1 Rui Rio ganhou — e ganhou bem. É um facto. Não vale a pena argumentar que ganhou por uma diferença de 1.764 votos num universo de cerca de 35 mil votantes ou que esta foi a menor diferença de votos desde a sua primeira vitória em 2017 contra Pedro Santana Lopes. Rio ganhou nos distritos que contam com a exceção de Lisboa e teve uma margem de vitória confortável (mas não esmagadora).

Rio ganhou como gosta: sozinho contra o aparelho social-democrata (que antes o apoiava), os jornalistas e os comentadores. Rio está numa missão contra tudo e contra todos e os votos voltaram a dar-lhe razão.

Quem me lê sabe que sempre fui (e continuo a ser) particularmente crítico de Rui Rio. Tenho sérias reservas sobre o perfil com tendências autocráticas, o desprezo pelo jornalismo e a necessidade de controlar a Justiça — as quais denunciarei, sempre que tal for necessário. Neste contexto, contudo, o que interessa é que os militantes do PSD votaram para que Rio seja o candidato do partido a primeiro-ministro.

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