer um ataque terrorista perpetrado pelo Estado Islâmico no aeroporto de Cabul “é real e persistente”.

    Afeganistão. EUA alertam para ameaça terrorista no aeroporto de Cabul

  • Centenas de afegãos manifestam-se em Paris pela criação de corredor humanitário

    Centenas de afegãos manifestaram-se em Paris para reivindicar ações políticas que agilizem as evacuações do Afeganistão e a criação de um corredor humanitário.

    Centenas de afegãos manifestam-se em Paris pela criação de corredor humanitário

  • Boris Johnson convoca reunião urgente do G7 para terça-feira

    O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, informou que vai convocar para a próxima terça-feira uma reunião “urgente” do grupo dos sete países mais ricos do mundo (G7) sobre a situação no Afeganistão.

    “É vital que a comunidade internacional trabalhe junta para conseguir retiradas seguras, prevenir uma crise humanitária e apoiar o povo afegão para garantir o que foi alcançado nos últimos 20 anos”, afirma Johnson na sua conta na rede social Twitter.

    O chefe de Governo britânico, responsável pela presidência rotativa do G7, não deu outros detalhes, mas a expectativa é que a reunião seja virtual, refere a agência Efe.

  • EUA mobilizam 18 aviões comerciais para ajudar na evacuação de pessoas do Afeganistão

    A administração americana vai recorrer a aviões comerciais para transportar pessoas evacuadas do Afeganistão. A iniciativa ilustra as dificuldades das autoridades em levarem a cabo a evacuação de todos os cidadãos americanos e civis afegãos que estão em risco por causa da tomada de poder dos talibãs.

    Um porta-voz do Pentágono, citado pela Reuters, diz que são usados 18 aviões de companhias como a United, American Airlines e a Delta. Os aparelhos não irão voar até ao Afeganistão,

    Esta é a terceira vez que os Estados Unidos mobilizam aviões comerciais, depois da Guerra do Golfo e da invasão do Iraque em 2002.

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