O conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, distanciou-se da afirmação do homólogo inglês sobre a China estar a fornecer ajuda letal à Rússia. Esta quarta-feira, o Reino Unido alegou ter provas disso mesmo.

Sullivan, citado pelo The Kyiv Independent, disse que, embora tenha alertado pessoalmente para essa possibilidade desde o início da invasão em grande escala, os EUA não viram provas nem no passado nem “até à data” do auxílio chinês.

“Estou ansioso por falar com o Reino Unido para ter a certeza de que temos um quadro operacional comum”, acrescentou.

A Suécia acordou um apoio militar adicional à Ucrânia no valor total de 7 mil milhões de dólares, ao longo de três anos, informou esta quarta-feira o governo do país.

Segundo a Reuters, o executivo informou que o apoio pode incluir doações de equipamento de defesa, contribuições financeiras e apoio financeiro para a aquisição de equipamento de defesa.

Na sua página no X, Volodymyr Zelenskiy afirmou que a decisão “demonstra a solidariedade prática da Suécia com a Ucrânia na luta pela liberdade”.

A Marinha portuguesa concluiu nesta quarta-feira, após aproximadamente 100 horas, a monitorização e acompanhamento da passagem de um navio científico da Federação Russa por águas portuguesas, adiantou este ramo das Forças Armadas.

O navio científico russo entrou no limite sudoeste das águas sobre jurisdição nacional na manhã de 19 de maio, tendo efetuado todo o seu trânsito até ao limite norte, nesta quarta-feira, ao largo de Caminha, referiu a Marinha, em comunicado.

“Este tipo de navios é utilizado para recolha e aquisição de dados sobre recursos existentes nas águas e no leito marinho e servem também, em alguns casos, para identificar e mapear zonas de passagem de cabos submarinos”, realçou ainda.

O Presidente ucraniano, Vladymir Zelensky, convidou esta quarta-feira o homólogo moçambicano para participar na Cimeira Global sobre a Paz na Ucrânia durante uma conversa telefónica em que Filipe Nyusi reconheceu o incremento das relações entre os dois países.

Em comunicado, a Presidência da República moçambicana refere que a “conversa telefónica decorreu num ambiente cordial e de abertura”, durante a qual ambos os chefes de Estado “passaram em revista o estágio das relações bilaterais de cooperação e trocaram informações sobre a situação dos dois países”.

“O Presidente Zelensky explicou sobre o conflito entre a Rússia e a Ucrânia e, do lado de Moçambique, o Presidente Nyusi atualizou o ponto de situação do combate ao terrorismo no país”, detalha-se no comunicado.

João Lourenço, presidente de Angola, declinou o convite do homólogo ucraniano para participar na cimeira de paz na Ucrânia, que terá lugar na Suíça, no próximo mês de junho, alegando motivos de agenda.

Portugal far-se-á representar no evento, como confirmado por Luís Montenegro, que assegurou o seu esforço para garantir “o máximo apoio internacional”.

Segundo a RFI, que cita um comunicado emitido pelo gabinete de João Lourenço, durante a conversa telefónica que manteve com o Volodomyr Zelensky, o chefe de estado angolano agradeceu o convite e reafirmou a posição de Angola sobre o conflito que opõe Rússia e Ucrânia, defendendo a procura de uma solução pacífica e duradoura.

Angola, que tem uma relação de cooperação estratégica com a Rússia desde a independência em 1975, condenou a invasão da Ucrânia. Mesmo que nos últimos meses o país tenha encetado esforços no sentido de se aproximar dos EUA, que apoiam a Ucrânia, o país africano aceitou recentemente o convite do presidente russo para participar na Cimeira África-Rússia em 2025.

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos (Pentágono) acusou hoje a Rússia de lançar uma arma espacial e de colocá-la na mesma órbita de um satélite norte-americano.

