1979 é um ano chave para se entender muito do que se passa no Médio Oriente e em Israel. Em Fevereiro desse ano, deu-se a revolução iraniana com a subida ao poder do regime Islâmico radical e do supremo leader, Ayatollah Khomeini. Em Marco do mesmo ano, Israel e o Egipto assinaram um tratado de paz. Deu-se então a grande transformação na política do Médio Oriente.

Entre 1948 e 1973, todas as guerras de Israel foram com os países árabes sunitas e vizinhos de Israel, com o Egipto, com a Jordânia, com o Líbano e com a Síria. A partir de 1985 até hoje, todas as guerras de Israel foram com os movimentos radicais e terroristas apoiados pelo Irão, com o Hezbollah, no Líbano, e com o Hamas, em Gaza.

Desde o tratado de paz com o Egipto, em 1979, Israel fez a paz com mais cinco países árabes, a Jordânia, em 1994, com Marrocos e o Sudão, em 2020, e os Acordos de Abrão com os Emirados Árabes Unidos e com o Bahrein, também em 2020. Estavam ainda a decorrer negociações entre Israel e a Arábia Saudita para estabelecerem relações diplomáticas.

Na Palestina, em 1993 e em 1995, Israel e a OLP assinaram um tratado de paz, criando a Autoridade Palestiniana. Com o Hamas, Israel nunca assinou um tratado de paz. Dos vizinhos árabes, Israel nunca assinou tratados de paz com o Líbano e com a Síria. O que é que o Hamas (Gaza), o Líbano (Hezbollah), e a Síria têm em comum? São armados, financiados e controlados pelo Irão.

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Só há uma conclusão a retirar. Entre Israel e os países árabes que não estão sob influência do Irão, a tendência são os tratados de paz. Entre Israel e os movimentos terroristas e os países sob influência do Irão, repetem-se as guerras.

O Irão tem a ditadura mais violenta e o regime mais radical do Médio Oriente, é profundamente anti-americano, anti-europeu, e quer a destruição de Israel. O Hamas e o Hezbollah prosseguem e mesma agenda radical e revolucionária, impondo regimes de terror e culturas de fanatismo sobre as populações que controlam.

Mais, desde a revolução de 1979, o Irão esteve directa ou indirectamente em guerras com mais países árabes do que Israel, com o Iraque, com o Egipto, com a Jordânia, com o Líbano, com a Arábia Saudita e com o Íemen.

O Irão é o grande problema do Médio Oriente. Faz guerras, provoca revoluções, apoia movimentos terroristas e impõe uma ditadura totalitária à sua população (onde os jovens e as mulheres são verdadeiros heróis). Ao contrário, Israel é uma democracia pluralista, onde a população luta pelos seus direitos e liberdades, como se viu nos últimos meses. Agora vai ter que combater pela sua segurança contra movimentos terroristas apoiados por uma ditadura fascista Islâmica.

Por causa de um ódio cego aos Estados Unidos, à democracia liberal, misturado com algum anti-semitismo, as esquerdas radicais europeias estão ao lado dos fascistas islâmicos. Nunca perdem uma oportunidade para estar do lado errado da história.