“A Rússia lançou um satélite na órbita baixa da Terra que acreditamos ser uma arma espacial capaz de atacar outros satélites”, disse o porta-voz do Pentágono, general Pat Ryder, em conferência de imprensa.

A suposta arma espacial russa, lançada em 16 de maio, foi colocada “na mesma órbita de um satélite do Governo americano”, indicou.

Volodymyr Zelensky esteve reunido na tarde desta quarta-feira com o presidente do Chile, Gabriel Boric. “Discutimos a situação na região de Kharkiv, onde a Rússia está a tentar expandir a sua invasão da Ucrânia. Informei o Presidente Boric sobre os nossos esforços para proteger vidas nas comunidades da linha da frente”, escreveu o presidente da Ucrânia numa publicação na rede social X.

Zelensky saudou a disponibilidade do Chile para se associar aos esforços internacionais de “desminagem humanitária e de regresso das crianças ucranianas raptadas pela Rússia”. Durante a videochamada entre os dois chefes de estado, o representante chileno confirmou a sua participação na cimeira pela paz na Ucrânia que se realizará em junho, na Suiça.

As forças russas lançaram um drone contra um carro da polícia durante os esforços de evacuação perto de Vovchansk, em Kharkiv. O ataque causou um morto e um ferido, avança o The Kyiv Independent.

O veículo foi atingido por um drone quando os dois polícias que se encontravam no seu interior se dirigiam para ajudar a evacuar os civis.

O conselho de ministros da Ucrânia aprovou ontem mais dias de férias aos soldados ucranianos que confirmem ter destruído equipamento militar russo.

Os militares terão assim direito a cinco dias de licença se tiverem destruído um navio ou um avião russo, quatro se tiverem neutralizado um sistema de defesa antiaérea ou um helicóptero e três se elimiarem um tanque ou um veículo blindado de transporte de pessoal, lê-se no site do conselho de ministros.

Os serviços secretos dos EUA e do Reino Unido têm provas de que a China está a enviar ou vai fornecer ajuda letal à Rússia para ser utilizada contra a Ucrânia.

[Já saiu o segundo episódio de “Matar o Papa”, o novo podcast Plus do Observador que recua a 1982 para contar a história da tentativa de assassinato de João Paulo II em Fátima por um padre conservador espanhol. Ouça aqui o primeiro episódio.]

A informação foi avançada pelo ministro britânico da Defesa numa conferência em Londres: “A ajuda letal está agora, ou vai estar, a fluir da China para a Rússia e para a Ucrânia,” disse Grant Shapps citado pela agência de notícias Reuters.

Segundo o governante britânico este deve ser um sinal preocupante “pois, nos primeiros dias desta guerra, a China gostava de se apresentar como uma influência moderadora sobre” o Presidente russo.

O Ministério da Defesa russo afirmou que as suas tropas conquistaram a vila de Klishchiivka, no leste da Ucrânia, avançou a CNN. Ao início da manhã, o exército ucraniano disse ter repelido ataques naquela região.

As tropas russas já tinham capturado Klishchiivka em janeiro de 2023, mas a Ucrânia recuperou-a em setembro, no final da sua contraofensiva.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que a Rússia considera a decisão da UE de utilizar os lucros dos ativos soberanos russos congelados como uma violação de todas as normas do sistema económico global e que Moscovo ainda está a trabalhar na sua resposta, citou o The Guardian.

O Conselho da UE concordou ontem em utilizar os lucros dos ativos soberanos russos congelados para ajudar a Ucrânia. Em causa poderão estar entre 2,5 mil milhões e 3 mil milhões de euros por ano, sendo a maior parte para as necessidades militares de Kiev.

O Presidente ucraniano recorreu ao X para reiterar um sentido de urgência, pedindo “assistência imediata” aos parceiros para que a Ucrânia consiga “destruir o inimigo, dissuadir a pressão russa e alcançar os resultados necessários”.

“Os nossos guerreiros devem ser capazes de usar as armas necessárias o mais rápido possível”, escreveu Volodymyr Zelensky, acrescentando: “Esta é a única forma de garantirmos o resultado ucraniano de que todos necessitamos.”

In order to destroy the enemy, deter Russian pressure, and achieve the results necessary for Ukraine, we need prompt assistance from our partners. Our warriors must be able to use the necessary weapons as soon as possible. This is the only way we can ensure the Ukrainian result… pic.twitter.com/8npYLmmQTg

— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) May 22, 2024

O chefe das forças armadas da Suécia afirmou que Vladimir Putin está a tentar dominar o Mal Báltico e “tem os olhos postos” na ilha sueca de Gotland.

“Estou confiante de que Putin tem os dois olhos postos em Gotland. O objetivo de Putin é ganhar o controlo do Mar Báltico”, disse Micael Byden, citado no Kyiv Independent. “Quem controla Gotland controla o Mar Báltico”.

Segundo o general, se a Rússia assumir o controlo da ilha, poderá ameaçar os países da NATO a partir do mar. “Isso significaria o fim da paz e da estabilidade nas regiões nórdicas e bálticas”, continuou, acrescentando: “O Mar Báltico não deve transformar-se no recreio de Putin, onde ele intimida os membros da NATO.”

A Rússia assegurou que não tem qualquer intenção de rever as suas fronteiras marítimas no Mar Báltico, depois de, ontem, o Ministério da Defesa do país ter proposto a aprovação de uma lista de coordenadas geográficas que definem a largura da da costa continental e das ilhas do Mar Báltico e que levaria a uma alteração da fronteira marítima russa na região de Kaliningrado.

“Não havia nem há qualquer intenção de rever a largura das águas territoriais, a zona económica, a plataforma continental ao largo da costa continental e a linha de fronteira estatal da Federação Russa no Báltico”, disse uma fonte militar à agência TASS.

Em reação ao projeto, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Lituânia acusou a Rússia de ter em curso uma “operação híbrida” no Mar Báltica com o objetivo de escalar o conflito com a NATO e a União Europeia.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Lituânia declarou também que a intenção da Rússia de clarificar a fronteira no Mar Báltico “representa uma ameaça” para os países da UE e para toda a Europa e é uma “provocação deliberada”.

“Esta é mais uma prova de que a política agressiva e revisionista da Rússia representa uma ameaça para a segurança dos Estados vizinhos e de toda a Europa”, citou o portal da rádio nacional lituana LRT.

“A Lituânia recorda e apela à Rússia para que respeite e cumpra os princípios e normas geralmente reconhecidos do direito internacional, bem como os acordos internacionais e bilaterais sobre a inviolabilidade das fronteiras.”

A Rússia atacou, durante a madrugada desta quarta-feira, infraestruturas da rede elétrica da região de Sumy deixando mais de 500 mil pessoas sem eletricidade. Citada na Reuters, a Força Aérea Ucraniana afirmou que abateu sete drones utilizados no ataque.

O fornecimento de energia foi restabelecido para a maioria dos consumidores a partir da manhã de quarta-feira, avançou o Ministério da Energia ucraniano.

O ataque afetou também o fornecimento de energia nas regiões de Chernihiv e Kharkiv, que entretanto foi restabelecido, acrescentou.

Os serviços secretos estrangeiros da Rússia (SVR) acusaram as “elites totalitárias-liberais globais” pela tentativa de assassinato do primeiro-ministro da eslovaco, Robert Fico, acrescentando ainda que o Ocidente está a tentar encobrir o crime.

Segundo a CNN, as SVR afirmaram que a operação visava intimidar “aqueles que têm visões e agem de acordo com os interesses dos seus países”.

O governador de Donetsk avançou que, no dia de ontem, a Rússia matou uma pessoa e deixou outras três feridas naquela região. “O número total de vítimas da Rússia na região de Donetsk é arquivado sem ter em conta Mariupol e Volnovakha”, acrescentou.